Capítulo 30

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(Aviso: Peço desculpas pela demora, essa confusão de haters atacando história na plataforma me deixou morta de preocupação.)

Sem Revisão.

O coração batia tão acelerado que a garganta dolorida tremia como nunca tremeu em toda a existência da mulher que estava sentada em cima do vaso sanitário com as mãos tampando seu rosto e os olhos azuis celestes seguraram o choro de desespero, mas não qualquer desespero.

O desespero que inundava a estrangeira não era o desespero relacionado ao medo de ser abandonada mais uma vez ou de não estar pronta para o que desejava acontecer em sua vida, afinal preferia que tal situação acontecesse com si do que com o atual maior amor de sua vida, e sim o desespero que seria inevitável para qualquer pessoa que se encontraria naquela situação em que o medo do novo se era presente.

Para muitos seria fácil dizer que aquela nova fase seria fácil por a psicoterapeuta ter o privilégio de ser comprometida com o homem que não só sonhava com aquela situação como também já tinha deixado claro semanas atrás que estaria do seu lado mesmo se ele não fosse envolvido biologicamente, porém nós só podemos dizer sobre nós mesmos. Cada um conhece a sua própria dor e tenta aprender a lidar com ela e cada um de nós possuímos nossas próprias experiências e criamos nossas próprias questões e com Watanabe Amélie não seria diferente. Na verdade com a psicoterapeuta que também é uma humana a única diferença é que ela tinha aprendido a lidar com suas questões, porém ainda iria ter novas experiências e questões ao longo dos anos, ao longo de sua nova fase.

- Acho que eu vou vomitar. – O ex Chefe Da Vila Oculta Da Felicidade declarou com sua voz embargada de nojo e voltou a tampar o nariz quando o negro retinto retirou a fita colorida de dentro do pequeno pote transparente.

- Está quase lá, esse é o último. – O mais novo informou para o irmão depois de olhar as horas no aparelho celular que estava no canto da pia de mármore enquanto abria a última embalagem cinza de plástico, posicionou a ponta da fita colorida sob o liquido amarelo e voltou a olhar o horário no smarthphone de última geração.

- Não é mais fácil fazer uma consulta rápida com a minha cartomante? Ela responderia isso rapidinho sem precisarmos passar por esse cheiro horrível de xixi. – O moreno discursou com sinceridade tampando o seu nariz com a gola de sua camisa branca com listras vermelhas.

- Qual o seu problema, Akihito? – Sitka perguntou para o irmão mais velho enquanto segurava o palito de papelão que estava com a ponta dentro do pote com o líquido amarelado.

- O meu problema é que eu sigo e honro as tradições do nosso clã ao contrario de vocês dois. – O Watanabe rebateu o irmão mais novo com fúria ainda tampando seu nariz com o tecido de algodão e revirou os olhos com raiva quando a irmã mais velha tirou as mãos do rosto e colocou o indicador direito nos lábios como se o mandasse ficar calado com os olhos arregalados e a cabeça inclinada para o lado direito.

- Pronto. Esse é o último. – Sitka falou depois tirar a ponta da tira de dentro do pote com urina, colocou a tira colorida de branco e azul ao lado das outras inúmeras tiras coloridas de diversos tamanhos e formatos que estavam espalhadas pela pia de mármore, gemeu fazendo sua cara de nojo antes de pegar o pote pequeno e chutou de leve a perna direita feminina com seu pé esquerdo descalço.

- Isso não faz sentido algum. – A psicoterapeuta choramingou tampando novamente seu rosto com as duas mãos, se levantou de cima do vaso sanitário dando passagem para o guitarrista e voltou a tentar tampar seu nariz para diminuir a vontade de vomitar por causa do cheiro forte que invadia todo o seu banheiro. – Eu só parei de usar camisinha quando comecei a usar o anticoncepcional. – Finalizou enquanto assistia o irmão mais novo jogar o liquido amarelo dentro do vaso sanitário, sentou na borda da banheira de porcelana ao lado do moreno de cabelos encaracolados e olhou seu relógio de pulso.

Electricity - "Um novo amor Para Hatake Kakashi"Onde histórias criam vida. Descubra agora