Uma Criança de Outro Mundo

Cap 13- O passado não é esquecido- Parte I

Em um jardim florido brincava uma garotinha, uma menininha de uns 6 anos de idade, cabelo vermelho como sangue e olhos verdes.

"Senhorita Jade! Está na hora do jantar", gritou uma mulher de idade escorada na porta que ia para o jardim.

"Senhora Ágata", disse a garotinha correndo até a mulher, "Papai já chegou?"

A senhora olhou para a garotinha com as mãos sujas de terra e suspirou: "Minha senhorita! Veja só, está toda suja venha!"

Jade riu da senhora que a pegou no colo, colocando os bracinhos gordinhos em volta do pescoço de Ágata.

Após Jade estar limpa, a mulher levou-a para a mesa de jantar, a garotinha se sentou e olhou pra frente, seu semblante ficando desanimado.

"Papai não está aqui"

A mulher afagou os cabelos em consolo: "Seu pai é um comerciante muito ocupado, sabe que atrasara sempre"

A boca de Jade se formou um bico, pegando a colher, remexeu a comida por um bom tempo até escutar passos vindo em direção a cozinha. A cabeça se ergueu rapidamente.

Um homem forte, de cabelos negros e barba por fazer, entrou na cozinha com um sorriso no rosto, ele se agachou abrindo os braços, Jade correu até ele se pendurando no homem.

"Papai chegou!", exclamou o homem alegremente jogando Jade para o alto e a pegando.

Jade ficou imensamente feliz em ver seu pai, os dois eram inseparáveis. Apesar de seu pai ser um comerciante famoso e ocupado, ele sempre arranjara tempo para sua filha, não importa o que.

Seu pai era amável e muito protetor, nunca deixando Jade sair da Mansão. Nenhuma única vez a garota viu o lado exterior fora dos grandes muros de pedras de sua casa, tudo que podia era imaginar.

Apesar do cativeiro necessário, Jade era muito feliz. Sempre podia contar com sua governanta Ágata, que cuida da criança desde sempre. As duas eram melhores amigas, a figura materna mais próxima que Jade pode conhecer.

...

Depois do jantar, pai e filha se dentaram em uma imensa cama para a rotina da noite que Jade adorava.

Era hora da história.

"Papai, papai. Eu quero que o senhor me conte mais sobre a mamãe"

O homem olhou para a menina deitada na cama e sorriu com pesar: "Meu bem, não acho que esteja na hora de saber mais sobre ela, papai já te disse, quando crescer mais..."

"Papai me conta, eu sei, eu sei", Jade acrescentou as tão conhecidas palavras, fazendo beicinho e cruzando os braços.

O homem gargalhou e puxou a filha para um abraço: "Olhe, sua mãe e você são muito parecidas, tanto na aparecia quanto na personalidade hahaha", depois de rir um pouco das memorias doces, o pai de Jade sorriu para a filha, "Eu gostava de chamar sua mãe de Mãe Natureza. Sabe porquê? Ela adorava os animais e plantas, gostava de tudo nas florestas"

"Ooh, então papai dava flores para alegrar a mamãe?"

"Jamais! Sua mãe vivia dizendo "O lugar das flores são vivas em suas casas"...Ela odiava retirar as flores de seus lugares. Você não concorda filha?"

Jade balançou a cabeça freneticamente: "É claro!"

...

O tempo sempre ia passando devagar. As flores cresciam e Jade também.

"Pai! Porque não posso ir lá fora?", a garotinha de 10 anos usava um vestido rosa rodado, cheio de laços.

O homem suspirou: "Filha, papai já te explicou que é para a sua segurança"