As areias do tempo...

Capítulo 19- Apenas de um vazio a outro...

A volta...

Depois que o príncipe que atualmente adotou o nome de Caleb achou Nila pelos corredores, pediu que ela o levasse até onde estava o corpo de sua amada no caminho Nila o contava sobre o passar dos anos e como fora transportado e cuidado.

-Nós o guardamos em uma sala secreta no palácio por muito tempo -disse ela descendo por um corredor atrás de uma parede falsa , segurando um castiçal com velas – Depois que seu pai construiu o castelo ele já havia colocado na planta essa sala – contou explicando – Todos pensaram que era para guardar dinheiro ,mais era algo mais precioso – ela abriu uma outra porta , ele vislumbrou uma sala com tochas grandes , iluminada igual ao palácio o qual ele nasceu – Nós pedimos para fazer este cômodo como nossa antiga casa e encomendamos um sarcófago de vidro , o qual nós podemos ver ela mas não tocar.

Ele seguiu pelo corredor que mais parecia uma ponte, ao redor da sala tinha água imitando um rio, no centro havia várias plantas de papiro o chão era de areia, por um instante se sentiu em casa, ele olhou para exatamente o centro da sala, onde lá havia o corpo sem vida. os dois seguiram até mais próximo ela parou a 6 passos dele e ele tocou o vidro.

- Em todos esses anos todas as vezes que eu dormia , eu rezava aos deuses que tudo que aconteceu fosse mentira – disse ele derramando lagrimas solitárias – Quando eu acordasse eu estaria na minha cama , no meu quarto – disse ele fechando os olhos e se lembrando de como era seu quarto – Eu colocaria as mãos em meu rosto e olharia em volta – abriu os olhos e viu a moça que dormia pela eternidade – Ela entraria sorrindo e me abraçando , e me desejaria bom dia – Nila lembrava-se de como era amiga – E eu não lembraria mais desse sonho ruim .

- Por muitas vezes eu acreditei nisso – disse a moça – Por várias vezes a chamei como se ela fosse acordar, mas isso nunca aconteceu.

- Eu a vi – contou ele.

- Oque? – Nila se espantou "deve estar doente depois dessa chuva" pensou.

- Á dias atrás a deusa Isis me visitou, como fez sadicamente todos esses anos – contou para Nila que prestava atenção- Dessa vez ela falou que me daria um presente, eu deitei para dormir, quando amanheceu ela estava na minha sacada – contou ele.

- Ela disse alguma coisa? - perguntou eufórica de felicidade.

- Sim, várias coisas – disse ele – Mas eu tinha me esquecido de sua voz, como era ouvir ela, como ela era de pé – disse ele sorrindo pelas lembranças passadas e as presentes –Ela era lá ainda que só um espirito mais era, o mesmo corpo, as mesmas mãos tudo e me contou que nunca deixou de estar ao meu lado- conto ele a ela que o olhava embasbacada.

- Meu Deus – disse Nila com as mãos no rosto – Eu sinto tanta falta dela.

- Eu também sinto – disse ele compartilhando da tristeza da amiga – Eu sonhava em casar com ela, ter nossos filhos correndo por todos os lados – ele imaginava uma vida com ela – Nila o que acha que aconteceu? ela era doente? – perguntou se questionando.

- Ela era um pouco fraca quando criança mais não algo que ela pudesse morrer por isso- respondeu Nila – sempre fiquei confusa, eu me perguntava se era o banho na piscina que vocês haviam tomado mais não era isso que a mataria.

- Eu acho que ela foi envenenada – disse Erick que entrava na sala.

- Por que diz isso meu amigo? - perguntou o príncipe, não tão confuso pois já havia pensado nisso.

- Eu e minha esposa sempre desconfiamos disso – respondeu ele abraçando Nila- alguém do palácio fez isso.

- Ela me mandou procurar alguns lugares – contou aos dois – Não vou ficar muito tempo aqui amanhã mesmo começarei a viagem, não contem ao meu pai, se tiverem que contar isso contem só para Alirá – pediu o rapaz.