°CAP° XV

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🌑

Henrique៛

A noite passada não me deixou descansar. Hoje tinha alguns eventos por ser aniversário da cidade, mas me faltava paciência.

O que e mais queria era ficar deitado observando Lua dormir. Caralho, que noite. Eu já havia virado a madrugada transando, mas com mulheres que não agregaram em nada.

Lua era especial. Eu realmente sinto como se tivesse ganhado na loteria. Como o idiota do Adam pôde deixar ela vazar assim? Porra, muleque burro.

Falando nisso, levei Thomas estava de cara fechada comigo, o porquê? Eu havia metido a porrada em Adam. Não falei o motivo, apenas bati.

A única coisa que falei, foi pra ele respeitar a privacidade dos outros. Acho que eu deve ter captado a mensagem.

Saí dos meus pensamentos quando aporta se abriu revelando Mila. Ela estava com os olhos inchados de chorar.

Henrique: Ninguém bate mais nessa porta?

Mila: Karl está desconfiado! Ele me deu empurrão hoje e colocou homem na minha cola!

Henrique: Desconfiando de quê?

Ela fechou a porta e se aproximou.

Mila: Do nosso caso.

Fiquei quieto por alguns segundos.

Henrique: Bom, eu andei pensando, e não vamos mais fazer isso.

Ela arregalou os olhos.

Mila: O que?!

Henrique: Eu só não quero me arriscar mais. Encerrou o assunto.

Mila: Tem mulher nova na área?! Eu sei que tem Henrique! Eu vi a porra de uma mulher dentro do carro do seu motorista!ㅡ falou me fazendo ficar tenso ㅡ O mesmo motorista que me levou para a sua casa da praia!

Henrique: Já chega Mila! Nós não temos nada, para de criar coisa onde não tem! Mas que caralho, eu decido o que eu quiser na minha vida, segue a tua com o Karl antes que eu te demita!

Mila fechou mais lágrimas descerem pelo seu rosto e com ódio falou:

Mila: Eu vou descobrir quem é! ㅡ saiu pisando fundo.

Se ela viu essa garota, então quer dizer que Lua já voltou para casa. Eu não posso arriscar tanto, se Mila souber sobre Lua, é capaz dela matar a garota.

Eu não posso deixar nada acontecer com Luana.

Luísa havia realmente gostado dela... Óbvio, é impossível alguém não gostar. O jeito dela ser durona por fora, e um doce por dentro me encantava.

Ela dá valor nas pequenas coisas, é muito prazer lhe dar presentes. Depois de horas dentro desse maldito escritório, anotando papéis, alguém bateu na porta.

Henrique: Pode entrar.

Thomas: O prefeito quer falar com você.ㅡ apareceu sendo acompanhado por Karl. ㅡ vou deixá-los sozinhos.

Karl: Olá Henrique ㅡ falou se aproximando.

Henrique: Se sente.ㅡ Thomas saiu nos deixando à sós.

Karl se sentou, respirando fundo e me olhando sério.

Karl: Como você está?

Henrique: Perfeitamente bem.ㅡ respondi.ㅡ e você?ㅡ tentei ser educado, apesar de estar totalmente sem paciência.

Karl: Não muito. Descobri coisas que me deixaram irritado.

Me ajeitei na cadeira já imaginando sobre o que seria.

Henrique: Sério? Me conte mais sobre.ㅡcruzei os braços.

Karl: Andou transando com Mila?ㅡ indagou.

Por incrível que pareça, essa pergunta não me deixou surpreso. Karl não era burro, só idiota.

Henrique: Quer algo para beber?ㅡ perguntei desinteressado.

Ele fez que sim.

Levantei pegando bebida para nós dois, e eu sentia o quanto Karl estava puto de raiva. Eu não tinha medo dele, muito pelo contrário, ele que tinha de mim... Por isso não ousaria fazer nada.

Karl: Me responda.

Voltei a me sentar e olhei sério para ele.

Henrique: Sei que já sabe resposta,vá direto ao assunto Karl.

Karl: Se fizerem isso novamente, irei cancelar o contrato.ㅡ aumentou o tom.

Levei o copo até os lábios, bebendo um pouco do conteúdo. Logo em seguida, coloquei o copo sobre a mesa, e deixei que um sorriso venenoso se formasse em meu rosto.

Henrique: E o que isso iria fazer de efeito, Karl? Sabe que você está nas minhas mãos, por isso não vi cancelar o contrato.

Karl ficou calado me observando.

Henrique: Mas não se preocupe, eu não vou mais foder com ela... Tenho outros planos agora.ㅡ dei de ombros.

Karl:Perfeito. Seu pai não gostaria de saber sobre isso.

Arqueei uma sobrancelha.

Henrique: A sua mulher, e sua filha também não gostariam de saber sobre sua amante.

Karl engoliu em seco se levantando.

Karl: Estamos entendidos?

Henrique: Claro que sim.ㅡ levantei ㅡ Agora, se tocar um dedo nela novamente,como fez hoje, eu mesmo lhe mato.

Karl apenas assentiu, se virou, e foi embora.

Na real, ele era apaixonado por Mila, mas ela era por mim. Karl sabia que acia de tudo, agressão eu não aceitava pra cima das garotas daqui... De nenhuma.

Repito fundo, e me encostei na cadeira fechando os olhos e podendo sentir o cheiro de Lua. Talvez, eu não precisasse mais de ninguém, a não ser ela.

Algo sem sentimentos, mas sim com respeito, e maturidade... Acho que se continuasse assim, tudo daria certo.

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O Segredo ( Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora