Aprisionada por um Vampiro - I

🥀Capítulo 03🥀

Percebo através dos seus amassos que o seu corpo pede o meu. Já me encontro completamente perdida pelo o calor que exala de mim. Ethan continua estável e isso me intriga. A temperatura dele é a mesma: fria.

O rapaz me acocha mais contra a parede, descendo os dedos lentamente nas minhas costas. Os seus lábios dançam valsa no meu pescoço, me causando arrepios. Sinto a boca de Ethan sendo aberta e os dentes do mesmo querendo rasgar a pele do local.

Ciente que ele ja está seduzido, ponho as mãos nos ombros dele e o afasto calmamente, limpando o borrado do batom com um dedo.

O âmbar de seus olhos sintila no ambiente meio escuro. Raiva esta na sua expressão, e desejo também. Percebo o agitar nos musculos que são definidos através do punhos fechados. Ele não aparenta felicidade, nenhum pouco, o que me assusta.

Seus ossos da cabeça estão todos rígidos, Ethan continua na mesma posição me olhando de baixo para cima e depois joga uma face de quem se arrependeu.

Caminha até a saida, bate o seu punho com força na porta e a abre.

Esse garoto é um completo mistério.

Pego o copo no balcão e dou um gole, pensativa.

Será que ele não gostou?

--- É claro que gostou! --- sussurro para mim mesma, jogando um sorriso de satisfação e limpando os dentes com a língua. --- Ele saiu bravo por que eu não quis mais --- dou de ombros. --- Homens, homens, homens... nunca querem ficar por baixo.

Acabo com a bebida de uma só vez e jogo o recipiente de plástico no lixeiro.

Você vai ser meu Ethan, e sua conta bancária também.

🥀

Não sei se é bom ou ruim chegar ao final das aulas, pois depois tenho que ir trabalhar, o que é uma droga! Jogo os meus livros na mochila enquanto varias pessoas já haviam saido da sala.

Lena segue de encontro comigo e me olha como se tivesse me analisando.

--- Por onde você andava hoje? Você estava com o... --- ela acena de maneira delicada para o Ethan, e eu encaro a expressão incógnita estampada no rosto dele, mas desvio a minha visão rapidamente para Lena.

--- Depois eu lhe conto, agora eu realmente tenho que chegar em casa as pressas. --- pego na bolsa e a coloco nas costas.

--- Deixa que eu te levo --- mostra a chave do carro.

🥀

Caminho depressa na avenida, estou uns quinze minutos atrasada, o que me faz ficar bastante aflita, pois não era a primeira vez que nao chegaria no horário, na última, o gerente deixou bem claro que caso isso acontecesse de novo, ele cortaria o meu cargo.

Chego na porta do estabelecimento um pouco cansada, não perco tempo em reparar a movimentação e vou diretamente a minha posição, passo por Martina reparando no seu dedo indicador passando na garganda dela, simbolizando que eu estou totalmente ferrada.

Perante a porta da cozinha, através de um vidro, vejo o gerente dar um uniforme a uma garota. Ela não trabalha aqui, ou vai me subestituir. Analiso todos batendo palmas e concluo que ela realmente entrou no serviço, mas não havia vaga sobrando, a não ser a minha...

Engulo o seco e abro a porta, todos me encaram e depois voltam a realizar seus afazeres. Meu chefe me olha furioso negando com a cabeça, enquanto apontava o vestuário para nova garsonete.

--- O tran... --- tento falar, porém o homem me corta na hora.

--- O transito estava estável, o engarrafamento não vai poder ser a sua desculpa de hoje. Agora, se não se importa, saia daqui por que tem pessoas que realmente querem trabalhar.