cap 39

4.2K 12 0
                                    

*Gay*
Desabotoo minha calça e sinalizo com o pisca do veículo que entrarei no motel de amplo muro azul que se aproxima. Uma placa em néon de uma mulher deitada em um barco com as pernas abertas e uma seta enorme, indica-me a entrada.
- Pernoite, por favor. - Falo com um interfone enquanto acaricio a coxa do Miguel pelo jeans. Ele aproxima seu rosto do meu pescoço dando-me uma leve mordida fazendo meus pelos arrepiarem instantaneamente e meu corpo pedir o seu.
- Suíte 101 senhor, fica logo no começo. - Uma voz feminina e quase robótica toa pela caixinha. - A chave está na porta. - O portão se abre e adentro estacionando o carro assim que encontro a vaga da suíte destinada. Pego o celular no bolso da calça e coloco no silencioso para não ser incomodado.
As mãos sedentas e pesadas de Miguel me libertam da cueca e solto um gemido de prazer ao seu toque quente e macio.
- Deixa eu apertar o botão que fecha a garagem. - Afasto-o tirando minha jaqueta, jogando-a no banco traseiro.
- Ninguém vem para um motel para ver o que os outros estão fazendo, Rômulo. - Ele me toma em suas mãos novamente chegando mais perto.
- Mas...
- Shiiiiiu... - Um dedo longo encosta em meus lábios. - Aproveita o momento.
Sua boca toca a minha e em seguida desce ao encontro da minha ereção. Hm... Nossa, que delícia! Meu corpo relaxa e a única coisa que desejo nesse momento é senti-lo. Sua língua hábil circunda minha glande e ele me suga com fervor, dando-me ainda mais prazer. Desafivelo o cinto preso à sua calça e desato o botão descendo o zíper em seguida, tateando com as mãos um caminho bem demarcado entre sua barriga definida e o osso do quadril, o famoso "V" da felicidade. Encontro o elástico da cueca e desço minha mão com firmeza pelo tecido suave de algodão. Instintivamente ele expira um ar quente, ofegando em minha pele sensível promovendo-me ainda mais prazer.
Ergo-o e beijo sua boca envolvendo a língua de forma receptiva, transferindo minha excitação mordendo-lhe o lábio inferior e acariciando seu volume pronunciado ainda pela roupa íntima. Com meus dedos compridos, ultrapasso a barreira da cueca alcançando seu pau rígido e pulsante. Ele também me deseja! Preciono sua glande com a mão em arco, realizando contornos suaves como se fizesse um suco e seu tronco se curva para trás pedindo-me mais.
- Eu quero você! - Sussurro em seu ouvido e ele deixa escapar um grunhido baixinho de sua garganta.
- Me venceu. - Anuncia e eu sorrio convencido. - Fecha lá a garagem que eu não aguento mais de desejo. Também te quero!
Saio do carro e aperto o botão controlador do portão, que fecha dando-nos mais privacidade.
Puxo Miguel pelas mãos e travo as portas do veículo.
- Você realmente acha que alguém vai levá-lo de dentro da garagem do motel? - Só então percebo que agi por força do hábito, a verdade é que muitas vezes chego a fazer coisas assim sem pensar. Em alguns casos até volto para conferir.
Trago Miguel mais para perto calando seu sorriso debochado com minha boca e conduzo-o lentamente para trás até irromper o quarto, soltando-o em seguida.
Mas o que é isso? Contenho uma risada para não quebrar o clima, encontro uma cama redonda coberta por um lençol de seda verde mar e sua base com uma saia de redes com peixes plásticos pendurados, como um barco de pescador. Nas paredes, quadros de mar decoram o ambiente e até um leme junto a um poledance tem por aqui. Como alguém pôde pensar em algo tão... Peculiar?
