Harry James Potter

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Aqui está mais um capítulo, espero não estar decepcionando vocês

Boa leitura!

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Alguns meses se passaram desde a última grande surra do pequeno Harry, seu braço agora estava bem melhor, tio Vernon não quis o levar em um hospital pois alegou que ele poderia contaminar as pessoas com sua doença e transformá-las em aberrações como ele

Era claro que o homem não acreditava nisso, mas quem iria contar ao menino que não era verdade?

Desde aquele dia, Harry vinha se esforçando ao máximo para não zangar seus tios, claro que nem sempre funcionava, Dudley implicava com ele cada vez mais, causando hematomas arroxeados pelo corpo do menino agora com seis anos completos

Harry agora começava a se perguntar porquê ele não tinha pais, se eles haviam o abandonado porque ele era estranho, se eles não gostavam dele a ponto de simplesmente o deixarem com tia Petúnia e Vernon

– Tia Petúnia, posso te perguntar algo? — Questionou baixinho a tia na hora do almoço

– O que você quer?

– Por que meus pais não vêm me buscar? — Perguntou mais baixo ainda com medo de sua tia se zangar, o que realmente aconteceu

– EU NÃO QUERO VOCÊ ME FAZENDO ESSAS PERGUNTAS MENINO — gritou assustando o pequeno que não entendia o motivo do surto da mulher

– Me desculpe, tia, eu só queria saber porque eu tenho que morar com vocês — tentou se justificar com medo

– VOCÊ É UM INGRATO, NÓS LHE DEMOS UM TETO E COMIDA, E É ASSIM QUE VOCÊ AGRADECE? SUMA DAQUI IMEDIATAMENTE, VÁ PARA SEU ARMÁRIO E NUNCA MAIS ME FAÇA ESSAS PERGUNTAS, ENTENDEU? — Deixa um tapa estralado no rosto do menino que assente freneticamente e corre para seu armário a fim de não irritar a tia mais ainda

Mais tarde naquele dia, sua tia lhe deu a lista de tarefas e mandou que ele fizesse sem dar uma palavra, o que o menino obedeceu prontamente.

Limpando o quarto de Dudley, ou pelo menos tentando, porque o primo não cooperava e fazia de tudo para o atrapalhar

– Hey esquisito — Dudley chama jogando um bicho de pelúcia na cabeça do menino que o olha zangado – se continuar me olhando assim eu vou contar pra mamãe — continuou fazendo Harry de alvo para vários brinquedos – como se sente sabendo que é tão estranho que seus pais não te quiseram? — pela primeira vez Harry sentiu raiva de Dudley o provocar, mas por ele ter falado de seus pais

Nenhuma criança pode ser tão odiada a ponto de seus pais o abandonarem, certo? Então ele gritou e uma coisa estranha aconteceu

– CALA A BOCA, NÃO FALE ASSIM DELES E NEM DE MIM!

Dudley se assustou quando 3 bichinhos de pelúcia simplesmente começaram a flutuar perto de Harry enquanto seus olhos brilharam em um verde mais forte

– PARA COM ISSO SUA ABERRAÇÃO, MAMÃE SOCORRO!!! MAMÃE — Petúnia chegou correndo como um foguete furiosa no quarto no momento exato para conseguir ver a cena antes que os bichos caíssem no chão, enquanto Harry se perguntava o que estava acontecendo

Mas nem houve tempo para que ela falasse nada com o menino porque foi interrompida pela campainha

Era Guida Dursley, irmã de Vernon, uma gorda de bigode e pouco pescoço fascinada por cães da raça buldogue, o mais querido se chamando Estripador. Que ela havia levado na visita surpresa é claro

– Olá Petúnia, querida — é recepcionada por um abraço e beijinhos na bochecha pela cunhada – vim visitar vocês, estou morrendo de saudades do meu sobrinho fofinho — diz indo em direção ao menino e apertando as bochechas dele e o agarrando em um abraço de urso

– Oi titia, como está? — Pergunta o sobrinho

– Muito bem meu amor, você está se alimentando bem? Estou te achando meio magrinho, sabe? Petúnia, não está alimentando meu sobrinho direito? — Perguntou finalmente soltando o menino e voltando a atenção para a mãe deste

– Mas é claro que eu o alimento bem, meu Dudley come tudo do bom e do melhor — proferiu orgulhosa e o menino confirmou sorrindo

– Bem, e onde está o outro?

– Aqui tia Guida — Harry disse timidamente se aproximando da mulher, ele ainda estava com medo do incidente que ocorreu a pouco

– Hm, ainda está vivo — disse com evidente desgosto na voz – por que vocês cuidam desse menino mesmo Petúnia?

– Você sabe que não temos escolha, Guida

– E os pais? — Nessa hora Harry ficou curioso, será que ele enfim teria alguma resposta?

– Morreram num acidente de carro — respondeu contrariada – vamos para a cozinha, vou preparar um chá — tentou desconversar e fugir do olhar cheio de perguntas que o sobrinho de olhos verdes lhe direcionava

– Claro, claro, quero ver Vernon também. Você... — se virou para o Potter – cuide do Estripador — entregou a coleira nas mãos do menino que estava tremendo de medo do cão que rosnava em sua direção

Ele realmente não gostava de Estripador, e aparentemente era um sentimento mútuo

Levando o cachorro para a sala em direção ao sofá Harry se questionava se sua tia o mandava cuidar do cão exatamente por saber que o animal não gostava de si

E ele se perguntava por que ninguém gostava dele, ele não podia ser tão ruim a ponto de todos o quererem longe

Mas ele tinha que admitir que era uma criança estranha, nenhuma outra criança fazia ursinhos voarem

– Ursinhos voarem... — Sussurrou pensando enquanto soltava a coleira do buldogue – será que eu consigo fazer de novo? — Se questionou sendo interrompido por um forte rosnado e o cão avançando em si

Ele correu o mais rápido que suas perninhas curtas permitiam, tentando fugir do cachorro desesperadamente

Ele saiu pela porta dos fundos sendo observado por três pares de olhos que nada faziam para o ajudar

O menino já estava ficando desesperado por estar se cansando de correr e não ter lugar nenhum para se esconder

Após quase quinze minutos correndo em círculos pelo quintal fugindo ele pensava desesperadamente que precisava encontrar um lugar seguro, ele havia tentado entrar dentro de casa mas acabou sendo impedido por um Dudley de braços cruzados em frente a porta rindo de si

Quando Harry estava perdendo as esperanças ele fechou os olhos cansado e quando abriu ele estava em cima de uma árvore sem saber como havia ido parar lá

Mas seja o que fosse, ele não poderia estar mais aliviado por ter fugido do cão que estava no chão apoiado com duas patas na árvore latindo e rosnando para si

– HARRY JAMES POTTER — ele ouviu o grito enfurecido de seu tio que chegara a alguns bons minutos e o observava junto do filho na fuga – DESÇA JÁ DAÍ SUA ABERRAÇÃO INFERNAL, COMO FOI QUE CHEGOU AI?

Vernon continuava gritando irritado na direção do menino, mas ele não o ouvia, ele só pensava no que Vernon gritou primeiro...

Harry James Potter

Um nome, seu tio o chamou de Harry, ele não se chamava aberração.

– Mas então porque ele me chama de aberração? — Se perguntava confuso .

The Dark PhoenixOnde histórias criam vida. Descubra agora