Dançando Entre Água e Fogo

Capítulo VI. O Quarto Vermelho e Preto

Quando todas as roupas de ambos já estavam espalhadas pelo chão da sala, James levantou-se de repente, descolando os próprios lábios dos de Severus, puxou-o pelas canelas para ajeitá-lo de frente para si e depois rolou as mãos pelas coxas pálidas e fartas, erguendo-o no ar com um único puxão, e sustentando seu corpo com os braços fortes.

Tinha as mãos firmes em sua bunda e o olhava nos olhos com um meio-sorriso maldoso brincando em seus lábios, enquanto mordiscava o inferior provocantemente.

Sua boca salivava, e a de Severus também.

Ficaram se olhando, alucinados por um momento, e James novamente tomou a atitude, unindo os lábios com desejo e voracidade nos do Slytherin e apertando sua bunda com mais força, enfiando a língua dentro de sua boca.

Enquanto lhe tirava o ar, Severus agarrou-se um pouco mais forte ao seu corpo, pendendo a estrutura, e enrolou as pernas em volta de sua cintura, suspirante quando separaram-se porque o ar já começava a se escassear.

James, ofegante, não perdeu tempo, e ajudou Snape a se segurar em suas costas, arrastando-o para o corredor ao lado da sala sem muita dificuldade e parando ante a uma das quatro portas que havia em seu apartamento.

— De zero a dez, o quão mau você quer que eu seja? — sussurrou ao pé do ouvido de Severus com sua boca quente antes de mordiscar-lhe novamente o lóbulo da orelha, fazendo com que todos os pelos da sua nuca pálida se eriçassem. — Se escolher zero, serei bastante carinhoso e paciente, quase chato. — Severus abriu a boca para responder, mas James impôs pressão em seu pescoço, deixando-o marcado com um chupão de tirar o fôlego que o impediu de responder – apenas gemeu em resposta. — Mas se escolher dez, serei um completo canalha... E me arrisco a dizer que é isso que você quer.

Ele ajeitou Snape sustentado pelas coxas em seus braços fortes e um sorriso malicioso brincou em seus lábios – o mesmo sorriso malicioso que tantas vezes expusera quando era jovem.

Severus sentiu-se revirar em memórias, o cérebro trabalhando a mil naquele turbilhão de emoções...

Mas o Sonserino ainda era em parte razão.

— Eu não sei — respondeu com sinceridade, ofegante, e, com os olhos fechados, não pôde ver as expressões de James, mas supôs que seu sorriso condescendente particularmente sexy tivesse vacilado.

Mas para sua surpresa, James parecia saber lidar bem com aquela situação – ele era um improvisador nato, como Gryffindor, e sabia tomar as rédeas mesmo quando as coisas lhe fugiam do planejamento.

— Bem, então... — Ele contraiu o maxilar e solveu o ar pela fresta entre os lábios, encenando um barulho salivante enquanto olhava ferozmente nos olhos negros de seu submisso. Apertou as polpas de sua bunda com força bruta, o fazendo precisar conter um gemido um pouco mais alto de excitação que tentara lhe escapar. — Vamos descobrir.

E ditas essas palavras, ele arreganhou a porta em um só movimento sem deixar que o submisso caísse, e uma vez lá dentro, com Snape de costas, ele ajudou-o a equilibrar-se no chão de joelhos em uma fração de segundo com seu pau duro já roçando nos lábios finos e pálidos do sonserino.

Sorriu maliciosamente, olhando-o nos olhos negros, menos tímidos sob os efeitos da embriaguez do álcool – alguns goles foram suficientes – e dos toques irresistíveis de um Gryffindor sedento por possuí-lo.

— Está pronto, Severus? — disse, brincando com a glande em sua boca, e Snape assentiu, abaixando a cabeça e preparando-se para abocanhar a extensão...

Como desejava, como ansiava... Como queria ter aquele cacete grande e gostoso entre seus lábios. Mal conseguia olhar para James, mas a tentação era irresistível. Fixara as órbitas negras diretamente em seus olhos amendoados, desejoso, enquanto começava a chupar.