Capítulo 39- A chave

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Isadora...

Quando cheguei a cidade fui até o pequeno mercado, estava com o carrinho de compras pegando um monte de porcarias para mim e os meninos, quando virei no corredor bati sem querer em um carrinho, me surpreendi com a pessoa que tinha o outro carrinho, oque ela fazia aqui?

- Mary Anne? Oque faz aqui? - ela sorriu para mim e veio me abraçar.

- Horaaa que saudade – disse ela empolgada.

- Não deveria estar de malas prontas para o Egito? - perguntei.

- Não, o professor cancelou- disse ela – Aí vim para cá, para terra encantada escocesa e você oque faz aqui? -ela perguntou.

- Eu me separei do meu marido e vim para cá – disse encabulada.

- Hummmm então é você ?! não se preocupe minha amiga seu segredo está a salvo – disse ela rindo.

- Como sabe? - perguntei.

- Do pé na bunda do professor? toda universidade sabe, só não sabem que é você- disse ela sorrindo- Ele cancelou por isso.

- Entendo – disse sem graça.

- Mais para mim o Egito já está batido- disse ela rindo.

- Por que? – Perguntei.

- Quando você vive eras e eras no lugar, se cansa dele- disse ela rindo.

- Você também? - perguntei.

- Não como você pensa, mais, digamos que eu sou tão velha o quanto sua "mãe" - disse ela fazendo aspas com os dedos, me deixando embasbacada -Sou Hator, a deusa do amor, Afrodite em outros lugares, e assim vai – disse ela me deixando mais embasbacada.

- E você está aqui por que? - perguntei.

- Por que gosto da sua companhia e por que sempre torci por vocês – disse ela me olhando meigamente- Vamos tomar um chocolate quente? - ela perguntou.

- Mais e minhas compras? - perguntei.

- Eu dou um jeito – foi até um funcionário e olhando fixamente nos olhos dele disse – Faça um grande favor e guarde tudo querido- disse ela, ele acenou que sim e pegou meu carrinho – Sou bem insistente quando quero – disse ela rindo- Vamos? - perguntou acenei que sim.

Caminhamos pela calçada, e chegamos a um café e sentamos e ela quebrou o silencio:

- Então você desistiu dele? - perguntou ela fazendo nossos pedidos.

- Eu não sou o que ele busca – disse por fim olhando o chão.

- Você é, mais está tão confusa e perdida que sinceramente não se lembra nem o que comeu ontem – disse ela rindo – Vi ele durante eras chorando, vi você em alma olhando para ele, vi cada lagrima sua, e acredite é verdadeiro tudo que sentem um pelo outro – disse ela me calando a ponto de eu só dizer:

-Como posso ter certeza? - disse em um fio de voz.

- Segure minhas mãos – assim fiz – Feche os olhos- obedeci- Agora pode abrir.

Olhei em volta e reconheci o lugar, como nós fomos parar lá? ah esqueci ela é uma deusa, reconheceria aquele lugar mesmo que fosse em outra vida, era perfeito amava ele, era Estocolmo, museu da vasa olhei do lado vi varias pessoas, dois jovens na porta, e quando olhei para trás vi 4 senhoras, mais percebi que ninguém nos percebia.

-Por que me trouxe aqui? - perguntei.

- Vê aqueles dois desastrados na porta?- perguntou – Então , eles são e era dois irmãos em outra vida , aquele mais serio , lutou na guerra , protegeu a família se arriscou na Alemanha nazista sabe por que ?- perguntou ela eu balancei que não com a cabeça – Por ela ...- disse ela sorrindo ternamente , vendo a moça de cabelo longo correndo com sua irmã para porta , mais os dois rapazes bloqueavam a porta , gerando assim um acidente , todos no chão se encarando – Olha , ele e ela se reconhecendo parece familiar a sensação não é ...- disse ela me fazendo ter lagrimas nos olhos – Ele morreu velhinho na mesma cama que ela , tiveram perdas , passaram tanto sofrimento , e quando ela foi embora desse mundo , quando ela acordou lá estava ele , esperando – disse ela me fazendo chorar – Sabe o outro casal ? eles se amavam tanto que morreram abraçados – disse ela , eu os olhei e finalmente consegui falar:

As areias do tempo...Onde histórias criam vida. Descubra agora