Capítulo V. A Casa de Potter

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Depois da intensa recordação em frente ao espelho, Snape olhou para as calças que havia vestido.

Um jeans azul-marinho bem passado, uma camiseta cinza e...

Amarrara o cabelo.

Pessoalmente, ele não gostava muito de fazer aquilo.

Mas se tinha algo que Narcissa Malfoy entendia, era sobre aparências e primeiras impressões.

E ela dizia que ele ficava particularmente charmoso com os fios negros presos.

No interior de sua roupa íntima, sua ereção era intensa.

Normalmente, aquele era o momento em que ele, tomado pelo calor e por suas vontades, resolveria se atrasar alguns minutos para o compromisso que o aguardava, abaixaria as calças, e resolveria aquele pequeno problema fisiológico.

Conforme James havia observado, ele respondia muito rápido a estímulos sexuais, então aquilo não demoraria muito.

Mas ao tocar na própria extensão ereta, tateando desejosamente, ele lembrou-se das ordens claras de seu dono.

Sem gozar.

Ele engoliu em seco, admirando o próprio reflexo para tentar se distrair.

Não ajudou muito.

Na verdade, sua extensão tornou-se mais rija, ele teve a impressão.

Ele sempre gostara de assistir a si mesmo.

Fosse por narcisismo ou simplesmente pelo prazer de se ver em um momento íntimo.

Outro pensamento que não ajudou. A ereção tornou-se mais firme.

Com muita força de vontade, ele reteve as pálpebras e tentou diminuir a excitação, respirando fundo.

Funcionou depois de alguns minutos.

Colocando seu allstar preto, num visual que lhe deixava bem adolescente, ele apanhou a varinha que havia recuperado com Cissy ainda na noite anterior e convocou com um aceno a sua bolsa e o papel em que sua amiga havia anotado o endereço de James.

Perguntou-se como ela o sabia de cabeça, mas depois de tudo que havia visto, concluiu que preferiria não saber.

Conferiu-se uma última vez, inseguro, e encaminhou-se porta afora, aparatando até o ponto de taxi mais perto que conhecia.

Ele nunca havia ido ao lugar em que Potter morava antes, então aparatar não era uma opção, mas acreditava que o motorista deveria saber como chegar até lá.

Além disso, havia pego algumas notas de dinheiro trouxa que sempre deixava guardado para emergências como aquela.

Depois de alguns longos minutos de espera, com a ansiedade crescendo e lhe forçando a devorar todo o seu pacote de balas de menta extraforte, o táxi chegou, dirigido por um homem de cabelos brancos que parecia ter experiência na área de motorista.

Snape abriu a porta dianteira, entrou e saudou o taxista por mera formalidade.

— Boa noite — disse com a voz seca, fechado como sempre.

— Boa noite — correspondeu-lhe o homem de idade avançada, cortês. — Para onde vamos?

Ele entregou o papel amassado para o motorista.

— Para este lugar — disse, ajeitando a jaqueta de couro que havia colocado para completar o visual e colocando uns fios soltos de cabelo atrás da orelha ao ver o próprio refletido no retrovisor.

Dançando Entre Água e FogoOnde histórias criam vida. Descubra agora