cap 45

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Hetero

Dama das cordas

    - Seus lábios são macios - ela me disse - acho que fiz certo em trazer você para minha casa. 
Seu corpo tocava o meu, era possível sentir os seus pequenos seios tocarem minhas costas. 

     Sua mão passava sobre meu rosto vendado e apertava a mordaça que tampava a minha boca.
- Aranhas prendem a sua presa e brincam com elas antes de devora-las. Você é minha presa 
agora - ela dizia baixo em meus ouvidos, de forma calma e doce - e eu quero brincar com você!

Ela apertou os nós que prendiam as minhas mãos. Meu corpo estava todo amarrado por suas 
cordas. Seu perfume doce entrava em meu nariz e tornava aquele momento de fragilidade em 
algo doce e sutil.
- Não se preocupe, não vou te machucar - ouvi um barulho, como se pegasse algo - você terá 
a sua chance de prazer comigo - meu corpo era colocado em uma posição que denunciava o 
que vinha pela frente - mas agora, você é minha presa!

     Meu corpo imobilizado pelas cordas era como um pedaço de carne para ela. Me deixou em 
posição fetal. Pude sentir sua mão passando pelo meu pênis que também estava preso... e 
duro.
- Parece que alguém está gostando... Acho que todos se excitam frente ao desconhecido e ao 
perigo.
Algo gelado e viscoso foi passado em meu cu...

Lubrificante.

- Não quero te machucar. Onde estaria toda a diversão?
Seus dedos passavam o lubrificante com certa agilidade, como se dominasse aquilo. O cheiro 
dos incensos dominavam o ambiente, o cheiro do tesão estava impregnado em nossos corpos. 

      O meu desejo gritava, mesmo que estivesse amordaçado.
- Relaxe... Você vai gostar.

O primeiro dedo entrou com facilidade. Depois veio o segundo. Não doía, o prazer falava mais 
alto... eu gemia baixo.
- Vejo que acertei em trazer você hoje. Acho que está mais que preparado.
A venda tampava toda a minha visão, o cheiro do ambiente restringia todo o meu olfato, as 
cordas inibiam os meus movimentos, o que me restava era apenas os ouvidos. E com eles, ouvi 
ela colocando o instrumento de prazer. Ouvi a fivela abotoando, ouvi o vibrador sendo ligado.

- Não é justo que só você sinta prazer. - disse dando pequenos gemidos. - Está na hora!
Ela veio por trás de mim, passou mais lubrificante e me penetrou. Suavemente, foi pegando 
ritmo e eu estava totalmente entregue a ela. A cada vez que ela entrava em mim, eu conhecia 
um novo mundo de prazer. Meu gemido saía abafado por causa da mordaça, mas o seu 
gemido, era facilmente ouvido. Seja pelo prazer que o vibrador a proporcionava, seja por estar 
comendo a sua presa... Mas ela parou. Sem mais, não continuou. Meu corpo pedia mais, 
gritava por aquilo. Ela tirou a mordaça da minha boca.

- Você quer que eu continue?
- S-si-sim! - as palavras saiam com um pouco de dificuldade por causa do efeito da mordaça.

Ela continuou, agora com mais força. Meu prazer aumentava mais e eu cheguei ao ápice de 
modo que não sabia que era possível. Eu gozei sem que ela tocasse o meu pau. Foi o orgasmo 
mais intenso que já tive e o mais diferente. Meu corpo se contorcia de prazer, mas por estar 
amarrado, não conseguia me movimentar. 

- Olha que bagunça que você fez. O pior, eu nem gozei ainda! - Ela virou o meu corpo e me 
deixou de barriga pra cima. Retirou o cintaralho, que só agora pude ver o tamanho, e o 
vibrador. - Está na hora de você me fazer gozar!
Ela sentou em meu rosto. O cheiro de sua vagina entrava em meu nariz e aumentava mais o 
meu desejo por ela. Seus pelos passavam por meus lábios e faziam uma leve cosquinha. Eu a 
chupava como se minha vida dependesse daquilo. Não sei quanto tempo fiquei ali, mas 
quando ela gozou, foi gratificante.

- Vejo que seu pau já está pronto... Acho que não é certo desperdiçar essa ereção.
Ela levantou, passou lubrificante em seus dedos e depois no pau. Em cima de mim, ela 
começou a enfiar os dedos em seu cu, mas não precisou de tempo para se adaptar como eu. 
Passou mais lubrificante em mim e sentou com facilidade. Meu pau penetrava em seu corpo a 
medida que seu gemido ia aumentando. Eu nunca tinha feito anal e naquele dia, fiz de duas 
formas. Ela cavalgava em mim enquanto masturbava seu clitóris com os dedos e gemia... como 
gemia. Seu gemido era música para meus ouvidos.

     Ela pegou o vibrador e colocou em sua 
vagina. O seu ritmo aumentou.
- V-vo-você es-tá sain-do uma oti-ma pr-presa! - disse ela enquanto revirava os olhos de 
prazer - n-nã-não ouse go-gozar antes de mim!
E eu não precisei me esforçar tanto. O ritmo da penetração mais o vibrador na potência 
máxima, fez com que ela chegasse rápido ao orgasmo. Seu corpo inteiro tremia... seus seios, 
suas pernas... seus olhos reviravam... ela estava completamente satisfeita. Bom, era o que eu 
pensava.

- Não se controle mais... goza dentro vai!

     Aquelas palavras foram músicas para os meus ouvidos. Ela continuou cavalgando em mim até 
que não pude aguentar mais e gozei. Como gozei. A segunda vez foi muito mais intensa. Ela 
levantou e era possível ver o meu sêmen escorrendo pelo seu corpo.

     Ela começou a desatar os 
nós. Cada nó que era desfeito, fazia com que o sangue corresse pelo meu corpo com mais 
facilidade. Quando todas as cordas foram tiradas, no meu corpo restavam marcas daquela 
noite. Dormi ali mesmo, sem forças para levantar. No dia seguinte, ela me acordou.

      Tomamos um banho e depois um café. Saí de sua casa. Nunca mais a vi.

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