10| Tortura

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- Isa? Isa? Vem, temos que ir. 
- Jasper? Oque esta fazendo aqui? Como me achou?
- Alice teve a visão e consegui te encontrar, vamos embora.

Jasper correu pra fora, fiquei espantada.

- JASPER ESPERA!

Olhei para o lado e tinha duas pessoas me olhando. Eu estava sonhando. E parece que estou presa dentro do navio. Uma espécie de cadeia.

- Tudo bem moça?- Disse um homem moreno sentado, apenas com um short rasgado.
- Esta sim, Onde estamos?- Me levantei e segurei na barra de ferro.
- Aqui é como uma geladeira, e quando der fome eles nos pegam e sugam todo nosso sangue.
- Armazenamento de comida?- Perguntei.
- Isso.
- Hora do rango- Disse um cara colocando uma tigela enorme de feijão.

Todos começaram a comer. Tem em torno de cem prisioneiros neste navio, e cerca de umas vinte e cinco jaulas.

- Não vai comer o seu?- Disse uma moça.
- Pode comer.

Sem pensar duas vezes ela pegou a tigela e comeu todo o feijão. Mas por que o feijão? Só feijão? Não entendo.

Na outra noite...

Um dos vampiros nos acordou, batendo nas jaulas.

- Nossa vez de comer. Escureceu e é agora.

Todos começaram a apavorar com medo de ser escolhidos.

Minha pedra começou a brilhar e as pessoas que estavam em minha jaula me olharam.

- Que linda, quero pra mim.
- Sai- Falei empurrando um dos prisioneiros.
- Me dê isso- Disso o homem moreno.
- Com que direito você tem? É meu.

Ele tentou pegar da minha mão e fechei minha mão, tampando a pedra brilhosa.

Dei uma rasteira nele, fazendo ele cair no chão. Depois olhei para ele e pisei em sua garganta, fazendo ele perder a respiração rapidamente. Logo, ele parou de respirar.

Um dos vampiros veio ver oque estava acontecendo. Aquela pedra estava brilhando bastante. Então, acabei engolindo ela propositalmente.

- Oque foi isso?- Disse o vampiro nervoso por disperdiçar comida.
- Ele me atacou e eu me defendi.
- Você fez nós perdemos alimento, você é um risco para nós. Pode se juntar aos outros para nos alimentar.

Olhei para eles, oque foi que fiz? Eu matei um cara sem pensar duas vezes. Fiquei 4 meses naquela Ilha e ja não sei me associar com humanos.

Os outros prisioneiros ficaram assustados com a minha atitude, me olham com olhar de medo, parece que eles estavam com mais medo de mim do que dos vampiros.

Fui subindo as escadas para chegar ao destino, quando uma dor no estômago intenso atacou. Cai das escadas e comecei a me tremer. Um dos vampiros veio para ver oque esta acontecendo.

- Ei? Tudo bem?

Estou perdendo a consciência...

- Por favor, não me mate- Falei com calafrios.

Ele olhou para mim e balançou a cabeça dizendo não.

Então me deu um ataque de convulsão, lembro que me tremia e nao conseguia me controlar...

Escutei uma voz no fundo me dizendo.

- Acorda! Acorda!

  Então, uma dor terrível surgiu e voltei a consciência.

Alguém pegou um ferro quente e colocou em minha coxa direita.

Gritei muito.

- Por que estão fazendo isso?- Falei chorando de dor.

Estava em um cômodo, onde estava o capitão, um ao meu lado com o ferro e mais três vampiros observando.

- Humana?- Disse o Capitão se levantando- Você trouxe a peste junto contigo, matou um dos meus alimentos, ja não basta?

- Peste? Acha que estou com alguma doença? Falei para me deixarem ir, mas não deram ouvidos.
- E desde quando eu obedeço uma humana?
- Então a culpa foi sua de ter colocado uma peste em seu navio. Que inclusive esse navio foi roubado, aposto.

Ele olhou para o outro vampiro e balançou a cabeça que sim.
Então o vampiro me queimou com ferro novamente, dessa vez um pouco mais para baixo. Que horrível, uma dor insuportável, queria morrer.

- Pare!!! Por favor!!- Falei aos prantos.
- Para a sua informação, fazemos embarque e desembarque de cargas a noite somente. Mas sequestramos humanos para nos alimentar.
- Vocês trabalham para os humanos? A cara de vocês fazerem isso.

O capitão me olhou com cara de ódio. Estava esperando ele me matar, mas ele nem chegava perto.

- Queime-a novamente.
- Não! Por favor! Por que não me mata de uma vez?
- Você esta doente, e gostei de sua audácia, quero ver até onde vai suas gracinhas. Mas saiba que daqui nunca mais sairá. Pode queima-la.

Eles saíram e então aquele vampiro tocava aquele ferro quente em mim, não aguentei e desmaiei.

Acordei com alguém tocando em minha coxa. Dei um susto e gritei.

- Xii!!- Disse uma mulher colocando uma pomada em meus ferimentos- Isso vai diminuir a dor.
- Quem é você?- Falei assustada.
- Meu nome é Catarina e o seu é a Dama do mar?
- Dama do mar? Tipo uma bruxa?- Perguntei sem entender.
- É. Assim, todos estão chamando você. Só pelo fato de você ter matado um homem e depois ter vomitado um líquido brilhoso.
- Eu engoli algo que não podia. Não pensei direito.
- Eu vi você engolindo, foi uma pedra bem grande- Disse ela rindo.

Gostei dela.

- Não tive dificuldades em engoli-la, ja coloquei coisa maior- Falei dando um sorriso.

Começamos a rir.

- Cala a boca, estou querendo dormir- Disse um homem ao lado.
- Vai se fuder- Disse Catarina- Só fechar os olhos.

Uau!

Catarina visou olhar em mim e continuou a conversa.

- O capitão não gostou de você.
- Estamos kits então.
- Bruxa? Você não sabe com oque esta lidando, estamos em um navio onde tem cerca de 100 vampiros.
- Nada vai me intimidar, eu vou sair desse navio.
- Ninguém nunca saiu daqui.
- Então... Eu serei a primeira.

Quero rever meu pai, quero rever Lisa, Jasper, Embry e todos os Cullen. E eu vou sair daqui.

A Irmã De Victória - Vol. 2 Onde histórias criam vida. Descubra agora