Capítulo 39 - Parte I

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(Avisos nos comentários)

Sem revisão.

A palavra racionalidade possui muitos significados e definições em diversos dicionários ao redor do mundo e todos eles serão atribuídos ao agir com a razão, com aquilo que se é lógico ou prático, com fazer o certo diante de circunstancias extremas ou simples. A racionalidade também é ovacionada e exaltada, é aquela ação em que mais se é aconselhada no dia a dia, é o que quase todos chegam a sonhar durante toda a vida e com razão, usar a racionalidade é algo que deve ser essencial na vida de todos, só que nem sempre ela se está presente e nem sempre temos que usufruir dela.

As mãos habilidosas, que eram calejadas devido a carreira ninja que aquele homem tentava de todas as formas a esquecer, deram o quase cego nas duas tiras azul marinho que estavam ao redor do tronco malhado masculino ao mesmo tempo em que os olhos negros vigiavam com enorme atenção o corpo do pequeno ser humano que batia o chocalho de cabo azul turquesa e bola amarela na grade do berço de cerejeira com o máximo de força que conseguia, as pernas malhadas e doloridas voltaram a andar pelo quarto iluminado em direção ao berço que tinha sido um presente para o bebê, que ainda tentava destruir o brinquedo, exclusivo de seus avós e o sorriso bobo foi dado pelo estrangeiro assim que ele encarou os olhos azuis celestes pequenos.

"Tão lindo." O Uchiha pensou por impulso quando as mãos pequenas pararam de se mexer e a risada animada se fez presente por todo o quarto bem iluminado, apoiou seus braços na grade do berço de forma que ficasse quase de frente para o rosto pequeno que sorria largo mostrando as gengivas que só tinham um dente na parte central inferior, estendeu seu dedo de forma que a mão pequena direita o pegasse e notou seu corpo inteiro se derreter no instante em que ouviu a gargalhada animada do pequeno bebê que começava a apertar seu dedo.

- Nós temos que ir para a creche, Meu Céu E Terra. - O moreno murmurou para o bebê quando ouviu o som dos scarpins se chocarem com o chão de taco do corredor do segundo andar e revirou os olhos com diversão no momento em que o neném soltou o seu dedo, virou seu corpo de forma que ficasse de costas para ele e pegou de novo o chocalho que começava a ficar rachado. - Você precisa ir para a creche brincar e criar novos amigos, Daisuke. - Começou a tagarelar para seu filho enquanto afastava seu rosto e seus braços da grade de madeira. - Você precisa ir para também começar a se desenvolver cognitivamente, Daisuke. - Tentou se explicar para o bebê que parecia entender tudo o que lhe era revelado, mas no fundo só estava interessado na sua voz. Arrumou a camisa verde água com desenho de bananas que o neném usava, pegou o corpo pequeno e agitado com cuidado para não machucá-lo, encaixou o filho no canguru azul marinho que estava amarrado em seu tronco e finalizou com sinceridade. - Por mais que eu ame os dias em que nós três ficamos juntos vendo desenhos à mamãe precisa ir trabalhar enquanto eu cuido de casa. Por isso você precisa se acostumar a ir para creche, Meu Céu e Terra.

O suspiro profundo e triste foi dado pelo estrangeiro no instante em que considerou que o bebê que estava em seu colo mesmo sendo tão novo de alguma forma conseguia entender tudo o que ele sentia, que os dois eram imensamente conectados mesmo com a pouca idade que o mais novo possuía e que o pequeno bebê pouco se importava naquele momento com a ideia de criar novos amigos ou se divertir com os brinquedos da sua nova creche e sim que Daisuke queria estar ali com seus pais, que Daisuke mesmo sem ter qualquer entendimento do que era ser racional concordava com as ações de sua mãe.

O Uchiha terminou de fechar com cuidado a grande mochila de tecido com estampa de quadrados vermelhos, amarelos e azul marinho, colocou em suas costas a mochila que tinha todos os pertences necessários para o bebê ir para a creche que ele tinha entrado nas últimas semanas, arrumou o canguru de forma que as mãos pequenas não pegassem os óculos de grau com armação tartaruga marrom que estavam em seu rosto enquanto andava pelo quarto, abriu a porta azul rindo dos resmungos altos que vinha da cozinha, desceu as escadas com rapidez ignorando o formigamento que começava a crescer em seu braço esquerdo e não segurou a careta extremamente irritada quando avistou a bolsa azul marinho jogada no sofá da sala junto de alguns suéters de cores azul marinho, marrom, preto e vermelho e a televisão ligada no jornal matinal local do Distrito Latino.

Electricity - "Um novo amor Para Hatake Kakashi"Onde histórias criam vida. Descubra agora