Race To Your Heart [Haikyuu- Kagehina]

|Capítulo 11| • |Blurt out cure guilt|

Capítulo 11- Blurt out cure guilt
Explodir cura a culpa

➰Pov Hinata➰

— O dinheiro.- digo entregando o pacote amarelado pro Sr. Nekomata— Pode me devolver o nosso contrato e o documento original do salário de pacemarker, por favor?- pergunto para o mais velho.

— Aqui está, você fez um bom trabalho garoto.- ele diz me entregando os papéis.—Oe Kuroo.- ele chama o moreno.

— Sim chefe.- ele se põe ao lado dele.

— Pode destruir o livro que registrava as dívidas do garoto.

— Com todo prazer.- Kuroo diz sorrindo em quanto destruía o pequeno livro, arrancando as folhas.— Não vai fazer também? É bastante satisfatório.- o moreno se aproxima de mim me entregando o resto do pequeno livro. Faço o mesmo que ele fez, mas também com o contrato e o documento que o Sr. Nekomata havia me dado.

— Provavelmente não nos encontraremos de novo passarinho.- diz Kenma se pondo ao lado do Kuroo.

— Verdade, nós realmente te desejamos boa sorte garoto, você merece. E desculpa pelas nossas grosserias de antes, de coração, não gostamos de fazer isso com ninguém.- Kuroo fala coçando seu pescoço.

— É que é o nosso trabalho.- o Kenma se justifica também um pouco sem graça.

— Tudo bem. Por um lado vou sentir a falta de vocês, se conhecesse vocês fora dessa situação com certeza poderíamos ter sido amigos.— falo sorrindo pra eles, com sinceridade. Não consigo guardar rancor deles.— Bom, eu já vou indo.- me viro começando a andar.

— Até talvez algum dia aí Shoyo.- ouço o Sr. Nekomata dizendo.

➰•••➰

Depois de ter finalmente meu último encontro com o Sr. Nekomata e seus capangas, fui pro meu quarto, tomei um banho bem longo já que logo após a maratona o treinador chegou com o nosso dinheiro, meu e o de Kageyama. Então rapidamente arrumei uma desculpa esfarrapada para conseguir entregar o dinheiro hoje mesmo pro Senhor Nekomata, e eu consegui. Quando voltei praticamente todos já estavam nos seus quartos se organizando pra festa de comemoração, eu planejava ficar para participar também, mas não me sinto bem. A sensação de segurar aquele pacote cheio de dinheiro com o peso da mentira que fiz para Tobio estava ferrando com a minha consciência. Esse peso na consciência tava me torturando sem dó, assim como memórias de outros problemas também voltaram a tona.

Eu saí daquele quarto, mas antes de ir mudei a senha para a data do meu aniversário. Não acho que será uma boa ideia Tobio entrar lá, na verdade não é uma boa ideia nem que ele me veja, principalmente nesse estado. Por isso resolvi sair, também não sei se era porque estava nervoso, mas aquele quarto e os corredores estavam abafados demais não aguentava continuar ali tive realmente que sair. Então peguei um ônibus, mas não era qualquer ônibus, era um ônibus de viagem. Eu estava fugindo que nem um bebê chorão dos meus problemas, responsabilidades e vida? Sim, com toda certeza. Eu provavelmente iria voltar, só preciso relaxar em algum lugar, descansar e pensar um pouco no que tá rolando. Então, me decidi, por que não ir pra um lugar do qual me traz boas lembranças?

Aquele transporte me levaria pra Baegu, a cidade em que treinamos pra Maratona Nacional, onde eu tive meu primeiro encontro com o Tobio. Pelo menos pra mim aquilo foi especial, e também foi um bom momento.

Eu me sinto livre e ao mesmo tempo tão preso nesse momento, era pra eu estar aliviado já que me livrei daquela dívida. Não faz sentido! Nada faz sentido pra mim. Tudo que me envolve sempre acaba dando em problemas, e eu não entendo o porque. Eu estou cansado, só quero ir pra longe e desistir de tudo. Eu só queria sossego para minha mente, é pedir demais? Eu quero parar de lutar, de insistir, descansar, desistir... Eu quero só ficar livre desses problemas e pensamentos desnecessários.