°CAP° XI

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🌑

Henrique៛


Eu estava lendo alguns acordos até ser interrompido pela porta que se abriu.

Louis: Com licença Henrique, tenho noticias da garota.

Fechei o livro, prestando a atenção em Louis.

Henrique: Diga.ㅡ incentivei ele a continuar.

Louis: Ela está bem, parece mais alegre do que nos dias anteriores.ㅡ tranquilizou ㅡ Mas, tem uma amizade que não vai dar certo.

Soltei uma risada.

Henrique: Seu serviço é protegê-la, não se meter em seus relacionamentos pessoais.

Louis: Angel, é quem anda com ela.

Henrique: Quem diabos é Angel?

Louis revirou os olhos me olhando com tédio. Ele era o meu braço direito. Coloquei ele para me dar notícias de Lua, já que eu não podia me aproximar... Seria perigoso demais.

Louis: Sobrinha de Karl. Filha do homem que descobriu sobre Mila.

Henrique: E você acha que ela sabe de alguma coisa?ㅡ perguntei e ele deu de ombrosㅡ fique de olho, Louis. Lua não pode saber disso!

Louis: Se souber... O que acontece?ㅡ perguntou se arriscando, e eu lancei um olhar de reprovação para ele ㅡTudo bem, vou vigiar.

Henrique: Só isso?

Louis: Aqui a localização da faculdade.ㅡ me entregou uma papel com o endereço ㅡ Ela está lá agora.

Henrique: Obrigado, Louis. Agora volte para o trabalho.

Ele se levantou indo até a porta e dando de cara com Sophia.

Franzi meu cenho me levantando, e Louis olhou para mim. Fiz um sinal com a cabeça para ele ir, e deixar ela comigo.

Me aproximei de Sophia que estava tensa.

Henrique: Espiar pela porta a conversa dos outros é feio, garota.

Sophia: Eu... Eu só estava procurando Adam.

Henrique: Escutou algo?ㅡ ela fez que não ㅡ Se andar por aqui novamente, será a última vez.

Ela engoliu em seco saindo apressada.

Curiosa.

_____________


A

qui estava eu na porta de sua faculdade, no horário em que ela saia. Vazia uns dias que eu não a via, e Lua tinha uma ar que tranquilizava qualquer um.

De dentro do carro, vi ela sair lendo aldo em suas mãos. Ela vestia uma calça, e uma blusa gola alta preta. Seu cabelo estava solto, e seu rosto levemente cotado.

Analisei mais o porque, e acabei vendo alguns homens de longe a observando. O papel em suas mãos parecia mais um bilhete.

Rapidamente saí do carro, e coloquei meu óculos escuro para que ninguém me reconhecesse.

Me aproximei, e ela fixou seu olhar em mim.

Lua: O que faz aqui?ㅡ guardou o papel em seu bolso.

Olhei novamente o grupo de homens e ele não devolveram o olhar.

Henrique: Vim te ver.ㅡ prestei atenção nela ㅡ Posso te levar em casa?

Lua: Tá louco? Aparece do nada, some do nada, aparece novamente... Eu mal te conheço.

Henrique: Podemos nos conhecer durante o caminho.

Lua suspirou indo até um carro. Ela falou algo e ele foi embora, voltou para onde eu estava e sorriu de lado.

Lua: Vamos?

Peguei suas coisas gentilmente e fomos para o carro. Dei partida, e tentei iniciar uma conversa.

Henrique: Falta quanto tempo para se formar?

Lua: Dois meses.

Parei em um semáforo, e olhei para ela que brincava com uma mexa do seu cabelo. Em seguida olhou para frente, e depois pra mim, alternando seus olhos nos meus e em minha boca.

Não pude deixar passar.

Henrique: Bem discreta.ㅡ comentei e ela corou violentamente virando o rosto para a janela.

Lua: Você também não é nada discreto.

Henrique: Errado... Eu sou totalmente aberto com você, não com outros.

Ela parecia querer falar algo, e isso me intrigou. Então resolvi jogar.

Henrique: Na verdade, eu costumo bater em quem chega muito perto dos meus assuntos pessoais.ㅡ falei voltando a atenção para a pista.

Lua automaticamente me olhou.

Lua: Quais assuntos?

Olhei pra ela que não parecia surpresa ou com medo, e sim curiosa. Acabei soltando uma risada irônica.

Henrique: No jogo do cinismo você ganha.ㅡ ela riu pelo nariz me dando a certeza de que Angel havia dito algo ㅡ Você disse que não me conhecia, e realmente não conhece. Lua, eu mato pessoas.

Falei e ela não respondeu de imediato. Só depois de alguns minutos.

Lua: Faz isso por que gosta?ㅡ neguei.

Henrique: As vezes é necessário. Como eu te disse, elas querem saber demais... Coisas íntimas.

Lua: Então vai me matar se eu perguntar qual é a marca do seu perfume?

Segurei a risada, mas não aguentei quando ela começou a rir. Parei o carro em um lugar diferente e ela parou de rir na hora.

Lua: Onde estamos?!

Saí do carro e abri a porta para ela que me olhou assustada.

Lua: Vai tomar no cu Henrique, é só a marca de um perfume!

Henrique: Idiota, eu não vou te matar.ㅡ puxei ela pela mão.ㅡ e é Notorious Ralph Lauren, o perfume.

Ela me olhou ainda séria. Fomos até minha casa na praia, e ela pareceu gostar. Já estava escurecendo, e estava frio.

Lua: Por que me trouxe aqui?

Henrique: Não teríamos tempo para conversar.

Alguns empregados nos serviram comida, e eu neguei. Lua se sentou na varanda de frente pro mar.

Henrique: Quer um cobertor?ㅡ ela fez que sim. ㅡ vou pedir para trazerem... Vou tomar um banho e já volto.

Ela fez que sim e assim eu fiz.

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O Segredo ( Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora