Cap.25

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*Alice Collins

Saio atordoada de perto dele... Eu preciso da minha irmã. Sinto as lágrimas molhando meu rosto e não entendo o que raios está acontecendo comigo.

— Lice...

— Lisa, eu... Eu não quero conversar agora!

— Eu te entendo, mas não vou deixar você dirigir nesse estado.

— Lis...

— Eu não quero saber, Alice Collins! Não me importo se você quer ou não ficar sozinha, eu não vou ficar apenas olhando você colocando sua vida em risco! Entra na porra do carro!

Emburrada entro no banco do carona do carro da Lisa

— Pode ir tirando essa carranca do rosto, Alice, eu tô falando sério! – sua pose de mandona me faz soltar um riso... Nunca vi Lisa tão preocupada comigo como está agora. –— Bem melhor...

Em alguns minutos chegamos em frente ao meu refúgio de luxo que pertence a minha irmã... Na verdade pertence a todas as mulheres da família Collins-White-Carter e agregadas. Isso me lembra que eu tenho que apresentar o lugar as minhas cunhadas...

Amo esse lugar porque me acalma, parece que só de estar aqui minha mente já se alivia completamente

Lisa e eu colocamos nossas máscaras e depois de devidamente identificadas com as pulseiras douradas das dançarinas entramos. Logo de cara vejo as gaiolas onde eu muitas vezes transei como louca sem me importar com o amanhã ou com o cara que estava me satisfazendo

— Cada vez que entro aqui fico mais impressionada com tudo o que você, sua irmã e Luciana fizeram.

— Pena que na máfia você tem que permanecer pura e intocada até o casamento.

— Uma pena mesmo... – sussurra com o olhar perdido

— Mudando de assunto, quer ficar aqui ou quer vir comigo até a sala da minha irmã?

— Eu não fico aqui nem sob ameaça. É tentação demais pra uma mulher só! – diz com os olhos grudados nos soldados da paixão da Hells Angels que estão dançando sensualmente no palco me fazendo soltar uma gargalhada alta. — Que foi? – questiona me encarando pela primeira vez desde que entramos aqui

— Nada. – sorrio — Vamos!

Juntas subimos até o 4° andar e seguimos até a sala da minha irmã.

Ao abrir a porta encontro-a vestida com um corpete preto, uma calcinha saia branca com cauda de penas, meias três quartos preta e, por fim, a máscara de penas negras cobrindo seu rosto

— Você por acaso aderiu estilo vadia do século 19? – pergunto tentando disfarçar a voz de choro e sua expressão pacífica se vai

Não se vá... _ a voz de um cantor brasileiro cantando essa música invade meu subconsciente

Ás vezes eu me odeio...

— Por que você estava chorando? – Tá de sacanagem que ela já percebeu! Merda, quando eu vou conseguir esconder algo dessa vidente do caralho?

— Eu não estava choran...

— Estava sim, Júlia. Ela estava sim! – Lisa afirma com um sorriso

— De que lado você realmente está, Lisa?

— Do meu, é claro! Agora explique para gente o motivo do choro.

— CHEGUEI MEU POVO! – a porta é aberta e uma Luciana mascarada entra por ela de saltos 15, lingerie vermelha e de cinta liga com meia três quartos pretas segurando um açoite e com um chicote vermelho amarrado no pescoço — Por que estava chorando, Alice?

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