Um Desejo

Capítulo Oito

Baekhyun conseguia ver que Chanyeol estava se esforçando nos últimos dias para limpar o mal-entendido que os cercavam há semanas.

E mesmo tendo prometido a si mesmo que não mudaria de ideia facilmente, o elfo encontrou-se com o coração vacilando sempre que pegava o maior sorrindo em sua direção. Era difícil manter sua decisão quando o Park era tão gentil e doce, mesmo o vendo apenas como amigo.

— Baek, a comida chegou! — ele ouviu o maior gritar e passos pelo corredor até ele aparecer na porta do quarto com duas sacolas na mão — Eu pedi os seus favoritos e sobremesa.

O elfo imediatamente abandonou suas cobertas e correu até o maior, pulando de ansiedade enquanto esperava os potes serem abertos para ele poder comer.

— Obrigado, eu estava com muita fome.

Chanyeol ficou tentado a comentar em que momento o elfo não estava com fome, mas ele tinha um plano para aquela noite, por isso engoliu a provocação.

Ele deixou que Baekhyun se servisse primeiro, dando tempo o suficiente para que ele pudesse comer antes de tocar no assunto que queria discutir.

— Baek... Você quer tentar se livrar do elo novamente?

Ele esperava alguma reação do elfo, mas o Byun apenas abaixou o copo em que estava bebendo e olhou, confuso, para o Park.

— Achei que você gostasse de me ter ao seu lado... — ele parecia não estar afetado, mas o maior conseguia ver como suas mãos começaram a tremer levemente e como ele evitava levantar seus olhos.

— E eu gosto, Baek, mas Jongdae disse que dessa vez... — ele não conseguiu terminar antes que o elfo interrompesse novamente.

— É porque você acha irritante me ter por perto?

Chanyeol foi pego de surpresa com a pergunta e precisou de apenas um segundo para entender que o fato do menor ser tão inseguro era culpa sua. Ele era ainda mais culpado por essa conexão que o elfo automaticamente fazia sempre que ele trazia o assunto à tona.

— Não, ter você do meu lado é o meu maior incentivo quando estou trabalhando.

Baekhyun não esperava uma resposta tão verdadeira e sentiu suas bochechas corarem.

— De verdade?

Chanyeol forçou uma tosse e eles voltaram a comer, mas o Park conseguia sentir o olhar do menor sobre si, ainda esperando uma resposta.

Esconder tudo de bom que o elfo trazia para sua vida não tinha ajudado em nada e agora ele tinha feito uma promessa para si mesmo de não esconder mais nada do menor, mesmo se fosse algo vergonhoso.

— No primeiro dia que você veio trabalhar comigo, eu não conseguia pensar em mais nada além de como você combinava ali no meu sofá, assistindo vídeos no meu celular.

O elfo permaneceu em silêncio, mas Chanyeol conseguiu perceber como o pequeno sorriso não saiu de seus lábios durante a noite toda.

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No dia seguinte, ele estava no café de Jongdae, pronto para dar a sua resposta.

Ele gostaria de descobrir como sua vida rotineira e normal passou a ser aquela confusão mágica de dar respostas a seres de natureza questionáveis.

Jongdae estava organizando quadros na parede quando ele entrou e fez uma careta assim que viu o Park parado ali.

— Eu nem tomei café ainda... — Chanyeol escutou o feiticeiro murmurar.