Dei um sumida né, mas estou de volta...
Pensando seriamente em postar mais um capítulo, mas não sei, quem sabe eu não apareça por aqui de surpresa...Beijos!🥰😘Qualquer distância entre nós, vira um abismo sem fim...
Steve P.O.V
Semana passada tive que fazer uma viagem de negócios, e ainda que de início fosse apenas quatro dias, continuo aqui até o dia de hoje. Odeio ter que deixar minha esposa e minha filha para vim nessas viagens, mas se tudo der certo amanhã eu volto para as minhas meninas. Ouço meu telefone tocar acima do criado-mudo e logo vejo que é minha bonequinha, atendendo-a sem demora.
ꟷ Oi papai. — Sorrio ao ouvir sua doce voz, ressoando de maneira alegre na ligação.
ꟷ Oi minha bonequinha. Tudo bem? — A pergunto com prontidão e rapidamente sua resposta chega aos meus ouvidos.
ꟷ Tudo bem sim papai, e o senhor?
ꟷ Estou bem também. Morrendo de saudades de você e da sua mãe.
ꟷ Papai tenho algo pra te contar. — Seu tom de voz de repente tornou-se sério, e ainda que eu não estivesse a vendo soube que Anna havia fechado a expressão, perdendo o incomparável sorriso. Fiquei receoso ao cogitar dezenas de revelações que ela poderia me dar.
ꟷ Quem é o infeliz que eu vou ter que colocar pra correr? — Logo a indago com seriedade.
No entanto e quebrando aquele clima sério, ouço sua risada do outro lado de maneira singela, fazendo-me sorrir também. Minha filha é tudo para mim. Sempre foi o meu sonho e o de Cristine ter um menino, mas quando eu vi minha menina pela primeira vez, acolhendo entre meus braços o pequenino e angelical serzinho, vi que ela era e sempre será tudo que um dia sonhei.
ꟷ Ninguém papai, eu te liguei para te dá uma notícia...— Diz Anna, o timbre de sua voz amenizado.
ꟷ Que notícia princesa? – A pergunto com curiosidade.
ꟷ Eu me candidatei para o grêmio estudantil – Anna deu uma pausa, mas logo retornou a falar. ꟷ E ganhei! Não contei antes por que eu queria fazer uma surpresa.
ꟷ Eu já sabia! — Exclamo com um enorme sorriso no rosto, imaginando a carinha de surpresa que minha garota deve estar fazendo.
ꟷ Como...
ꟷ George comentou comigo, você esqueceu que somos amigos? E eu imaginei que se não tinha me contato antes, era justamente para me fazer uma surpresa. Fico muito feliz que você e Angel tenham ganhado as eleições para o grêmio, sempre soube que tinha total capacidade ursinha.
ꟷ Obrigada pai! — Responde Anna, agora mais alegre.
ꟷ Você é o meu orgulho filha, e quando eu chegar nós vamos comemorar, afinal minha filha e afilhada terem ganhado as eleições do grêmio merece uma comemoração à altura.
ꟷ Obrigada papai. Te amo!
ꟷ Te amo ursinha. Tem mais alguma coisa para me contar? – A pergunto antes que a ligação seja encerrada.
ꟷ Não pai, era só isso mesmo. Eu vou desligar e deixar o senhor trabalhar.
ꟷ Ok filha, te amo! — Concordo com leveza em meu tom de voz e Anna logo responde.
ꟷ Te amo!
Assim que eu encerro a ligação com Anna, meu celular volta a tocar e vejo que agora é meu melhor amigo, o que me foi bem estranho, pois ele não é de me ligar, muito menos quando eu viajo. O atendo levando pela segunda vez o aparelho até meu ouvido.
ꟷ Alô! Isso tudo é saudade de mim Michael? — Ironizo assim que a ligação foi atendida e em fração de segundos ouço a risada abafada de meu amigo.
ꟷ Oi, como você tá engraçado. Liguei porque preciso falar contigo. — O tom de voz deixou-me ainda mais intrigado. Tinha alguma coisa errada.
ꟷ Pode falar!
ꟷ A Anna te ligou hoje? — Michael indagou sem demora.
ꟷ Sim, e me contou tudo. – O respondo com um leve sorriso esboçado no rosto, mas com a próximo fala de meu amigo senti este sendo esvaído aos poucos.
ꟷ Que bom que ela já te contou tudo, o que a Cristine fez foi um absurdo.
ꟷ Perai, o que foi que a Cristine fez? – O receio cresceu por minha voz apenas por pensar o que Cristine possa ter feito, e o tom de Michael não estava ajudando em diminuir minha recém paranoia.
