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"Você sonhava acordadaUm jeito de não sentir dorPrendia o choro e aguava o bom do amor"

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"Você sonhava acordada
Um jeito de não sentir dor
Prendia o choro e aguava o bom do amor"

Meu coração acelerado me impediu de pensar em outra coisa, corri para a casa de Eve e ela ainda estava entrando em casa.

— Ei, Eve!— chamei— Tim precisa que eu volte pra lá, tudo bem se eu pegar seu carro?

— Tá, mas vai ter que me levar junto— ela veio correndo e entramos juntas no carro. 

Tim não é muito de brigar, da última vez as coisas deram muito errado. Fico me perguntando o que o levou a fazer isso. O caminho passa como um flash e quando me dou conta, já estamos lá.

Assim que cheguei vi Henry estava debruçado sobre o corpo de Tim, caído no chão. 

— O que aconteceu?— perguntei, me abaixando para ver seu rosto machucado.

— Ele bateu em um cara e...Tim é um idiota, foi do nada e o cara acabou com ele.

Apoiei seu braço forte em meu ombro e o arrastei até a saída com a ajuda de Henry e Eve. Tim não disse uma palavra e isso estava me incomodando pra caralho. Seu olho roxo e a boca sangrando provavam que ele tinha feito merda e mesmo assim meu melhor amigo se recusava a dar uma explicação. 

Colocamos ele no carro e encostei no banco de couro, respirando fundo. Eve olhou para Tim no banco de trás e depois voltou a me observar. Prestei atenção na rua à minha frente, tentando pensar em uma solução. Não quero que meu pai veja Tim desse jeito.

— Preciso que mostre o caminho pra sua casa— pedi a ele. Tim assentiu e continuou em silêncio até eu dar partida no carro. Ele orientou os lugares que deveríamos entrar até chegarmos no final do bairro, perto da divisa do centro de Londres— Tem certeza que é por aqui?

—Sim.

Avancei duas casas enormes e ele apontou para a próxima. A casa tinha três andares, as paredes eram em um tom de cinza e um enorme portão estava localizado bem na entrada. Tim nunca me convidou pra vir aqui.

Fitei os olhos castanhos do meu melhor amigo e esperei qualquer mínima explicação, mas ele continuou em silêncio. Talvez a presença de Eve não o deixasse confortável, ou talvez ele estivesse apenas cansado.

— Pode entrar com o carro, Maddie.

Avancei em direção ao portão e ele se abriu para mim. Eu e Eve nos entreolhamos diante do espaço enorme. Estacionei em um canto perto da entrada da casa. A fachada era ainda mais bonita de perto. Tentei não ficar encarando muito e foquei em tirar Tim do banco traseiro. Apoiei seu braço no meu ombro, quase perdendo o equilíbrio, mas Eve ajudou. Ele colocou o dedo sob o sensor e a porta abriu sozinha. Entramos em uma extensa sala de estar alta, com janelas grandes, móveis brancos e acinzentados que combinavam com o piso de madeira clara. Tim apontou para a escada e subi com ele até um corredor gigante com várias portas. Não sei como ele sabia que a terceira porta era seu quarto. A casa é silenciosa e não vimos ninguém nos corredores ou em qualquer cômodo que passamos no caminho.

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