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— Meu Deus, Débora! Você tem certeza que vamos comprar as roupas aqui?

— Você está mesmo perguntando isso para mim, Dianna? — Virei-me para ela com cara interrogativa.

— Cale-se, Dianna. Ela disse que vai pagar, escolha o mais caro. — Escutei Alice dizer do outro lado do manequim, ácida. Dei de ombros, afinal, aquilo era verdade.

Estávamos na Yves Saint Laurent escolhendo os nossos vestidos para o casamento do pai de Jim que seria na noite do próximo dia. Talvez tivesse sido um pouco em cima da hora, já que se houvesse algum ajuste para ser feito provavelmente não seria terminado até o casamento. Mas aquilo não iria acontecer, nós não íamos precisar ajustar nada. Estávamos em uma das melhores lojas de alta costura.

Alice era a que mais estava aproveitando. Simplesmente não olhava para o preço das coisas, apenas pegava o que gostava e ia provar, deixando a moça que estava ajudando-a um pouco eufórica e confusa. Eu apenas achava graça e tentava fazer Dianna agir da mesma forma, já que ao contrário da minha prima, ela estava com medo de gastar o meu dinheiro.

— Por favor, Dianna. Se nem eu estou me preocupando com o preço e sou eu quem vai pagar, você definitivamente não precisa. Apenas olhe algo que seja a sua cara e experimente. — Sorri para a mulher, que apenas suspirou e assentiu fracamente.

Cerca de mais uma hora se passou e eu finalmente me decidi quanto ao modelo do meu vestido.

— O que vocês acharam? — Perguntei para Alice e Dianna. O vestido era longo e rosa claro, em um tecido extremamente leve e confortável, possuía um decote em V e uma fita amarrada na cintura que marcava bem a área.

— Você está maravilhosa! — Dih sorriu, animada. — Ficou deslumbrante no seu corpo, Deb.

— Eu só acho que talvez pareça muito com um vestido de casamentos diurnos. Não sei se é muito para a noite. — Disse, olhando para a atendente da loja que prontamente concordou comigo.

— Sim. Porém, eu tenho um vestido nesse exato modelo um pouco mais extravagante. Vou trazê-lo, com licença. — E saiu, dando espaço para que uma outra funcionária viesse até nós e oferecesse champanhe por cortesia. Nós três aceitamos.

— Uau. Essas são as regalias de sair com a Débora. — Alice comentou, impressionada. Ela já havia escolhido o seu vestido. Era um branco longo com alguns detalhes em tule. Por incrível que pareça era bem bonito.

— Já decidiu o seu, Dih?

— Gostei de um vermelho. Estou esperando você terminar de provar para que veja o meu.

Continuamos conversando sobre assuntos banais até a mulher voltar com um vestido do mesmo modelo do que eu estava, mas esse era preto brilhante com inúmeras aplicações de paetês. Eu escancarei a minha boca.

— Uau! Eu amei!

— Você não acha que talvez seja um pouco demais? — Alice questionou, bebendo o resto do champanhe em um só gole. — Quer dizer, o centro das atenções devia ser a noiva.

— Do que está falando? É um casamento a noite, o vestido é apropriado. Além do mais, que eu saiba é recomendável que as convidadas não vão de vestido branco porque o único devia ser o da noiva. — Alfinetei e minha prima bufou.

— Eu lamento muito pela noiva, mas eu definitivamente não vou trocar o vestido.

— E nem eu. — Experimentei o novo vestido e quase chorei de emoção. Era perfeito. Esperamos apenas para que Dianna nos mostrasse o seu, que era um vermelho longo um pouco mais simples, e fui pagar tudo. Saímos de lá com sacolas grandes e com sorrisos nos rostos.

You Could Be MineOnde histórias criam vida. Descubra agora