ꟷ O que foi que a Anna disse? — Michael suspirou ao perguntar.
ꟷ Sobre o grêmio, que ela e Angel ganharam as eleições. Agora o que foi que a Cristine fez? – Indago já impaciente, tendo mais um suspiro como resposta de Michael.
Ele me contou tudo, cada acontecimento e detalhe da atrocidade que ocorreu em minha ausência. E pela primeira vez todo o amor que sinto por minha esposa se esvaiu por entre meus confusos pensamentos, dando lugar ao ódio, por pior que isso pudesse ser. Não acredito que ela fez algo tão absurdo com minha filha por conta das próprias vontades, dos próprios caprichos odiosos e desprezíveis.
ꟷ Michael, o meu voo de volta está marcado para depois do almoço. Você pode me buscar no aeroporto? — Foram as únicas palavras que consegui dizer ao ouvir todo aquele absurdo.
ꟷ Claro que sim meu amigo, estarei lá.
...
Depois de duas horas e meia de viagem, finalmente pousamos em Geórgia. Desembarco e em frente ao respectivo portão vejo meu amigo me esperando.
ꟷ Como foi a viagem de volta meu amigo? — Meu velho amigo pergunta abraçando-me rapidamente, sendo correspondido por mim.
ꟷ Teria sido mais tranquila se caso eu não estivesse tão puto da vida com Cristine, ela passou de todos os limites. — O respondo com sinceridade, olhando atentamente para a expressão frustrada de meu amigo.
ꟷ E o que você pensa em fazer a respeito disso?
ꟷ Não sei ainda, mas não vou deixar isso passar em branco. Como minha filha está? — Tomo a frente andando pelo aeroporto com Michael em meu encalço, e dessa forma rumamos até o enorme estacionamento.
ꟷ Está bem na medida do possível. Ela não iria te contar, ficou mais desesperada do que já estava quando eu disse que ela teria que contar. Na cabeça da Anna se ela te contar, vai causar problemas entre você e Cristine. — Bufei movendo a cabeça negativamente, não acreditando que minha filha estava com esse tipo de receio, mas me atentei ao resto que Michael tinha para falar. — Foi terrível chegar e ver a Anna caída no chão perto da escada. Nós só fomos porque a Megan estava conversando com Anna por telefone e ouviu quando Cristine entrou no quarto e começou a gritar. Então Megan ficou preocupada, já que você não estava em casa pra apaziguar caso uma briga fosse iniciada. O resto já é de se imaginar.
ꟷ A que ponto cheguei? Anna ter medo da própria mãe. – A frustração mesclada ao mais puro horror dominava-me grandemente, tomando boa parte de todos os meus pensamentos. E meu estado não passou despercebido por meu amigo, que pousou a destra em meu ombro enquanto caminhávamos pelo estacionamento.
ꟷ Não se culpe meu amigo, sabemos que a Cristine não é assim no fundo, ela só está muito amargurada.
ꟷ Isso não justifica ela ter agredido a Anna! – Exclamo mais alto do que realmente queria, atraindo a atenção de Michael. ꟷ Não pense que estou passando a mão na cabeça da minha filha, porque não estou, mas Anna é uma ótima filha, quase nunca me dá motivos para brigar com ela, e sempre fez de tudo para agradar a mãe.
ꟷ Eu sei meu amigo. Eu e Robin melhor que ninguém acompanhamos a criação da Anna e sabemos como ela está se tornando uma grande pessoa, mas também sabemos como a Cristine é como mãe. Mas vamos, como combinado você vai buscar a Anna e as meninas na escola e já está quase na hora. — Diz Michael, destravando as portas de seu carro preto e logo passo para o lado do passageiro.
ꟷ Vamos!
...
Falta exatos cinco minutos para Anna e as meninas serem liberadas. Depois que saímos do aeroporto, Michael e eu seguimos para minha casa, já que eu sabia que Cristine não estaria. Meu amigo foi para casa depois de me fazer prometer que manteria a calma na hora de conversar com Cristine, o que ainda estava em processo de decisão dentro da minha cabeça. Agora me encontro em frente à escola das meninas, esperando elas saírem. E posterior a algum tempo esperando por elas, o portão principal é aberto e seguidamente de alguns alunos saírem, vejo Anna, Megan e Angel, de cara já visualizando minha bonequinha com o pé machucado e mancando. Senti um ódio tão grande dentro de mim apenas por ver o estado de minha filha.