- Então Capitão... Como fico de marinheiro? - Miguel chama minha atenção para si com um sorriso carregado de luxúria. Ajusta um quepe de marinheiro em sua cabeça e começa a desabotoar minha roupa. - Quais são suas intenções? - Será que ele pensa que eu planejei vir para cá?
- É... - Antes de concluir qualquer conversa sobre a escolha inusitada, ele retira a minha camisa e a solta em cima do colchão. Explora cada parte do meu corpo, roçando sua pouca barba em minha pele e mordiscando do meu ombro largo até meu mamilo enrigecido e sensível.
Meu pau lateja à sua espera e certamente ele sente a pulsação.
Se senta na cama e remove minha calça junto com a cueca em um movimento pouco delicado - juntando-as à camisa sobre o lençol verde mar que cobre a cama -, cheio de tesão. Com avidez, introduz meu membro rijo de volta em sua boca afastando de mim quaisquer pensamentos paralelos.
Forço a queda de seu corpo em direção à cama e dispo-o de sua calça jogando-a por cima da minha. Sem o menor cuidado, ele afasta todas as peças de roupas embolando-as no carpete azul. Acompanho o movimento verificando onde caíram e te garanto que se Miguel não estivesse rastejando de costas no colchão, com sua ereção com veias pulsantes se esbanjando para mim, eu as tiraria do chão, dobraria e apoiaria na poltrona impecavelmente. Mas o momento certamente não cabe minhas manias de organização.
Sigo ao encontro dele beijando seu corpo de baixo para cima, até alcançar sua cueca boxer branca. Puxo-a com os dentes e ele arqueia o corpo quando eu mordo levemente sua pele macia e perfumada. Envolvo seu pau grosso com os lábios e passo a língua vagarosamente por sua glande volumosa sugando-a em seguida. Tanto quanto a ele, que geme aos meus movimentos, as preliminares me dão muito prazer.
- Isso! - Ouço-o murmurar segurando meus cabelos curtos e escuro com força, mantendo-me junto a si. Seus olhos castanhos avermelhado estão bem abertos, fixos em mim e o lábio inferior preso entre dentes.- Eu quero te sentir dentro de mim, Rômulo! - Declara puxando-me para cima e pegando um saquinho vermelho de preservativo em cima da mesinha ao lado da cama rasgando-o.
Beijo sua boca quente e marcada pelos dentes, ele me vira com habilidade deitando-me na cama. Não me surpreendo com sua atitude de controle, na verdade curto uma pegada sem definições pré-determinadas de passivos ou ativos. Posicionado de frente para mim, desenrola com as mãos a camisinha com cheiro doce em minha ereção.
Recebo-o deslizando sobre meu pau. O cuzinho de Miguel é quente e gostoso. Assim que ele monta em meu corpo sem delicadeza, ouço-o arfar um gemido alto e delirante tão surpreendente, que eu poderia gozar agora mesmo, só em ouví-lo.
Perco os sentidos com sua cavalgada. Os movimentos aceleram e atingem um ritmo difícil de segurar o ápice. Minhas mãos passeiam por seu corpo suado e deslizam na pele macia mantendo-o no movimento. Estou quase explodindo de prazer.
- Gostoso! Eu vou gozar. - Escuto-o sussurrar sem perder o vai e vem do quadril.
- Vem Miguel, goza pra mim! - Incentivo e sinto o espasmo em meu corpo junto com sua porra quente jorrado em minha pele. Fecho os olhos acompanhando-o em puro êxtase, sentindo o líquido branco desse homem que me leva à loucura escorrer em abundância pelo meu tórax.
A cama afunda ao meu lado e recebo um beijo no queixo. Estou sem forças, mas ao mesmo tempo quero tê-lo outra vez. Abro os olhos e lembro-me do quarto com tema de mar, deixando escapar um sorriso baixinho.
- Tá sorrindo, Capitão? - Será que serei sempre lembrado por essa escolha inusitada? Retiro a camisinha e viro-me para ele aninhando-me entre os lençóis amassados. Com certeza não esquecerei esse dia!

conto eróticosOnde histórias criam vida. Descubra agora