9 | Encontro com o Futuro |

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     — O que pensa em fazer no futuro? — Cecília perguntou

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     — O que pensa em fazer no futuro? — Cecília perguntou.

    Nós caminhávamos lado a lado e lentamente na calçada fazendo o caminho de volta para o apartamento. Na minha mão, só segurava a guia de Dante, meu skate tinha ficado com Nick depois delu tanto insistir dizendo que era o mínimo que eu podia fazer já que havia feito elu ir tão tarde e tão depressa para a pista que acabou esquecendo o seu.

     — Como assim? — Falei, tentando estreitar aquela pergunta tão ampla.

     — Quando se formar, qual curso quer fazer? Ou para qual coisa legalmente aceita depois dos dezoito está mais animada?

     Ri com a ênfase que ela colocou na segunda pergunta e seu olhar julgador.

     — Bom, quanto ao curso... — iniciei um pouco pensativa — acho que engenharia mecatrônica.

     — Uau — ela arregalou os olhos.

     — Eu gosto e, se algum dia robôs dominarem o mundo, espero que eles me vejam como uma espécie de mãe e não me matem. Já sobre as coisas legalmente aceitas, acho que tirar minha carta, essas coisas comuns. E você?

     — Eu faria uma tatuagem — respondeu rápido e decidida.

     — É? — Falei um pouco surpresa, porque, de todas as respostas possíveis, não imaginei que essa estaria na ponta de sua língua.

     — É — repetiu com o mesmo tom decidido. — Faria um lírio, bem aqui — ela indicou a parte de dentro de seu antebraço esquerdo. — Seria aquelas sofisticadas com o traço fino, sabe? Acho lindas, passo horas procurando fotos e salvando.

     A forma animada com que ela falava também me contagiou, me lembrei que talvez eu também tivesse algumas fotos salvas em pastas no meu celular e tive uma ideia.

     — Acho que quero uma tatuagem também, quando é seu aniversário?

     — Primeiro de setembro.

     — Tá, eu também já vou ter dezoito até lá, então, a gente faz juntas, fechado? — Estendi a mão para selar nosso combinado.

     — Fechado — ela sorriu e sacudiu forte o meu braço.

     — Ai, Cecília — reclamei e fiz uma careta de dor.

     — E você achando que eu era a delicada — ela riu, se lembrando se algo que eu tinha dito no começo da noite, e empurrou de leve meu ombro.

     — Ok, eu já pedi desculpa — ri também porque eu nunca poderia ter errado tanto em uma suposição. — E o seu curso? Você não disse.

     — Eu não sei ainda — Cecília soltou um suspiro e sua expressão ficou apreensiva.

     — Ei, relaxa. Estamos em maio, você tem muito tempo e não é como se a faculdade fosse sair de lá.

A Eternidade Em Uma NoiteOnde histórias criam vida. Descubra agora