Estreitando meu olhar com maior destreza vejo as três andando pela enorme entrada da NAHS, com um grupinho de jogadores de basquete as olhando de longe, no entanto tal coisa não me teve importância, já que após Angel me ver, sendo a primeira das três, conta para as meninas e as outras duas olham para onde a amiga estava apontando, ambas sorrindo ao me ver. Tenho certeza de que minha filha teria corrido para os meus braços, se não fosse pelo pé machucado. Então, saio do carro e sigo até elas, não contando os segundos para abraçar minha filha, sentindo quando minha princesinha começa a chorar ao enlaçar meus ombros com carinho.
ꟷ Estava com tanta saudade papai. — Diz minha pequena, mirando os olhos acastanhados nos meus.
ꟷ Eu também bonequinha. – Deposito um beijo em sua testa, ganhando um sorriso como resposta. ꟷ O que aconteceu com o seu pé?
ꟷ Eu escorreguei no banheiro ontem. — Ela responde, e de soslaio pude ver Angel e Megan se entreolhando, provavelmente por ambas saberem que minha filha estava mentindo para mim.
No fundo eu já sabia que ela não iria dizer a verdade, pois apesar de tudo, Anna preza pela nossa família e mantém esse receio de causar problemas entre mim e sua mãe.
ꟷ Oi minha lindinha, oi ursinha! — Cumprimento as duas garotas, abraçando-as rapidamente.
ꟷ Oi padrinho! — Respondem Angel e Megan em uníssono.
ꟷ Aliás, parabéns para as mais novas presidente e vice do grêmio estudantil. Estou muito orgulhoso de vocês. Agora vamos, que o Michael está em casa nos esperando para comemorar. – Tomo a frente indo até o carro, com as três em meu encalço conversando sobre coisas aleatórias.
...
(Coloquem a música a partir de agora.)
Robin, Marin, Michael, as meninas e eu comemoramos bastante a eleição ganha do grêmio estudantil. Depois tive uma conversa séria com Anna sobre a verdade por de trás do pé machucado, ela chorou e contou o que verdadeiramente aconteceu, mostrando que de fato não teve alternativa a não ser esconder. Agora estou indo para minha casa, já que a essa hora tenho certeza de que Cristine está em casa. Anna e Michael quiseram vir comigo, mas aceitei apenas que Michael me acompanhasse, pois não estava em minhas vontades expor minha filha a uma briga entre mim e a mãe dela.
Assim que eu abro a porta vejo Cristine sentada no sofá assistindo televisão. Nunca pensei que ao olhar para minha mulher eu sentiria tanta raiva como agora, eu a amo muito, assim como também amo minha filha, e nunca vou admitir que ninguém a machuque, nem mesmo Cristine. Assim que eu fecho a porta, ela volta sua atenção para mim e Michael, se levanta e vem até mim, abraçando-me calorosamente, mas eu não consigo retribuir, sinto-me incapaz para tal. Minha esposa tenta me beijar, mas me esquivo e me solto dela, fazendo-a olhar para mim sem entender nada.
ꟷ Oi querido, quando você chegou? Porque não me avisou, eu teria ido te buscar no aeroporto. — Seu tom de voz não possuía mágoa ou rancor algum, como se absolutamente tudo estivesse normal. O aparente cinismo de Cristine me fez a olhar com enorme descrença.
ꟷ Como você consegue agir como se nada tivesse acontecido? — Indago estridentes, olhando fixamente para os olhos levemente arregalados de minha esposa. Algo dentro de mim persistia em procurar um único resquício de dor ou arrependimento em Cristine, mas não havia nada além de choque e surpresa.
ꟷ Como...
ꟷ Eu já sei de tudo que você fez com a minha filha. – A interrompo firme em meu tom sério, controlando-me ao máximo para não explodir. Michael permanecia próximo a porta, apenas olhando.
ꟷ Nossa filha, e eu não sei o que ela te disse, mas não ache que eu sou a bruxa má da história. Anna não me respeita e agora sem pensar duas vezes, foi se fazer de vítima pro papai. A verdade é que você passa muito a mão na cabeça dela, e deu em tudo isso. — Cristine disse, o tom de voz despertando cada entranha da minha raiva, fervendo-as como brasa em uma fogueira. Não havia e nem haveria arrependimento ou dor pelo que aconteceu com minha filha, e isso foi o bastante para minha voz ser expelida em um grito alto.
ꟷ CHEGA!
Segurei a mulher a minha frente pelos ombros, queimando com o olhar a expressão de susto que dominava sua face, e odiando com todas as minhas forças sua total falta de compaixão para com a própria filha.
