Capítulo 17- O tempo e suas providencias...

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Nila e Ekiene palavras ...

Depois da morte da minha queria irmã e amiga tudo ficou sombrio, eu entrava naquele quarto que hoje era uma tumba e chorava, rezava para levantar a cabeça e ela estar olhando para mim curiosa o faraó me falou sobre a maldição e sobre a imortalidade, os primeiros dias foram insuportáveis, eu dormia e sonhava com ela, a via de novo caída sobre os braços do príncipe, em agonia e dor acordava por várias vezes a noite.

A dor maior foi quando os servos terminaram o sarcófago definitivo foi apenas 4 meses depois da morte dela, quando tiramos seu corpo de dentro parecia que ela abriria os olhos a qualquer momento.

Seu corpo mole, e intacto, todos choravam a rainha Alira e o faraó estavam presentes e não segurarão as lagrimas, apenas Hadassa e a outra rainha ficavam distantes.

Os dias foram se passando e nada do príncipe, os dias viraram meses e os meses viraram anos e os anos tornaram décadas, que por sua vez se tornaram séculos e não muito tardar milênios.

Cuidei do corpo dela todos os dias , sempre a mantinha limpa e de joias perfeitas e vestida o vestido sempre da mesma cor e jeito , mais não havia um dia que não era doloroso , o faraó depois de um tempo mandou que saíssemos do Egito , pegamos todos nossos pertences , joias e ouro e fomos para outro lugar , o sarcófago bem cuidado e todos os pertences dela também foram levados com nosco , era dolorido pensar que ela não estava ali, fomos para um um lugar que chamavam de Bretanha , os campos eram verdes vastos, cheios de flores e passarinhos , o faraó mandou construir um grande castelo como eles chamavam, a língua era diferente e estanha , quando o castelo terminou de ser erguido nos mudamos .

O faraó mudou seu nome assim como todos nós, mudei meu nome para Anna era comum na Bretanha pelo que me falaram, e meu marido Ekiene mudou o dele para Erick, o faraó para Alfredo, a de Siptá para Judith e Hadassa para Anne apenas Alira a rainha continuava com seu nome.

Logo o faraó que agora se chamara Alfredo pediu para todos que não usássemos o título egípcio, era uma época sombria, se as pessoas soubessem que éramos imortais podiam tentar nos matar.

O faraó teve que escolher qual das rainhas ele escolheria para ser sua única esposa, ele escolheu Alira , ele a amava de verdade , a mãe de siptá só era importante no Egito , falávamos para as pessoas " meu marido Erick é filho de Alfredo e Alira , e Judith é irmã de Alira e mãe de Anne , sendo viúva" no início era estranho mas depois nos acostumamos.

Eu vi nações se erguerem e desaparecem, vi o povo ser importante, e nobres serem mortos gerei filhos que morreram antes de mim.

Durante muitos anos apenas nos contentávamos com cartas de siptá, nunca descobrimos como ele ficava ou sabendo onde e como estava e mesmo assim as cartas chegavam. Cada uma com um selo diferente.

Até que surgiu o século 20, a Europa estava um caos, bombas caiam por todos os lados, pessoas morriam a fome se alastrava, e a ameaça de guerra era constante, dispensamos nossos empregados numa noite. tarde da noite alguém bate forte da porta, meu marido foi atender.

A chuva lá fora era cruel e barulhenta, todos olhavam pela ponta das escadas com medo havido, Erick abriu a porta e se deparou com um indivíduo, com o mesmo rosto conhecido, a diferença só era as roupas e o cabelo, vestia um terno caro e preto, ensopado, era o mesmo.

- Siptá...? – Erick disse surpreso e sem ação, até que ouvidos a voz que não ouvimos a muito tempo.

- Me chamo Caleb agora irmão – disse ele entrando e abraçando Erick, sem se importar com a chuva.

- Meu filho ...-Alira descera a escadas correndo para abraçar o rapaz, Alfredo também, todos choravam emocionados com a volta dele, Anne olhava para ele com um tom de remoço e logo saiu, Judith se mostrou mais neutra.

Depois que ele abraçou todos menos sua mãe biológica e a filha de criação dela, poies ele olhou para elas e parecia que o rancor ainda era vivido e presente para ele, depois de muitas lagrimas ele foi trocar de roupa e tomar um banho, era madrugada e eu ainda não conseguia dormir, me levantei e comecei a andar pelo castelo, fazia isso cada vez que me sentia nervosa, passando pelos corredores e chegando na biblioteca até que eu ouvi alguém me chamar.

- Nila – parei instantaneamente.

- A muito tempo ninguém me chamava por esse nome – virei e olhei para ele, era o mesmo, mais abatido com o tempo ele também sentia a falta dela até agora.

- Obrigada por tudo que fez por mim minha amiga, eu sei que mesmo comido distante você cuidou dela – disse ele- eu fiquei feliz quando soube de seu casamento, queria que ela tivesse aqui para ter visto.

-Obrigada, meu senhor, eu também queria – disse a ele ainda com respeito.

- Por favor me chame pelo nome – disse ele, por um instante ele olhou para baixo, dava para sentir o peso que ele sentia – Ela ... está aqui? - até que ele disse, senti toda sua dor que era minha também.

- Sim – respondi chorando – eu nunca a deixei ...- respondi.

- Me leve até lá por favor - disse ele , apenas assenti e sai pelo corredor com ele me seguindo eu podia sentir a dor dele nas minhas costas enquanto íamos até a passagem secreta.

As areias do tempo...Onde histórias criam vida. Descubra agora