DARK ANGEL

Cap.55

*Alice Collins

— Por favor me lembre de nunca despertar esse seu lado sombrio – sorrio — O que significa aquelas letras? – paro de andar e me viro lentamente segurando um sorriso

— Dark Angel!

— Anjo sombrio?

— Foi o nome que criei quando comecei a correr – dou de ombros e volto a andar

Quero comer um bombom de pimenta...

— Era você? – paro de andar e me viro confusa

Era eu?

— Como assim “era eu”? Você está louco? – ele gargalha e nega com a cabeça

— Você era o corredor 91. O anjo sombrio.

— Como você sab...

— Estranho... Eu sempre achei que o anjo sombrio fosse um homem... Filha da puta  plagiou meu nome sem dó nem piedade, né dona Alice? – sorrio debochada

— Em minha defesa, o nome do autódromo era Anjos da escuridão.

— Nossa grande diferença entre sombrio e escuridão. Quer detalhar as diferenças pra mim senhorita Dark Angel?

— Há muitas e uma delas é... Espera! Puta que pariu! Você é o dono do autódromo anjos da escuridão? – ele sorri — TÁ DE SACANAGEM!!! VOCÊ... PUTA QUE PARIU! Por que você nunca me contou?

— Eu também tenho os meus segredos, princesa – me dá uma piscadela e ri — Vou devolver o detento Gomes para sua cela e você senhorita... – dá um peteleco no meu nariz — Vá descansar e não mate ninguém – gargalho — Estou falando sério!

Sorrio.

— Vou tentar, Jorgito!

— Esse é novo!

— Culpe a Luciana! – rio

— Quem?

— BYEEEEE!!!!

— ESPERA CARALHO! QUEM É LUCIANA!? ALICE!!!!! – Jorge grita e eu mordo os lábios tentando conter uma gargalhada

Pego meus pertences na saída e saio toneladas mais leve, porém tem algo que ainda está me incomodando...

Por que alguém pagaria Danilo para investigar a rotina da minha amiga?

Tem algo errado nessa história e quanto mais cedo eu contar para o meu time de mafiosos mais desastres por ser evitad...

— Me procurando, comandante? – escuto uma voz sombria sussurrar e logo sinto um corpo sendo colado ao meu — O gato comeu sua língua, gracinha? – sinto um objeto gelado sendo pressionado contra as minhas costelas e no mesmo instante sinto um pânico sem igual se apossar de cada célula do meu corpo... Não sinto medo por mim, e sim pela minha pequena Bella que cresce dentro da minha barriga — Você é cheirosa... – murmura passando o nariz pelo meu pescoço e consequentemente me causando náuseas

Seus dedos apertam minha cintura colando mais meu corpo no seu e me puxa para um beco.

Meu coração acelera e a vontade de vomitar se intensifica

Memórias daquela noite tentam se apossar de mim, mas eu as bloqueio. Sei que se eu tiver uma crise de pânico agora eu morro e meu bebê morte junto.

Respiro fundo e sinto o objeto que estava sendo pressionado contar minhas costelas diminuir o contato

— Talvez podemos nos divertir antes da sua mort... – num movimento rápido e desesperado saco a adaga  presa na minha calça e acerto sua perna.

Ouço um disparo e por um segundo paro de respirar.