Coward

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Harry estava crescendo cada vez mais rápido mas não de forma saudável. Ele possuía um peso e tamanho abaixo do considerado certo para sua idade, isso claro era causado pela desnutrição que ele tinha, e também o fato de morar num armário escuro e apertado

Seus "incidentes" eram cada vez mais frequentes, deixando Vernon e Petúnia furiosos aumentando assim as surras que ele recebia, elas se tornaram praticamente diárias assim como insultos verbais direcionados a si

Agora com seus 8 anos, Harry sabia que ele não era igual aos tios e primos, ele sabia que havia algo diferente consigo mas não sabia exatamente o que era.

Ele conseguia levitar pequenos objetos, trocar a cor de roupas, um macacão que Petúnia tinha lhe dado encolheu misteriosamente até ficar do seu tamanho, já que ele era antigamente de Dudley, mas, o que mais assustou seus tios foi quando seu cabelo cresceu da noite para o dia.

Vernon estava irritado com o menino aquele dia e o insultou devido o cabelo parecendo um ninho de pássaros, não que Harry não tentasse arrumar. Ele penteava os cabelos sempre que conseguia, mas eles simplesmente voltavam a grande bagunça que era.

Então Petúnia resolveu os cortar, ela nem se importou com a maneira que iria fazer, apenas aproveitou para descontar raiva no menino resultando num corte de cabelo irregular e um ferimento na cabeça que foi causado pela ponta da tesoura

Mas eles não podiam se importar menos, deixando Harry extremamente irritado com seus tios e com a dor que ele sentia na cabeça

Dudley e seus amigos inventaram uma brincadeira intitulada "caça ao Harry" que consistia basicamente em perseguições ao menino mais baixo e se ele era pego, eles o espancavam.

Para o desagrado de todos, Harry parou de chorar, não importava a surra que ele levasse, ele não derramava uma lágrima, apenas os encarava com um olhar furioso que se pudesse matar, ele teria feito.

Harry estava se cansando de ser tratado assim, ele começou a entender que não fazia nada de errado para merecer todo o ódio direcionado a ele, ele era diferente, de fato, mas ele não fazia absolutamente contra seus parentes e eles o odiavam como se ele fosse o próprio diabo

O menino frequentava uma escola junto a Dudley, ele se esforçava para entender o que lhe era ensinado mas na maioria das vezes não conseguia, quando não era uma dificuldade didática, era bullying que a gangue de Dudley fazia e isso acabava o atrapalhando

Ele era chamado de aberração por grande parte do colégio graças a seu adorável primo que fazia questão de espalhar aos quatro ventos que ele era pirado e esquisito.

As palavras que mais o deixaram irado no entanto foi um insulto a seus pais, ele não permitia que Dudley abrisse a boca para falar deles sem sequer os conhecer, não que ele se lembrasse dos pais, ele apenas acreditava que Dudley não era digno

Harry novamente estava fugindo de Dudley e sua gangue, Petúnia e Vernon faziam vista grossa de todas as situações que o filho causava e as vezes os recompensavam com bolos e sorvetes.

– CADÊ VOCÊ ABERRAÇÃO? ESTÁ COM TANTO MEDO ASSIM? — ele ouvia seu primo gritar enquanto olhava em todas as direções o procurando.

Novamente ele estava em cima da árvore que havia no quintal, ele não sabia ao certo como sempre conseguia subir nela quando precisava, mas não reclamava, era o único esconderijo possível para ele.

– VAMOS POTTER, PROMETO QUE DESSA VEZ ACABAMOS COM VOCÊ — um dos amigos de Dudley gritou soltando uma gargalhada maliciosa .

Dessa vez estavam em três, Dudley e mais dois brutamontes que ele não se importava em gravar os nomes.

– COVARDE, SEMPRE FOGE NA PRIMEIRA OPORTUNIDADE NÃO É ABERRAÇÃO?

Harry gostaria de os enfrentar, realmente, mas ele ainda sentia as dores das últimas surras levadas, ele acreditava que possuía pelo menos 3 costelas quebradas no momento, então suas chances eram mínimas.

Parecia que eles ficavam cada vez mais irritados por Harry ter se escondido e passaram a lançar insultos na intenção dele aparecer, mas o de cabelos pretos não se deixava levar. Até eles tocarem no único ponto que ele não poderia ignorar.

– Potter você é tão insuportável que nem seus pais te aguentaram e deram logo um jeito de morrer para ficarem livres de você

Ele nem sequer sabia quem havia falado isso, ele ficou cego de ódio, seu sangue pareceria ferver em suas veias e tudo que ele enxergava era branco.

Harry simplesmente pulou do galho que estava, caindo na frente dos três meninos que sorriam em triunfo por fazê-lo aparecer.

– Resolveu tomar coragem e aceitar seu castigo priminho? — Dudley sorriu zombeteiro sendo acompanhado pelos amigos.

– Ao que parece ele não gosta que falem dos papais mortos, não é?

Um sorriso cruel se formou nos lábios de Harry que ficava cada vez mais nervoso.

– Quantas vezes eu já disse para não falarem dos meus pais? — Seu tom de voz era calmo e baixo, mas seu olhar era assassino.

Dudley arregalou os olhos quando um vento mais forte o atingiu, ele sabia que era Harry. Harry fazia coisas estranhas quando se zangava de verdade.

– Oh, não quer que falemos deles. Mas nos conte, sente saudades da vadia da sua mãe? — Adam, o amigo mais velho de Dudley falou, ele tinha 12 anos e era assustador na maioria do tempo, mas não agora.

Uma gargalhada sádica deixou os lábios de Harry causando arrepios em seu primo que começava a realmente ficar com medo de Harry.

O vento se tornou mais forte e parecia que todo o ar dos pulmões dos garotos os deixavam, trazendo uma falta de ar.

O ar em volta deles parecia denso e irrespirável, os três brutamontes caíram de joelhos ofegantes buscando desesperadamente respirar.

– Ouça bem, este é meu último aviso, não ousem mexer comigo novamente ou eu vou acabar com vocês — cada palavra proferida por Harry parecia os sufocar mais ainda, ambos se encontravam arroxeados e tontos – e não ousem sequer pensar em falar dos meus pais, eu não vou ser tão misericordioso da próxima vez

Quando Harry caminhou tranquilamente em direção a casa os três garotos desabaram no chão sugando o ar desesperados e com os olhos cheios de pavor.

O menino de olhos verdes não sabia como tinha feito aquilo mas não podia estar mais satisfeito, ver os três que ele mais odiava se contorcendo por ar lhe causara uma sensação extremante satisfatória.

Ele realmente tinha habilidades especiais e isso o deixou animado, pensando que se conseguisse aprender o que era e controlar, ele poderia fazer seus tios pagarem por toda dor que o causavam

Suspirando ele se jogou na cama dentro de seu armário, por algum motivo ele se sentia exausto

– Aparentemente isso me cansa — sussurrou para si mesmo antes de cair num sono profundo

Enquanto isso no quintal os três garotos temerosos discutiam o que havia acabado de acontecer

– Foi... Foi Harry? — Johnson, o outro amigo perguntou num sussurro rouco

– Eu sabia que ele era uma aberração, mamãe e papai estavam certos — Dudley disse sério

– Eu não quero nunca mais ver ele... Ele é estranho e fez isso — Adam parecia em choque e assustado como um filhotinho enquanto os outros dois concordavam rapidamente com ele devido ao medo que cresceu em seus peitos

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Vejo vocês no próximo capítulo

The Dark PhoenixOnde histórias criam vida. Descubra agora