Cap.50

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Alice Collins

— O que diabos as minhas irmãs tinham na cabeça? – Luciana resmunga carrancuda no banco de trás — Nem pra me chamar, aquelas traidoras!

Sorrio e estaciono meu carro em frente a delegacia onde minhas cunhadas estão detidas.

— Veja pelo lado bom, você não está presa! – Júlia diz

— Eu não vou pagar a fiança! Tô de mal! – Luciana murmura emburrada e desce do carro

Meus sobrinhos de 4 anos são mais maduros que a tia de quase 22!

Adentro a delegacia da 15° avenida e caminho até a recepção onde uma bela moça negra encara raivosa o computador

— Merda! – rosna dando fortes batidas na traseira da tela — Volta demônio! – Luciana arregala os olhos e segura o riso

— Senhorit... – assim que a moça escuta minha voz dá um pulo na cadeira e me encara assustada

Luciana se encosta no balcão e começa a gargalhar encarando a moça negra

— Lexie! – murmura em meio aos risos

— Você conhece ela? – pergunto

— Claro! Ela é cliente assídua do meu sex sho...

— LUCIANA! – a mulher repreende a morena do meu lado com o rosto ganhando um tom avermelhado

— Amiga, todas aqui transamos! Essa daqui – diz puxando minha irmã — É dona de uma casa de swing exclusiva para mulheres.

— Até parece que eu sou a única dona, não é Luciana?

— Mas a ideia partiu de você! Eu só entrei com alguns amigos strippers! 

— Alguns? – Júlia pergunta sarcástica com a sombrancelha esquerda arqueada

— Tá, muitos! – sorri maliciosa

Reviro os olhos e volto a encarar a tal Lexie que observa tudo com atenção

— Onde ficam as celas de prisão temporária? – pergunto séria finalmente ganhando a atenção da morena

— É só seguir esse corredor de piso negro até a porta de vidro do fim do corredor. – encaro o corredor e choramingo ao ver o quanto é longo

— Vamos logo! – digo fazendo uma careta e puxando Júlia e Luciana pelo braço

— APARECE LÁ NA LUST DEVILL, LEXIE! E NÃO ESQUEÇA DA SUA MÁSCARA! – Luciana grita jogando um pequeno cartão vermelho para a morena — Gente, esse lugar tem fim não... – Luciana sussurra encarando o extenso corredor

— Claro que tem! – resmungo começando a andar

— Se eu escutar qualquer barulhinho vou dar um grito pra espantar quem quer que seja o fantasma! – Luciana expressa temerosa andando grudada nas costas da minha irmã

— Se gritar vai ser expulsa! Está vendo essas paredes de vidro foscos? São as salas dos detetives. – explico caminhando tranquilamente

— Como você...?

— Está escrito nas portas! – reviro os olhos

Depois de cinco minutos de caminhada finalmente chegamos até a porta de vidro que tem visão privilegiada para duas celas sendo que em uma delas já avisto a cabeleira loira de uma das minhas cunhadas

Luciana bufa e empurra as portas duplas bruscamente chamando a atenção dos dois policiais que estão de vigia.

Murmuro um palavrão ao ver o rosto de um dos policiais e fecho os olhos com força pedindo a Deus para tudo ser uma mera alucinação causada pela minha fome

DARK ANGELOnde histórias criam vida. Descubra agora