Capítulo 4

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Boa leitura.
Espero que goste, não esqueça de deixar a estrelinha.
Obrigada!

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Não sei que horas são exatamente, mas é final de tarde. Me encontro na varanda admirando a vista que me proporcionaram. De fato aqui é lindo, o problema são as circunstâncias nada favoráveis. E eu ainda tenho esperanças de essas circunstâncias melhorem, eu sou mesmo muito ingênua. Não faço ideia do que me aguarda.

Estou perdida demais em meus pensamentos, até alguém tocar minha cintura e me fazer levar um pequeno susto. Sua mão aperta minha pele, sua respiração invade meu pescoço. Tenho vontade de jogá-lo daqui de cima.

— Adoraria te possuir agora mesmo. — dou um pequeno sobressalto. — Infelizmente tenho negócios a tratar e chegarei um pouco tarde, mas me espere para o jantar. Quero a sua companhia baby. — sussurra em meu ouvido.

Em seguida um estalo se fez, ele havia acertado um tapa em minha bunda.

— Vista o presente que eu te trouxe. — manda, com a voz rosnando.

Sua presença vai sumindo aos poucos. Certa de que estou sozinha, me volto para o quarto. Vejo uma caixa em cima da cama, abro para ver do que se trata. Quando vejo, serro os olhos.

Rio da minha própria desgraça.

Ele só pode estar de brincadeira com a minha cara.

Pego o tecido em minhas mãos. É uma camisola transparente, de renda. Olho cada detalhe, tem um buraco na parte dos seios, onde certamente deixa o bico dos peitos à mostra. É vermelho escarlate. Sensual, sexy demais para o meu gosto.

É isso que ele quer que eu vista?

Mas nem fodendo! Jogo o pedaço de pano no chão, vejo que na caixa também há um perfume em formato de um salto. Cheiro e me sinto admirada pela fragrância. Uma boa escolha chefe crápula.

As horas foram passando. Um tanto cansada, me deito para dormir.
Acordo com um toque brusco, abro os olhos e vejo Thomas com uma carranca na cara.

— Anda, vá tomar um banho, vista-se e use o perfume que te dei. Agora! — faço o que ele me pede.

Quando volto, ele está sentado na ponta da cama me olhando. Sinto seus olhos me penetrarem intensamente. Minhas pernas ficam bambas.

Ele está usando uma calça jeans azul rasgada, uma camisa que marca perfeitamente os músculos de seus braços e seu abdômen definido. Seus cabelos lançados para trás o deixa ainda mais temeroso.

Ele me joga uma toalha, o pego e me seco. Em seguida, visto a camisola, conforme havia mandado. Diante do seu olhar frio, sinto meu corpo inteiro arrepiado. Que ele não tente nada, ou eu iria morder aquele rostinho bonito com todas as minhas forças, eu arrancaria sua carne apenas com meus dentes.

Meus movimentos são calmos, não tenho pressa. Por fim, passo o perfume.

Thomaz analisa cada passo meu. Eu não me importo.

Ele se levanta, se prosta diante de mim. Tenho a necessidade de erguer o olhar já que ele é bem alto, me dando a sensação de que sou uma anã em sua frente.

— Está linda. Veja como você me deixa... — pega em minha mão e coloca sobre sua calça, um volume me faz engolir em seco. — Você quer isso de novo?

Ele aperta minha mão contra sua ereção formada.

— Responda!

— Eu.não.quero! — respondo devagar, ele sorri.

— Eu vou fazer você querer. Vai chegar a hora em que vai estar gemendo e gritando meu nome por esse quarto. Vou te fazer gozar várias vezes em uma só noite, pode anotar! — faço uma cara de nojo, cuspindo em seu peito.

Seus olhos furiosos me lança um olhar mortal. Sem dizer nada, ele me agarra pelos cabelos e sai me arrastando pelo corredor.

— ME SOLTA SEU IDIOTA!

Descemos as escadas enquanto sinto uma ardência em meu couro cabeludo. Um estalo se faz quando meu corpo se choca contra o chão com força. Solto um baixo gemido.

— ANDA! LEVANTA, CADELA! Estou morrendo de fome, e não é só de comida!

Com uma dor nas costas, me levanto sem pestanejar. Vou atrás dele. Agora a gente se encontra na sala de jantar, há uma mesa com várias comidas e o cheiro faz meu estômago rapidamente roncar. Minha boca saliva. Thomas se senta, mas não me deixa fazer o mesmo.

— Fique aí, o que sobrar você pode comer. — meu sangue começa a ferver, meus olhos percorrem a mesa e vejo uma pequena faca de mesa.

Eu queria usá-la e cravar em seu pescoço.

— Nem pense nisso. Não me faria cócegas, boneca. — diz como se estivesse lendo meus pensamentos.

Foram longos minutos. A todo o tempo ele me encara. Está me provocando. Cada garfada levada a boca se leva uma eternidade. É bom saber que ele sabe saborear a comida que a serviçal prepara. Assim que se sente satisfeito, ele se levanta, vem até mim e me faz sentar em uma das cadeiras. Pega o resto de comida que há em seu prato e me entrega.

Não tem muita coisa, então ele coloca uma fatia de lasanha no prato.

— Coma. — ordena.

Eu estou mesmo morrendo de fome. Pego o garfo para começar a comer, mas sou interrompida.

— Espere. — seu corpo se ergue e então o inesperado acontece, ele cospe na comida. — Agora sim, já pode comer.

Uma de suas mãos mexe em meus cabelos. Nem morta que eu iria comer essa porcaria.

Percebendo que eu não movo um músculo, ele pega um garfo e direciona em minha boca.

— Vai, abre a boquinha. — se antes eu sentia repulsa por esse ser demoníaco, agora eu sinto mais ainda.

— Eu não sou nenhum cachorro. Não vou comer isso nem que me mate! — resmungo entredentes.

Ele pega o prato, um barulho me fez apertar os olhos. Suas mãos me fazem levantar e encarar a comida espalhada pelo chão.

— Agora sim está melhor, minha cachorrinha? — caio de joelhos, ele me força e esfrega meu rosto sobre os cacos de vidro.

Sinto alguns cacos adentrando minha pele. Solto um grito de dor.

— ERA ISSO QUE VOCÊ QUERIA, PUTA DO CARALHO? VAI APRENDER A ME OBEDECER NA MARRA! — grita esfregando meu rosto contra a comida no chão.

Eu já posso sentir a dor me acertar em cheio. Meus olhos começam a lacrimejar. Eu não mereço isso.

Estando satisfeito, ele me joga contra seus ombros e me leva para cima novamente. Mas dessa vez ele não me leva para o quarto de antes. Thomas me arremessa contra um cômodo escuro e frio. Meus ossos doem, posso escutar meus soluços ecoando. A pele do meu rosto queima. Então esse é o meu fim?

— Vai ficar aí até repensar sobre suas atitudes. Não quero ter que te machucar de novo. Estou louco para usar esse corpinho delicioso amanhã.

E então a porta se fecha e o escuro me toma. Choro baixinho, mesmo tendo vontade de gritar até minha garganta doer. Vou sentindo o frio me dominar, até chega uma hora que meus dentes começam a bater um no outro. O cheiro de sangue invade minhas narinas, aproveito e encolho meu corpo o máximo que consigo em busca de calor.

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Minha Liberdade (+16)Onde histórias criam vida. Descubra agora