Capítulo II. Madame Succubus

1.3K 137 38
                                    

Severus se vestira de uma forma particularmente elegante naquela noite.

Queria estar charmoso, sexy... E tinha a consciência de que ele não era lá de se jogar fora.

Se seria mesmo inserido naquele contexto de loucuras do qual Cissy o convencera a fazer parte, então queria estar vestido a caráter.

Mas a começar pelo vestuário, apesar de muito atraente, ele teria muito o que aprender.

E percebeu isso quando Cissy varreu seu corpo de cima abaixo com um olhar crítico, logo que ele aparatou em frente ao local indicado pela amiga, uma casa em ruínas localizada em um bairro trouxa na capital do Reino Unido.

— E então? Como estou? — Perguntou, incerto, e Cissy analisou-o novamente antes de apresentar-lhe o seu parecer.

— Nada que eu não possa resolver com um ou dois gestos de varinha. — Ela disse com descaso, e deu de ombros, virando-se na direção da construção inacabada. — Venha, não vamos gostar de perder tempo.

Ele assentiu, quieto, ajeitando o paletó que lhe cobria apenas uma parte do peitoral, deixando a outra exposta ao frio da noite.

Uma vez que Cissy viu-se ante ao portão, ela rodopiou a varinha algumas vezes, e uma passagem translúcida foi-se abrindo, revelando a aparência real da construção em ruínas, que desaparecia paulatinamente para dar lugar a um prédio majestoso, como de uma casa antiga muito convidativa, em que, nas diversas janelas, havia música boa e luzes multicolores oscilantes.

— Nossa! — ele exclamou, realmente impressionado.

— Você ainda não viu nada, meu querido — riu-se Narcissa. — Agora, comporte-se. Provavelmente Lucius também estará aí dentro.

— Lucius?! — repetiu com uma nota de histeria.

— Sim, sim — confirmou Narcissa bastante casual. — A emprestei para outra dominadora para que ela pudesse utilizá-lo.

— Para quem? — xeretou, um tanto quanto surpreso.

— Bem, isso não é da sua conta, é, Severus? — disse com uma acidez que não lhe era habitual e, Snape concluiu, deveria ser a sua personalidade dominadora mostrando as garras. — Mas já que insiste tanto em saber, é Emma Vanity.

— Emma Vanity? — repetiu, engasgando-se. — Mas ela era a garota mais bonita da nossa casa no colégio!

Com poucas pessoas na frente formando uma fila, Cissy ajeitou-se elegantemente, fuzilando Snape com o olhar.

— Não me provoque — repreendeu, insultada pelo comentário indelicado do comparsa. — Trouxe comigo uma chibata importada particularmente dolorosa que estou louca para estrear.

E abaixando os olhos, Snape engoliu em seco.

Realmente, ele não gostaria de ser castigado por uma mestra severa como Narcissa em sua primeira noite como submisso.

— Boa noite, Madame Malfoy. — A sombra de um homem que projetava-se na entrada ocultado pela escuridão e denunciado pelas luzes da casa colocou-se de quatro e beijou os saltos da Slytherin, fazendo com que Snape arregalasse os olhos de perplexidade.

Em seguida, a sombra do homem levantou-se e, Severus pôde enxergar com certa dificuldade apertando os olhos na escuridão, revelou sua estrutura completamente desnuda, levantando-se com a ajuda de sua dominadora.

Cissy manteve as expressões arrogantes de sempre, intensificadas naquele momento pela entrega com que dedicava-se ao seu papel sexual.

— Onde está o meu marido? — perguntou, estufando o peito orgulhosa.

Dançando Entre Água e FogoOnde histórias criam vida. Descubra agora