The Dark Phoenix

The vanishing glass

Harry não podia acreditar na sua sorte, estava sentado no banco de trás do carro dos Dursley indo ao jardim zoológico pela primeira vez; junto com Pedro Polkiss, o amigo de Dudley, na opinião de Harry, ele tinha uma cara de rato detestável.

Enquanto dirigia, Vernon se queixava com Petúnia, ele gostava de reclamar de absolutamente tudo, pessoas e coisas.

– Motociclistas arruaceiros... Sempre atrás de bagunça...

– Eu tive um sonho com uma motocicleta! — Harry exclamou ao se lembrar – ela voava — tio Vernon quase bateu no carro da frente nessa hora

– MOTOCICLETAS NÃO VOAM — Vernon gritou virando-se para Harry com a cara vermelha parecendo uma beterraba gigante com bigode enquanto Pedro e Dudley davam risadinhas

– Eu sei que não voam, foi só um sonho — ele encolheu os ombros

– Por que seu primo teve que vir mesmo Dudley? — Pedro pergunta baixinho ao primo de Harry que bufa

– Meus pais infelizmente não souberam o que fazer com ele — lamentou

Já no jardim zoológico, Dudley e Pedro tomavam grandes sorvetes de chocolate enquanto observavam um gorila que coçava a cabeça

"Se parece tanto com Dudley, exceto pelos cabelos"

Harry pensou reprimindo uma risada enquanto lambia o picolé barato de limão que seus tios lhe deram só porque a mulher da barraca perguntou o que ele iria querer antes que eles entrassem

Caminhando a algumas horas, Harry estava fascinado com a quantidade de animais que viviam ali, ele se certificava de andar um pouco mais afastado dos outros dois meninos para que eles não resolvessem lhe encher quando se chateassem com os bichos.

Após almoçarem, resolveram visitar a casa dos répteis. Era um lugar fresco e escuro, com quadrados iluminados ao longo das paredes onde haviam todos os tipos de cobras e lagartos. Dudley e Pedro queriam ver as enormes cobras venenosas e grossas pítons que esmagavam um homem. Dudley logo encontrou a maior cobra que havia naquele lugar. Poderia dar duas voltas no carro de tio Vernon e amassá-lo até reduzi-lo ao tamanho de uma lata de lixo, mas naquela hora ela apenas dormia.

O garoto parou o nariz comprimido contra o vidro, observando as espirais marrons e reluzentes na esperança de que a cobra se mexesse.

– Vamos, mexa-se — bateu no vidro – faz ela se mexer — choramingou para o pai.

Tio Vernon bateu no vidro, mas a cobra não se mexeu.

– Faz outra vez — mandou Dudley.

Vernon bateu no vidro com os punhos, mas a cobra continuava dormindo.

Dudley perdeu a paciência com a cobra preguiçosa e saiu bufando alto enquanto arrastava os pés.

Harry se colocou à frente do vidro e começou observar a cobra. Não era de se admirar que ela morresse de tédio vivendo ali sem companhia além daqueles idiotas que batiam no vidro a incomodando o dia inteiro

"São um bando de idiotas não são?!"

Sussurrou facilmente deslizando para a língua de cobra. A cobra abriu os olhos e olhou na direção de Harry, se esticando para olhar em seus olhos e piscou.

Harry retribuiu o olhar da cobra, piscando também, a cobra acenou com a cabeça na direção de Vernon e de Dudley, depois de aplicar os olhos para o teto. Lançou um olhar a Harry que dizia com todas as letras: Isso é o que me acontece o tempo todo.

"Eu detesto esses humanos" sibilou ainda olhando para Harry, percebendo que ele parecia diferente

"Bem, eu sei como eles podem ser detestáveis"