ꟷ Se acalma Steve, não vale a pena, se lembre o que você prometeu para Anna. — Michael intrometeu-se com calma, o que me fez soltar sem delicadeza alguma Cristine. Respirei profundamente buscando por tranquilidade e razão.
ꟷ Sempre a Anna, eu sou a sua esposa, é sua obrigação estar ao meu lado. Aquela menina não me respeitou, então não me trate como a vilã. — Gritou Cristine, uma expressão de raiva destrinchada no rosto perfeitamente maquiado.
ꟷ Aquela menina é a nossa filha, não se refira a ela como qualquer uma. — Falei em plenos pulmões, apontando para o rosto de Cristine, que revirou os olhos como resposta. — A minha obrigação é zelar pela minha família, é cuidar da Anna, e o que aconteceu, foi que mais uma vez você quis impor suas vontades, sem se importar com o que a Anna ia sentir, ou vai dizer que não é verdade?
Senti um turbilhão de sentimentos esmagar-me rudemente, tomando conta das minhas falas e dos meus atos. A indignação em junção com a tristeza me dominaram de uma forma que nem mesmo explicar sou capaz. Cristine havia ferido internamente e externamente sua própria filha, e nem remorso aparentava sentir. Aproximei dois passos da mulher, meu olhar fixado ao seu.
ꟷ Vai dizer que não é verdade que você quis obrigar ela a desistir do grêmio? E caso você não saiba, ela e a Angel ganharam. – Interrompi minha fala, vendo Cristine engolir a seco. Então continuei. ꟷ Vai dizer que não é verdade que você bateu nela só por que ela rebateu aos seus comentários contra mim como pai? Vai dizer que não é verdade que quando ela quis sair da briga e ir para a casa do Michael, na escada você provocou a queda dela? Em Cristine vai me dizer que não foi isso que aconteceu?
ꟷ Steve...
ꟷ Vai dizer que não foi isso que aconteceu? Chega Cristine, você passou de todos os limites, você tem que parar de culpar a Anna pelo que houve, ela não tem culpa de ter nascido uma linda menininha e não um menino, e ela não tem culpa se você não pode mais ter filhos. — Digo mantendo o tom de voz baixo, no entanto tal esforço parecia não surtir efeito em Cristine.
ꟷ ELA É A CULPADA SIM, FOI POR CAUSA DELA QUE EU NÃO POSSO MAIS TER FILHOS, É TUDO CULPA DELA, SÓ DELA! – Sua voz reverbera em forma de altos gritos, os olhos se preenchendo com lágrimas.
De repente, minha esposa começa a se descontrolar, gritando e derrubando as lágrimas que dominavam seus olhos castanhos, e eu chego à conclusão de que anos atrás deveria ter buscado ajuda psicológica para Cristine.
ꟷ Chega Cristine, você está completamente descontrolada, sem qualquer chance de eu expor minha filha a isso. — Suspiro, encolhendo meus ombros sentindo-me derrotado. Não havia muito o que fazer e os limites já se encontravam totalmente destruídos.
ꟷ O que você quer dizer com isso meu amor? — Indaga minha esposa, secando as próprias lágrimas com suas mãos.
ꟷ Que enquanto você não se curar dessa obsessão de culpar a Anna por não ser o seu tão sonhado filho homem e parar de culpá-la por sua esterilidade, minha filha e eu não moraremos mais nessa casa. Minha obrigação como pai é amar e cuidar da minha filha, então a partir de hoje a Anna e eu iremos morar no meu apartamento perto da empresa. Eu te amo, mas também amo minha filha, então quando você estiver apta a ter a Anna por perto de novo, nós iremos voltar. Amanhã irei vir para buscar minhas coisas e as dela.
A decisão estava tomada, e mesmo sabendo o peso desta sobre minha esposa, não existia outro caminho cabível para esse caos, e com isso saio da minha casa, com Michael ao meu encalço e seguimos para a casa do meu amigo. Cristine ficando para trás sem ao menos demonstrar persistência.
ꟷ Você tem certeza disso meu amigo? — Michael pergunta enquanto andávamos até sua casa.
ꟷ Sim, eu tenho que zelar pelo bem das duas. – Olhei para o meu amigo, vendo-o sorrir tenuamente. ꟷ E nesse momento o melhor para as duas é ficar uma longe da outra.
...
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Dear Teachers
FanfictionAmores que aparentemente são completamente proibidos...Mas é amor! Medos... Rejeições... Tentativas... Dores... Conflitos... E amor...Muito amor! Anna, Angel e Megan, melhores amigas inseparáveis desde a infância,que no último ano do ensino médio vi...