Capítulo 23

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Jimin 

Abra o portão. 

Levei um segundo para ler o texto porque minha visão estava embaçada e meu cérebro ainda estava parcialmente adormecido. 

Que horas eram? 

Muito cedo para sair da cama. 

Inferno, fiquei surpreso por até ouvir meu telefone tocar. 

Ele soou novamente. 

Eu tenho Café. 
E comida

Ooh. 

Bem, isso era atraente. 

Com um gemido, rolei para fora da cama e estremeci quando o concreto frio atingiu meus pés descalços, mas continuei, encontrei o controle remoto e bati para que o portão se abrisse. 

Então eu mergulhei de volta na cama para reivindicar alguns últimos momentos de sono. 

Claro, o sono já se foi. 

Jungkook estava aqui. 

Eu o antecipei entrando pela porta como uma planta antecipou a chuva em um dia nublado. 

Lá fora, ouvi o ronronar de seu motor. 

Eu poderia dizer que ele estacionou ao lado do hangar desta vez, perto da porta lateral, porque a grande garagem não estava aberta. 

Bocejei e esfreguei a mão no rosto, tirando os longos fios de cabelo dos olhos. 

A porta lateral se abriu, o metal ao redor gemeu. 

Passos pesados ​​ecoaram perto do Camaro. 

Então ele contornou o aquecedor. 

Seu olhar gelado foi direto para a cama. 

Ele parecia bem vestido com uma jaqueta verde-exército e boné da mesma cor. 

Desta vez, ele o usou da maneira normal, não ao contrário, de modo que a aba protegeu seus olhos. 

— São dez da manhã —, disse ele, áspero, ainda olhando fixamente. 

Não pude ver a expressão em seus olhos por causa do boné. 

No entanto, claramente ele pensou que eu não deveria estar dormindo. 

Eu me perguntei o que ele diria se eu dissesse que minha exaustão era culpa dele. 

Depois que voltei do Hoseok e Taehyung, deitei na cama e fiquei pensando por horas sobre as coisas que Taehyung disse, sobre Jungkook... e sobre a maneira como reagi quando ele chegou muito perto. 

Eu bocejei. 

Ele riu (um som de que gostei) e avançou para oferecer um saco de papel pardo e uma grande caixa de donuts. 

— Achei que você estava com fome.  

Sentei-me para que os cobertores caíssem em volta da minha cintura e peguei a bolsa da mão dele. 

— Faminto. — Enfiei meu rosto na sacola e inalei o cheiro de presunto, ovo e queijo derretido. — Obrigado.

Minha voz estava abafada porque meu rosto ainda estava na bolsa. 

— A qualquer momento.

Sem esperar, tirei o sanduíche da sacola, desembrulhei-o e dei uma mordida enorme. 

Foi o paraíso. 

Ele estava me observando. 

Eu me senti muito... visível. 

Scars - JikookOnde histórias criam vida. Descubra agora