— Bombom!
Ao voltar do banheiro Melissa viu Thomas ao lado de Nícolas próximo ao balcão da recepção do hospital e correu até ele com os braços esticados e quase desabando em cima do salto alto. Thomas permaneceu parado mesmo ao vê-la parecendo tão abalada, baixou a cabeça apertando os lábios discretamente antes de ser atingido pelo abraço dela.
— Calma aí, Melissa, vai devagar, meu irmão está todo arrebentado. — Disse Nícolas.
— Bombom. Nem acredito que está vivo. Eu não perdi você, bombom. Como você está? Me deixa olhar pra você. Não devia estar deitado se recuperando? — Ela se afastou um pouco e olhou para ele. — Meu Deus, você está horrível. Seu rosto... está um horror.
— Eu estou bem, obrigado, Melissa. Podemos ir agora?
— Eu estava doida te procurando ontem o dia todo e você não retornou minhas ligações, bombom, e por falar nisso, onde foi que você se meteu? Eu fiquei tão preocupada. — O rosto de Melissa começou a se contorcer e ela começou a falar com voz de choro, mas nenhuma lágrima surgia. — Eu não sei como viveria sem você, meu bombom. Se algo tivesse acontecido a você eu... eu nem sei. Não consigo me imaginar vivendo sem você, Thom. — Ela deu beijo parado e demorado na boca de Thomas. Nícolas desviou o olhar irritado e esfregando a nuca. — Eu vou pra sua casa. Vou cuidar de você e nunca mais vou te deixar sozinho.
— Será que podemos ir pra sua casa, Mel? — Pediu Thomas.
Melissa abriu um sorriso malicioso e agarrou Thomas pela cintura. Ele fez uma careta soltando um gemido de dor e segurou as mãos dela afastando-a.
— Melissa, me escuta. Nós temos que conversar. Tudo bem se formos agora?
— Claro que sim, bombom. Mal posso esperar pra te colocar em minha cama e cuidar de você.
Thomas inspirou fundo vestindo o terno e imaginando que aquele seria um longo dia. Melissa segurou a mão dele e começaram a andar, mas Melissa parou olhando para Nícolas com as sobrancelhas erguidas.
— Ah... é. — Disse Nícolas. — Eu me esqueci que sou o motorista hoje. É claro que tinha que sobrar pra mim.
— Sinto muito, bombom, mas eu não estava em condições de dirigir quando recebi a notícia, por isso não estou com meu carro.
Nícolas passou à frente deles andando e tentando esconder a irritação.
Minutos depois, os três estavam no carro dele e mais algum tempo depois ele estacionou em frente ao prédio onde ficava a quitinete de Melissa. Thomas estava no banco da frente, desceu e abriu a porta de trás para Melissa. Nícolas também desceu, deu a volta e andou até eles, parou na frente de Thomas na calçada e colocou a mão em seu ombro. O semblante de Thomas era duro e impassível. Mesmo que soubesse que o irmão estava preocupado, não era capaz de esquecer o que ele havia feito para Nina nem as coisas que disse a ela.
— Você é um filho da mãe sortudo. — Disse Nícolas. — Torça pra que não haja uma terceira vez, pode ser que não tenha tanta sorte.
— Não vai haver uma terceira vez.
— Nunca se sabe.
Thomas semicerrou os olhos. Nícolas baixou a cabeça, deu um apertão amistoso no ombro dele e se afastou.
— O que importa é que está aqui agora, não é? E que está bem.
— Você contou sobre o acidente pro pai e pra mãe? — Perguntou Thomas.
— Não. Quer que eu conte?
— Não, é melhor não. Acho que eles podem passar sem essa.
— Tudo bem. Como quiser.
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A ÚLTIMA CASA DA PRAIA
RomanceROMANCE / DRAMA ⸻⸻ Nina Lemos é uma jovem empresária bem sucedida, alegre e bonita que depois de achar ter se livrado de um namorado possessivo resolve passar alguns dias longe de tudo, principalmente do homem que tentava controlar sua vida. Thomas...