Scars - Jikook

Capítulo 32

Jungkook 

Uma verdadeira lição de paciência = Jimin me tocando. 

Já fazia um tempo, muito tempo, desde que alguém me tocou assim. 

De várias maneiras, pode ter sido a primeira vez. 

Ele me tocou como se tivesse medo de mim, mas não conseguiu se conter. 

Ele explorou meu corpo como nunca tinha feito com ninguém antes, mas queria fazer uma e outra vez. 

Eun sempre teve confiança; ele nunca teve medo. 

Quando Eun e eu estávamos juntos, era paixão e luxúria. 

Ele sabia onde tocar para obter mais prazer, e nunca hesitou em dar. 

Jimin era diferente, pelo que de repente fiquei muito grato. 

Diferente me fez sentir como se eu não pudesse comparar os dois homens, mesmo quando minha mente tentava ir lá. 

Diferente não me fez sentir como se estivesse tentando substituir Eun, porque isso não poderia ser feito. 

Com Jimin, parecia que nós dois estávamos comprometidos em aprender um ao outro completamente, e embora fosse um pensamento estranho, eu me senti mais nu com ele do que jamais estive com qualquer outra pessoa. 

Ele estava recebendo uma parte de mim que ninguém mais tinha visto. 

Eu queria que ele tivesse. 

Eu queria que sua experiência física fosse com meu corpo. 

E sim, havia paixão entre nós, mas era muito mais emocional. 

Jimin não me tocou para satisfazer um desejo. 

Ou porque ele achava que eu era gostoso. 

Ele fez isso para se conectar. 

Para sentir algo que de outra forma não sentiria. 

Eu não estava acostumado a ser tocado sem tocar de volta, sem permitir que meu próprio fusível se acendesse. 

Eu não poderia, pelo menos não ainda. 

Recuar no quarto foi difícil, mesmo com a culpa que eu sentia por Eun ainda rodando dentro de mim. 

Meu corpo simplesmente assumiu o controle. 

A necessidade de sentir que Jimin anulava tudo - outra coisa que me fazia sentir como um traidor. 

Minhas próprias necessidades vieram em segundo lugar agora, pelo menos no sentido físico. 

Se ele quisesse me tocar, ele o faria. 

Se ele quisesse me beijar, eu o deixaria. 

Eu não iria agir de acordo com nenhum dos meus desejos até que soubesse que ele entendia que nada do que eu fizesse iria prejudicá-lo. 

Eu queria matar os caras que o machucaram. 

Eu gostaria que Suga tivesse. 

Racionalmente, eu sabia que era bom que ele não o fizesse, porque Jimin precisava dele e ele não poderia estar lá se estivesse na prisão. 

Pareceu uma pequena vitória quando o tremor na mão de Jimin parou. 

Eu sabia que isso não significava que tudo entre nós estava magicamente melhor, mas era um sinal de que as coisas iriam ser. 

Mais uma vez, ele comeu como se seu estômago fosse dez vezes maior que o de todo mundo - quase uma pizza inteira sozinho. 

Na verdade eu achei meio cativante.