26| Fúria

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- Não. Por favor! Me diz que não é você. Catarina não.

Cheio de vermes em seu corpo. Estava em decomposição. O cheiro desse lugar esta terrível.

Não parava de tremer e chorar.

- VOCÊ PROMETEU ARO. VOCÊ PROMETEU NÃO MATAR ELES. MENTIROSO- Gritei.

Lá estava eu. Ajoelhada em um corpo. Esse calabouço esta cheio de mortos. Vejo algo pingando no canto da parede.

Corri até lá sem forças para ficar em pé.

- É um encanamento de água- Peguei um pedaço de osso e comecei a bater.

O osso quebrou e me ajoelhei no chão de novo. Não acredito que Catarina esta morta.

Escuto vozes de pessoas passando. Fui até a parede e olhei em um pequeno buraco. Do outro lado já é fora do castelo. Só tenho que quebrar essa enorme e indestrutível parede.

Tentei me concentrar, mas não conseguia. Ver Catarina morta me deixou muito abalada.

Espera! Eu sou uma bruxa, posso ter vários poderes, só basta eu descobrir.

Fui até o corpo de Catarina e coloquei minhas mãos em seu peito.

- Vamos lá, eu consigo.

Fechei meus olhos e me concentrei. Senti o cano de água entortar. Tento puxar a água para me deixar mais forte, mas esta difícil de quebrar esse cano.

Dei um impulso com minhas mãos em sua costela. O corpo dela começou a se regenerar. E comecei a fazer contrações mais rápido. Até que ela estava toda inteira. Sua pele, seus olhos e seus órgãos voltou tudo no lugar, o vermes viraram a carne.

- Catarina? Catarina? Por favor, acorde.

Coloquei minha orelha em seu nariz e ela não estava respirando. Oque devo fazer? Deixei ela linda novamente, mas nada de reviver. Pensa Isa, pense.

Olhei para ela e abri sua boca. Então dei um sopro em sua boca e ele respirou fundo. Olhou assustada.

- Graças a Deus você reviveu- Falei abraçada com ela no chão.

Comecei a chorar de novo.

- Oque aconteceu? Onde estamos? Isa? Graças a Deus você esta viva- Disse ela desnorteada.
- Graças a Deus VOCÊ ESTA VIVA, NÉ? Sua puta, se você morrer de novo eu te bato. Não faça mais isso comigo.

Ela sorriu.

- Prometo não fazer. Mas como estou viva?
- Então... Eu sou uma bruxa. Pensei que desconfiava, ja que eu empurrei o barco para a praia aquele dia do navio.
- Foi você então? Pensei que fosse o Tom. Como eu sou lerda.

Começamos a rir. Então, o calabouço começou a chover álcool pelas paredes.

- Oque é isso?- Disse Catarina.
- Eles vão cremar esse lugar. Temos que sair daqui logo.
- Como? É um calabouço, foi feito pra ninguém escapar.

Olhei para ela e dei um sorriso.

- Foi feito para nenhum humano escapar. Fique atrás de mim Catarina.

Fechei meus olhos, abri minha mãos e mirei na parede. Comecei a fazer força. Minhas mãos estava tremendo.

- Isa? Pare com isso- Disse Catarina assustada- Seu nariz esta sangrando muito, para.

Gritei bem alto e olhei para a parede.

Então a parede se desintegrou toda, fazendo abrir um enorme espaço.
Minhas pernas enfraqueceram e meus braços ficaram sem forças.

A Irmã De Victória - Vol. 2 Onde histórias criam vida. Descubra agora