🥀Capítulo 09🥀

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Passo os dedos trêmulos sobre as bochechas vermelhas, aproximando os joelhos do queixo a medida que me escoro mais a parede gélida. Faz horas que não ponho algo na boca, nem mesmo água, e ouvir ela clamar por comida me angustia bastante, nunca passei por um sofrimento desses. Posso sentir as gotas de suor descerem vagarosamente na testa, mesmo o ambiente estando frio. Quebrei quase todos os objetos que encontrei, os jogando na porta fortemente enquanto soltava gritos de raiva. Porém, as energias que me restavam, acabaram! E o meu corpo se entregou a um estado decadente.

Não duvido que o idiota do Ethan me envenenou!

Jogo as mechas dos cabelos para trás quando a porta se abre. Reuno as poucas forças que possuo e tento me equilibrar nas fracas pernas. Realizo alguns passos e vejo duas mulheres carregando um carrinho que esta coberto por abafadores.

Elas chegam perto de mim sem erguer a cabeça para analisar a minha face. Retiram o objeto que cobria a comida e recuam um passo. Olho para a faca que parecia brilhar aos meus olhos.

Começo a apreciar a comida, e como um pedaço da maçã que as empregadas já haviam cortado. Encaro firme uma delas e a mulher de meia idade parecia não gostar do contato visual, e apenas por perceber isso eu continuei a observando enquanto me deliciava das outras frutas. Até que por um movimento rápido e pela fúria que pulsa em todas as minhas veias, agarro a faca de mesa e chego perto dela, a mesma fica sem reação e a outra me admira profundamente.

--- Onde nós estamos? --- pergunto rapidamente a medida que aproximo a arma branca perto de seu pescoço.

Noto que a outra empregada forma um punho firme, mas a minha refém logo intervém.

--- Não faça nada! Ordens do senhor! --- avisa alto, e a mulher assente bufando.

--- Morre por aquele idiota? --- levo a cabeça ao ombro, pondo por fim a extremidade da faca em sua garganta. Posso me sentir perversa, não sou do tipo que ameacaria alguém. Mas se tem uma coisa que sobra em mim, é amor próprio, a minha vida se encontra em perigo aqui. --- Me responde! Onde estamos? --- arregalo mais os olhos e a refém aparenta esta calma. Sei que é só uma faca de mesa, porém, a arma pode causar grandes danos.

--- Quer mesmo matar alguém com isso? --- ouço a voz do Ethan e me questiono como ele pôde entrar no cômodo tão rápido. O rapaz arqueia as sombrancelhas ao momento que enterra a mão no bolso da calça.

Paraliso e somente observo aquele par de olhos âmbar me encarando firme. Em poucos segundo o mesmo agarra o meu braço e retira a faca do pescoço da empregada que não demonstrou alívio no momento. Nem mesmo medo ela sentiu de mim.

--- Você já esta querendo punição, Madison! Acho que ta na hora de seu inferno começar --- diz baixinho, estreitando os olhos ao instante que dá passos a frente.

--- Começar? --- dou uma pequena gargalhada --- já começou desde que você entrou na minha vida, seu diabo ambulante --- digo firme.

--- Diabo! --- mostra os dentes ao esticar dos labios avermelhados. --- Faz tempo que alguém me chama assim. Obrigada Madison, isso me deixa mais energético --- põe as suas digitais gélidas no meu pescoço e as elevam ao queixo, causando pequenos arrepios de euforia na pele.

--- Você me quer né, Ethan? Por isso me sequestrou. Odeia so de me imaginar com outro. Eu sei, eu sou bonita, eu te enfeiticei. Mas você gosta de complicar tudo. Bem, que tal irmos de volta para São Francisco e lá nos resolvemos? --- deslizo os dedos nos seus cabelos detrás da sua orelha a medida que minha boca chegava mais perto da sua.

--- Não me provoque, você não sabe do quê eu sou capaz! --- torna o queixo rígido e por um minuto podia ver os seus olhos se tornarem vermelhos novamente. Acho que estou ficando maluca.

--- Eu sei bem do que você é capaz. Abusou de mim ontem. Foi prazeroso pra você, não é mesmo? Ainda bem que estava sem consciência.

--- Não blefe --- anuncia frio, tirando a mão do meu queixo. Sinto um alívio assim que seus dedos se afastam das minhas bochechas, eles estavam apertando-as fortemente.

--- Aí, Ethan, vai se ferrar! --- ergo o dedo do meio assim que ele olha por cima do ombro, e as íris amarelas agridem a minha face alegre.

--- Gosta de me tirar do sério! --- arqueia as sombrancelhas enquanto abre um sorriso. Vem ao meu encontro depressa, e isso me causa um pouco de medo. Uno os lábios assim que o mesmo me encara malignamente. Podia ver o verdadeiro demônio que existe através desse rostinho lindo. --- Agora é minha vez de lhe tirar do sério. Vai aprender a me tratar de outro modo! Aliás, isso é só o começo. --- me puxa pelo o cotovelo e me leva junto a ele para fora do quarto numa extrema varocidade. Meus pés descalços dói não so pela a rapidez que nos encontramos, mas também por causa do frio do piso.

Descemos as escadas, e eu não tive nem tempo para reparar no que estava exposto pelos cômodos que andamos.

A cada degrau o meu corpo recusa o frio que é causado pelas janelas abertas, posso sentir as minhas veias se estancando. Porém, não reclamo de dor, não quero dar satisfação a Ethan, mesmo que isso me prejudique bastante.

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Olhaaa quem voltouuuu!!! Sentiram saudades? Desculpa pela demora pessoal.

O q vocês acham que o Ethan vai fazer???

Aprisionada por um Vampiro - IOnde histórias criam vida. Descubra agora