Scars - Jikook

Capítulo 4

⚠️ Atenção ⚠️ capitulo contendo cenas proibidas para menores, contém conteúdo impróprio, abuso, agressão e palavras de baixo calão! 

†

Jimin

Terapia de conversão.

Algo que eu nunca tinha ouvido falar até ouvir meus pais brigando.

Novamente.

Meu pai percebeu que seu "amor duro" e exigir que eu seja hetero não estava funcionando.

Eu não dei a ele nenhum motivo para pensar que não, exceto pelo fato de que eu não estava namorando ou sendo pego com garotas correndo para fora do meu quarto a qualquer hora da noite.

Pensei em fazer isso.

Pensei em jogar o jogo dele.

Foda-se isso.

Foda-se ele.

Eu não queria fingir.

Eu nem queria estar "totalmente para fora" e acenando na cara dele que eu preferia homens.

Se qualquer coisa, eu apenas me tornei mais retraído.

Fiquei fora até tarde, evitei-o quando sabia que ele estaria em casa, e quando ele chegava quando não esperávamos, eu me escondia em casa ou enterrava meu nariz no "dever de casa" e fingia que não sabia que ele estava lá.

Eu escapei algumas vezes também.

Voltei para aquele lugar da festa.

Os rostos estavam se tornando mais familiares ali.

As pessoas me cumprimentavam quando eu andava no meio do nevoeiro.

Eu fiquei com o mesmo cara mais algumas vezes.

Nunca trocamos nomes.

Não importa.

Eu fui para os boquetes e beijos.

Tive a sensação de que era o mesmo para ele.

Talvez ele não pudesse ser ele mesmo quando não estava lá também.

Talvez aquelas noites fossem tudo o que ele tinha, assim como eu.

Os papéis de admissão para Syracuse foram preenchidos e prontos para serem enviados.

Eles só precisavam de uma assinatura de meu pai e um cheque para pagar as mensalidades.

Eu estava ansioso para dar o fora, para não me sentir indesejado em minha própria casa.

Ele ainda não os tinha assinado.

Eu não tinha certeza porque ele estava esperando.

Parecia que tudo dependia de algo, algum teste que eu não sabia.

Talvez ele também não soubesse o que era.

Talvez seja por isso que as palavras "terapia de conversão" flutuavam pelo corredor à noite, quando todos deveriam estar na cama.

A hora de dormir agora consistia em irmos para nossos quartos, meus pais brigando e eu sentado no centro do meu quarto, ouvindo.

Era estranho porque mamãe nunca queria deixá-lo com raiva.

Ela tendia a apenas concordar com o que ele queria.

Odiava dizer isso, mas agora que via as coisas com mais clareza e tinha muito tempo para pensar e refletir...