𝐶ℎ𝑎𝑝𝑡𝑒𝑟 𝐹𝑖𝑣𝑒

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Alerta de possível gatilho: violência, lesões.

Ao abrir a porta, viu Iwaizumi. O garoto estava em péssimo estado, cheio de hematomas e com o rosto cheio de lágrimas. Ao vê-lo assim, sua reação foi puxar ele para um abraço, colocando o rosto dele delicadamente na curvatura do seu pescoço. Hajime envolveu seus braços na cintura da menor, juntando seus corpos, só se ouvia a respiração de ambos. Iwa já tinha chorado o bastante antes e não queria fazer isso novamente na frente de [Nome]. Na verdade não estava sequer disposto isso.

Ficaram por um tempo assim até se afastar e olhar o garoto, mas dessa vez observando os roxos que estava em seu braço.

- O...o que aconteceu? - disse gaguejando.

Percebeu a quietude de Hajime e já sabia que, provavelmente, era alguma coisa com o pai dele.

- Ah, entendi. Quer entrar?

- Sim - Iwa respondeu em um tom baixo, e [Nome] sem pensar duas vezes o puxou pela mão para dentro - Nem imaginaria que esse pequeno ato a traria problemas no futuro.

Levou o garoto até a sala e sinalizou para que ele não fizesse barulho.

- Sua mãe está em casa?

- Sim, ela está dormindo. Me espera um instante, já volto - disse e foi em direção ao banheiro pegar uma maleta de primeiros socorros para tratar as feridas de Hajime. Voltando para a sala, indicou para que o garoto a seguisse até seu quarto - Senta na cama, vou tratar esses arranhões.

- Não precisa, deixa que eu mesmo faço.

- É o mínimo que eu possa fazer por você.

- Nã-

- Não discuta comigo e senta logo - cortou o garoto que logo se sentou na cama, obedecendo [Nome] e deixando ela tratar seus ferimentos ‐ Vai doer, então tenta relaxar - Tratou dos ferimentos de Iwa, mesmo ele resmungando hora ou outra por causa da dor - Pronto. Acabei.

- Obrigado, [Nome]. Eu... me desculpa por te causar problemas no meio da noite. Não sabia pra quem pedir ajuda, só pensei em você - disse cabisbaixo.

- T-tudo bem. Não tem problema algum em pedir ajuda para mim, já disse que quando precisar você pode vim até mim.

Disse com a voz trêmula depois de ouvir a ultima frase do garoto, que pode ser interpretada de várias formas.

- Eu vou guardar a maleta. Já volto - disse, e Hajime fez sinal de concordância.

Foi ate o banheiro e guardou a maleta no armário. Quando estava prestes a da meia volta para ir ao quarto, reparou que seu cabelo estava um nó de bagunçado. Se repreendeu mentalmente por receber o garoto sem nem ao menos se arrumar um pouco.

E depois daquela frase..."só consegui pensar em você". Era óbvio que ele se referia a alguém para ajudá-lo, mas não era errado ter um pouco de expectativa.... ou era?

Ver o Hajime na porta de sua casa te deixou levemente feliz, mas depois de ver ele todo machucado... aquela felicidade se transformou em preocupação. Ficar naquele estado não é normal, não é uma simples repreensão de um pai. Isso te incomodava, você queria fazer mais, não só limpar suas feridas quando ele lhe pedisse ajuda. Mas naquele momento, era a única coisa que [Nome] poderia fazer, dar um apoio, e mostrar que ele pode confiar em você. E aos poucos, quem sabe, poder realmente ajuda-lo a sair dessa.

Para não gastar mais tempo, ajeitou seu cabelo, lavou o rosto, e voltou para o quarto.

- Você está melhor? - disse entrando no quarto.

𝐼 𝑊𝑎𝑛𝑛𝑎 𝑏𝑒 𝑦𝑜𝑢𝑟𝑠, Iwaizumi HajimeOnde histórias criam vida. Descubra agora