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Eu subi na vida e agora sou rico
Eu consegui umas coisas erradas com isso, mas você é diferente dessas mulheres. Me fez voltar
Não posso deixar alguém ter você
Isso não pode acontecer

─── neither do i, stwo ft. jeremih

Afrodite Thoja

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Afrodite Thoja

Zach correu e pulou no meu colo

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Zach correu e pulou no meu colo. Tinha até esquecido do quão pesado ele é

— Oi, meu amor. — baguncei seus cachinhos. — Como você tá?

— Bravo! — se afasta e cruza os braços.

— Bravo por que, Zachy? — usei seu apelido fofo ao meu favor.

— Você sumiu por uma semana, Dite. Uma semana! Você esqueceu de mim. Você não me ama mais? — vi seus olhos marejarem.

— O que? É claro que eu te amo, Zach. — ele funga, deixando a primeira lágrima cair.

— Eu só acredito se você me der uma pista de corrida! — minha mãe ri.

Ele é bom. Muito bom.

— Uma pista de corrida, é? — cruzei os braços.

— É, da hot wheels. Se você não me der, você não me ama! — olhei para a minha mãe, prendendo o riso.

— Vou pensar no seu caso, ok? — beijei sua testa e o coloquei no chão.

Aproveitei o tempo livre para arrumar o meu quarto. Não moro com o Vinnie, e não posso me acostumar a ficar na sua casa todos os dias da semana. Não posso.

— Lembrou que tem casa? — meu pai se encosta no batente da porta.

— Nunca me esqueci disso. — ele ri e balança a cabeça. — Não moro com ele, por mais que pareça.

— Deveria. — o olho imediatamente.

— Isso é algum tipo de expulsão? — ele gargalha e caminha até a minha cama.

— De maneira nenhuma, eu estarei aqui sempre que precisar, mas agora eu vejo que você precisa estar com ele. Eu vejo o seu olhar quando está sozinha. — ele mexe nos meus dedos.

— Não, eu não vou morar com ele, papai. — deito a cabeça no seu ombro. — Eu só tenho vinte e três anos, não estou pronta para morar com ele!

— Você morou com o Chas e a Charli por cinco anos, qual é o problema? — molhos os lábios e abro a boca para respondê-lo, mas nada sai.

Qual é o problema, afinal?

Não, eu não vou considerar isso agora. Já tem muita coisa na minha cabeça, eu não preciso de mais uma.

— O problema é que eu não quero, papai. Em três meses eu volto pra NY, e eu nem sei se a gente vai durar até lá. — digo sem dar importância, até perceber o que eu disse.

Eu vou embora em três meses. Puta. Que. Pariu.

— Ok. — ele se dá por vencido e levanta da cama. — Você vai sair?

Suspirei.

— Vou ao médico. — ele me olha estranho. — Consulta de rotina, relaxa. — menti descaradamente. — Não sei se vou dormir no Vinnie hoje, então se ouvir barulho de noite, não se assusta.

Chamei um táxi e fui até o hospital. O médico já me esperava.

— Boa tarde, senhorita Afrodite. — apertamos nossas mãos. — Como tem passado?

— Bem, digo, fisicamente bem, mas emocionalmente... — ele sorri fraco.

Ele diz sobre todos os riscos que corri durante esses anos, e que continuo correndo agora, até chegar na parte que eu evitava.

— Se a senhorita escolher não ter um filho agora, creio que as suas chances futuramente serão drasticamente menores do que o normal. — molhei os lábios.

— Quanto menor? — cruzo os braços, incomodada.

— Setenta por cento menores. Você ficaria com vinte e dois por cento de chances de engravidar novamente. — descruzei os braços e encarei meus dedos.

— Mas... A minha primeira gravidez foi de total risco, eu perdi o meu bebê em menos de dois meses, como eu vou saber que isso não vai acontecer de novo? — engoli o choro.

— Porque a sua placenta já está formada, Afrodite, o bebê não teria nenhum problema em se formar e viver aí dentro por alguns meses. Ele pode nascer um pouquinho prematuro, mas é coisa de um mês. Eu garanto. — suspirei, me sentindo encurralada. — Agora, se a senhorita optar por não ter um bebê, a primeira sala a esquerda na recepção é para solicitar uma cirurgia de emergência.

— Tudo bem, obrigada.

[...]

Vinnie me buscou em uma praça perto do hospital. Não disse a ele que estava por lá, ou ele me encheria de perguntas que eu não estou afim de responder.

Agora ele estava no banho, enquanto eu estava apoiada na parede entre a sala e o corredor. Stassie e Jett discutiam feito crianças sobre o nome do bebê que eles ainda nem sabem o sexo, vale ressaltar.

— Aaliyah! — Jett bateu o pé e Stassie revirou os olhos.

— Nós nem sabemos se é uma menina, amor. — ela se senta no colo dele. — E eu tenho certeza de que é um menininho.

— Ah é? Como? — ele cruza os braços.

— Tá dentro de mim, eu sei. — Josh ri. — Se for menino eu escolho o nome, e se for menina, você escolhe.

Senti algo me beliscar e tive um sobressalto.

— Espiar é falta de educação, sabia? — Vinnie pegou no meu braço gentilmente e me guiou até o seu quarto. — Você anda muito pensativa, aconteceu alguma coisa?

Me sentei na cama e encarei meus dedos. Já havia passado quase uma semana desde que fomos juntos ao hospital, e depois de hoje, eu já tinha tomado a minha decisão.

— É a coisa do bebê, não é? Você tá se sentindo.. você tá se sentindo pressionada por causa da Stassie. — ele diz tudo freneticamente, andando de um lado para o outro em cima do cimento. — Você não precisa ter um bebê se não quiser ter um bebê. Quero dizer, eu adoraria ser o pai do seu bebê, é quase um sonho, mas se você não se sente preparada, voc...

— Vincent! — falo em um tom de voz alto, começando a me preocupar com o seu estado. — Eu já tinha decidido isso antes mesmo de saber sobre a gravidez dela.

Ele suspira e parar de andar, ficando exatamente na minha frente.

— E o que você decidiu? — ele leva a mão até o meu queixo, fazendo um carinho ali.

Não vou dizer que nasci para ser mãe, definitivamente não, mas é a ordem natural das coisas, não? Digo, eu não teria um filho se não quisesse ter, nenhuma mulher deveria ser usada como uma fábrica humana, mas nesse caso, no meu caso, eu não vejo sentido em criar um futuro sem antes criar uma família.

— Eu quero ter um bebê, Vinnie.

Start Over ² | Vinnie Hacker ✓Onde histórias criam vida. Descubra agora