Ele abriu a porta. Não sabia quem podia ter chegado, mas todos os amigos tinham casa naquele condomínio. De qualquer forma, ele abriu a porta e lá estava ela. De sobretudo vermelho e completamente encharcada. Tremendo aparentemente. Estava uma noite fria e chuvosa. As temperaturas deviam estar quase zeradas.
- Você? O que veio fazer aqui? – Disse James a olhando severo até ouvir pessoas falantes atrás dele.
- Papai, quem é?– Disse uma pequena menina na escada da casa.
Ele estava lindo quando abriu a porta, o cabelo preto bagunçado, exatamente como Lily se lembrava. Foi quando ela ouviu a voz de Amélia. Lily estava com tantas saudades. Mas ficou parada do lado de fora, enquanto James saia rapidamente e apenas ouviu o diálogo.
- Oi, meu amor. Já está na hora de dormir tudo bem? – James a abraçou, evitando que ela fosse até a porta. Queria protegê-la de tudo que pudesse machucá-la. Ninguém ia ferir seus filhos.
- Quem era na porta? – Amélia insistiu, era esperta e muito inteligente. Não desistiria fácil.
- Não é ninguém. Amanhã o papai conta tudo, tudo bem? – disse James esperando que ela aceitasse isso como uma resposta.
- Tudo bem. Eu te amo, papai. – ao dizer isso a garotinha abraçou Janice e foi dormir.
Lily amava aquela família. O diálogo, como ela sentiu saudade disso. Do amor. A família dela era uma bagunça, mas a de James era tão repleta de amor.Ao voltar para a porta, James a viu tremer ainda mais. Ela se adiantou e começou a falar.
- James, eu preciso..
Ao vê-la tremer apenas a interrompeu.
- Você precisa se secar, vai ter uma hipotermia.
Lily observou ele abrir caminho para que ela entrasse. Ele a deixou na sala e voltou trazendo um conjunto de moletom novo, provavelmente, do patrocinador esportivo dele. Ele estava seco. Não emitia nenhuma expressão, James não era assim. Ela fingia, sempre fingia, alegria, felicidade, ela não gostava de demonstrar sentimentos, mas ele era diferente, ele sempre demonstrou. Ele chorava quando tinha que chorar, ele ria quando tinha que rir. Ele jamais fingia.
- Pode se trocar no lavabo. Você conhece a casa. Feche a porta ao sair.
Lily observava cada movimento dele. Parecia minuciosamente calculado. Ele não queria olhar. Não queria sequer ficar perto dela. Ele não considerava a hipótese de estar no mesmo lugar que ela. Mas mesmo assim, a chamou para entrar, somente para que ela não ficasse doente. Esse era James. O coração. Ela precisava falar com ele. Ela iria falar, ela tinha que ser corajosa.
- Eu preciso falar com você, Potter! – Ela disse tentando parecer o mais imponente possível. Ele precisava sentir que era sério. Que ela realmente queria estar ali.
James a observou dizer aquela frase. Ela não via o esforço que ele estava fazendo para não desmoronar. Para não ferí-la. Para não culpá-la por tudo que sentiu nesses três anos. O melhor era enterrar essa história. Ele não queria magoá-la. Não queria dizer quantas vezes demorou de dor. O quanto esforço teve que fazer para tudo. Para viver e para respirar.
- Para dizer o que exatamente, Evans? – Ele respondeu com o máximo de frieza que conseguia colocar na voz. Ele sabia que Lily o conhecia, se ela acreditasse que ele não sentia mais nada, ela iria embora.Não achava que aquela conversa resolveria qualquer coisa. Ele tinha ido aos EUA atrás dela. Mas ele a viu feliz sorrindo. Então, ele veio para casa para cuidar dos seus filhos.
Lily o observou responder em tom frio. Aquele não era James. Não o James dela. Mas o James dela não existia mais, existia? Ela estava paralisada. Quando ele perguntou novamente.
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Você Nunca Caminhará Sozinho - James e Lily
FanficJames Potter. Jogador da Premier league. A estrela do Liverpool. Ele tinha a vida perfeita. Ou não? desde da transferência milionários de seus dois melhores amigos para o Bayern München e para o Real Madrid, ele está completamente sozinho. Mesmo cer...