Scars - Jikook

Capítulo 37

Jimin 

Eles mudaram meu cabelo. 

Eu concordei com isso. 

Tudo na minha vida estava mudando, então por que não isso também? 

Além disso, loiro o tempo todo estava ficando meio velho. 

Tive a sensação de que teria coisas muito mais importantes para fazer nos próximos meses. 

E talvez se eu mudasse isso, as pessoas parassem de me chamar de Biebs. 

Eu não queria ser conhecido como uma celebridade ou irmão mais novo de Suga. 

Eu era meu próprio dono e, embora pudesse ter me escondido dele por muito tempo, os tempos estavam mudando. 

Não era mais só eu. 

Lá estava Jungkook. 

Estávamos trabalhando em prol de um nós, e isso me excitou tanto quanto me surpreendeu. 

Na manhã da entrevista com a KoreanSports, acordei em meu novo apartamento com Jungkook enrolado em mim. 

Fiquei lá, sentindo seu peso, a sensação de ser pressionado contra o colchão, e esperei o pânico se instalar. 

Desde que me mudei, não houve nenhuma noite em que Jungkook não tivesse dormido aqui. 

Naquela primeira noite, fomos para nossos lugares separados, mas não durou. 

Nós nos encontramos no corredor, ambos perdidos e procurando pela coisa que sabíamos que nos faria ser encontrados. 

Um ao outro. 

Agora dormimos na minha casa porque ele disse que gostava mais daqui. 

Este apartamento era um pouco mais confortável em comparação com o dele, mas não foi por causa de nada que eu fiz. 

Eu dou todo esse crédito a Jisoo. 

Normalmente, iríamos rastejar para a cama e eu me enrolaria ao lado dele, minha cabeça em seu ombro. 

Gostava da maneira como as pontas dos dedos dele roçaram minhas costas quando me deitava sobre ele. 

Era algo que eu esperava quase desde o minuto em que saímos da cama pela manhã, sabendo que mais tarde naquela noite ele repetiria a ação. 

Não mudamos muito durante o sono. 

Eu adormecia sobre ele e geralmente acordava assim. 

No entanto, desta vez, em algum ponto durante a noite, eu mudei e ele me seguiu. 

Eu era o que estava de costas, e Jungkook estava ao meu lado, sua perna jogada sobre a minha, parcialmente deitado em meu peito, e seu braço em volta da minha cintura. 

O pânico não veio. 

Não me senti preso ou imobilizado. 

Não senti uma necessidade imediata de empurrá-lo para longe e recuperar todo o espaço pessoal que pensei que precisava. 

Acontece que esta manhã eu não precisava de nenhum espaço pessoal, não de Jungkook. 

Eu sorri para mim mesmo e alcancei seu cabelo emaranhado. 

Distraidamente, comecei a acariciá-lo, apreciando a suavidade de cada fio e a sensação de seu peito enquanto subia e descia contra o meu a cada respiração que ele dava. 

Não foi muito mais tarde quando o senti acordar. 

Seu corpo não ficou tão relaxado contra o meu, o que foi uma revelação mortal.