Aprisionada por um Vampiro - I

🥀Capítulo 04🥀

Abro os olhos lentamente tentando me acostumar com a iluminação causada pelo sol na janela.

Me levanto meio sonolenta, seguindo na direção do banheiro. Molho o rosto e respiro fundo, como vou falar para minha mãe que fui demitida? Ela vai querer que eu volte rapidamente para casa, a não ser que eu arrume outro trabalho.

Faço a minha higiene e tomo um banho quente para tirar todo o estresse da minha cabeça. Envolvo uma toalha no meu corpo e outra nos cabelos.

Adentro o quarto e sigo na direção do guarda roupa, até reparar no brilho do celular sobre a mesa de cabeceira, era um número desconhecido me ligando, mesmo não sabendo quem é, eu atendo. 

--- Olá, você é a senhorita que veio pedir emprego ontem?--- é a voz do homem que ia me entrevistar antes do idiota do Ethan chegar.

Como ele conseguiu o meu número? Franzo a testa meio chocada, sentando na cama. Não hesito em falar e digo depressa:

--- Sim, é ela mesmo! --- meu timbre foi de desespero.

--- Bem, o senhor Ethan ontem veio reclamar que algumas empregadas não estavam dando conta de tudo, então, eu propus em escalar você para limpar a cobertura dele, o que a senhorita acha?

Fico desacreditada, por que Ethan é tão estranho? Suas atividades...

"Sabe quando nós dois vamos ter algo serio? Nunca!" Sua imagem veio a minha mente como flash. É isso que ele quer de mim? Só me usar? Vamos ver quem vai ser usado primeiro.

--- Senhorita? --- o gerente chama mais uma vez.

--- Sim, eu aceito! --- digo, contorcendo o rosto em um sorriso.

🥀

Respiro profundamente ao pegar no carrinho de limpeza. Tento não pensar muito no traje ridículo que estou usando, mas parece ser impossível.

Estou sendo guiada por mais duas empregadas, elas aparentam ser mais velhas e com certeza experientes. Entramos no elevador de empregados e ele nos leva até último andar. Saimos e encontramos uma porta madeirada.

Hoje na escola foi um inferno. Ethan ainda ficava me fitando, eu realmente não sei o que esse garoto quer, mas não o olhei e não o dei ênfase ao menos uma vez, ele não merece nada que vem de mim.

E que ideia é essa de me ter como faxineira, ele realmente quer me humilhar, mas eu tenho a minha cabeça erguida e possuo um enorme objetivo na vida, e quando eu consegui-lo ninguém vai passar por cima de mim, tudo vai se contrariar.

Finalmente a mulher destranca a porta e uma bela paisagem se abre para os meus olhos, minhas pupilas dilatam em ver tanta riqueza. O lustre exibido no centro da sala torna a arquitetura do local mais elegante.

--- Vamos logo, temos muito trabalho, o gerente disse que ele saiu para resolver algumas coisas, e que nós teriamos que aproveitar esse momento para quando o dono da casa chegar está tudo limpo --- ela diz para mim, pois por uns instantes estava paralisada examinando cada detalhe daquele ambiente maravilhoso.

--- Primeira coisa que aprendemos nesses dias trabalhando para o senhor Ethan é que ele não gosta de nos ver por aqui, então, trabalhe longe dele. --- a outra mulher me alerta. --- Se tiver perto faça as coisas calada a não ser que ele pergunte algo.

--- Acrescentando o que Jillie falou, o que aprendemos no treinamento de faxineira, uma coisa que você nunca teve, eu tenho certeza --- fala olhando o decote que deixei no uniforme, ele estava prendendo o meu pescoço, então resolvi desprender dois botões. --- Sempre apresente bons modos, sempre o chame por senhor. Você é quase um robô aqui.

As falas das mulheres me assustam bastante, poderia sair correndo, porem, necessito desse emprego e se for passar por isso, eu tenho que derrubar esse obstáculo.

Embora a minha vida esteja uma droga, me mantenho firme. Tudo que me resta é alguma fortuna da tia Ava, mas se ela realmente estiver grávida, tudo se vai por água abaixo.

--- Você vai limpar o quarto --- aponta para mim, e eu assento sem levantar algo contra.

Saio do controle do carrinho de limpeza, o deixando pra a outra empregada, pego num balde que esta com um kit de limpeza e ponho luvas nas mãos.

--- Lá em cima você tem uma porta amarelada, é uma pequena despensa, tem um aspirador lá, mas caso você não saiba... limpe os objetos primeiro e arrume as coisas antes de limpar o chão.

Afirmo com a cabeça e subo na escada espiral. De primeira, o corredor me mostra uma porta dubla branca.

Entro e está tudo uma bagunça, principalmente a enorme cama ao meio de duas janelas pretas que ocupam a parede do teto ao chão, prossigo na direção dela e tiro uma calcinha azul escura de cima da sua coberta roxa. Faço uma expressão de nojo e coloco a vestimenta na sacola de lixo que segurava.

Agora sei por que ele me disse aquilo ontem, tem todas que deseja e uma mera garota pobre como eu não faria diferença na sua vida, mas ainda comerá na minha mão, eu não sou igual, eu sou mais que qualquer uma.

Arrumo o quarto todo e já não sinto mais as minhas costas.

--- Isso é uma droga --- resmungo, passando a minha mão lentamente no ombro.

Termino com o quarto realizando um ultimo toque no lençol. Agarro o balde e vou ate uma porta localizada no canto do quarto.

É um closet muito grande, ali havia varias peças e pelos os meus incriveis conhecimentos por roupas, sabia que cada uma delas é de luxo. Ao meu lado se encontra uma cômoda e sobre ela tem a variedade de relógios que Ethan tanto usa.

Busco por algumas camisas no chão e quando coloco uma delas no seu devido lugar, ouço um barulho de porta sendo destrancada, olho diretamente para o rumo que veio o som e encontro o Ethan saindo do banheiro com os cabelos molhados e bagunçados, uma toalha branca orbitando a sua cintura, e não deixo de reparar no abdômen bem definido.

Recordo bravamente das falas das mulheres momentos antes e me viro rapidamente dando continuidade no trabalho.

--- Então veio a procura de serviço? --- ele questina e o olhando novamente, o vejo sem a toalha. Ethan esta mesmo decidido a me infernizar, mas não dou bola --- Se oferecia demais para os clientes? --- prossegue na minha direção.

Engulo o seco e tento não dizer nada.

Quase um robô! Minha mente avisa.

Ele fica ao meu lado e retira um traje do armário.

--- Que foi Madison? Nunca viu essa parte de um homem? --- ele zomba, vestindo uma cueca e em seguida uma calça.

--- O seu não é o primeiro, e nem será o último --- respondo depois de uns longos minutos, enquanto termino de guardar as camisas.

O rapaz não perde tempo, posiciona a sua mão na minha cintura e me joga contra o guarda roupa. Seu corpo esta exitado igualmente a primeira vez que nos beijamos, e seus olhos não saem do meu decote.

--- Tem certeza Madison? --- me olha profundamente.

Sinto o seu hálito de menta bater na minha boca e puxo um sorriso de mostrar os dentes.

--- Nunca vou ter algum relacionamento com você, lembra? --- questiono, arqueando as sombrancelhas, pondo as mãos nos seus ombros, sentindo os musculos do local.

--- Eu sou um homem de casos.

--- Uma pena eu não querer ser um deles --- mordo o seu lábio inferior, o empurrando levemente para trás.

Pego no balde e saio do cômodo. O deixo me desejando. Bato a porta e ligeiramente me encosto na mesma, soltando vários sorrisos.

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