4| Selva

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Isabella Lopez

- Mãe? Mamãe? Onde esta?- Olhei para o lado e para o outro, nada vi.

Observei então uma mulher linda e obscura vindo em minha direção, é Thalia.

Chegou ao meu lado, olhou para mim e sorriu.

- Eu matei toda a sua família Isabella, eu me vinguei. Seus amigos e seu namoradinho de merda, estão todos mortos. Isso tudo por culpa de sua querida irmã.
- Não- Falei cabisbaixa, e logo me ajoelhando no chão perdendo minhas forças de ficar em pé. Desmanchei em choro.
- Não chore Isabella, irei te torturar até a morte.
- Então faça isso- Falei com ódio em meu rosto e olhando para ela.
- Ja estou fazendo, não esta vendo?

Olhei para os lados novamente, estava tudo escuro, não conseguia enxergar nem mesmo o solo.

Então abri meus olhos imediatamente.
Estava sonhando. O dia começou a amanhecer novamente, o fogo estava quase apagando. Eu dormi a cinco metros longe do mar.

Escutei galhos quebrando na floresta que estava a quinze metros de mim, me levantei rapidamente e peguei uma madeira com fogo ativo da fogueira, serviu como tocha.
Olhei para a floresta tentando enxergar oque é, mas não conseguia. Ainda estava de madrugada e a luz não é suficiente. Então ergui a tocha a cima da minha cabeça, para a luz dela não atrapalhar minha visão.

Então uma pantera saiu da floresta vindo direto para minha direção. Meu coração doeu e os batimentos aceleraram, então corri para o mar até bater a água na minha cintura. A onça ficou me observando perto da fogueira, ela andava para um lado e para o outro pensando em como vir até mim.
Comecei a tremer meus queixos de frio. A água esta congelando, a pantera olhou e tomou uma decisão, ela pulou no mar em minha direção. Joguei a tocha nela, mas não acertei. Então comecei a ir mais para o fundo, nadei mais. Olhei para trás e ela sumiu, fiquei parada observando se a água desse algum movimento. Estava no fundo, meus pés não alcançavam a areia.

Então ela apareceu bem na minha frente, soltei um grito e me afundei. Dei um bicudo em seu peito e ela enfiou uma de suas garras em minha perna, fazendo me sangrar no mar. Mergulhei para o fundo e comecei a dar a volta nela. Fiz uma curva longa dentro do mar. Ela continuava nadando esperando eu aparecer na superfície para me seguir.
Subi para a superfície para respirar. Eu estava a dez metros longe da praia, e a onça a oito metros atrás de mim, consegui passar por ela. Ela olhou para mim e começou a nadar em minha direção, olhei atrás dela e tinha uma barbatana na superfície vindo atrás, uma não, duas. Esbugalhei meus olhos e comecei a nadar o mais rápido possível.
Cheguei a 5 metros longe da praia e escutei a pantera gritar de dor, um dos tubarões a pegou, eu estou ensanguentada eles com certeza irá vir atrás de mim, não parei para olhar para trás, continuei a nadar. Cheguei no raso e corri mancando para a areia e quando olhei para trás uns dos tubarões estava me seguindo. Mais dois segundos ele me pegava.

Deitei-me no chão e fiquei descansando, com uma respiração rápida. Olhei para a minha perna e o corte foi fundo, mas não longo. Preciso de algo para estancar o sangue.
Visei uma planta com várias raízes na superfície e então a peguei, coloquei uma folha longa e apertei com a raiz, conseguindo estampar o sangue.

Peguei mais das madeiras que deixei de reserva e coloquei no fogo para revive-lo e peguei a carne de cobra que deixei enterrada da noite pro dia, lavei ela e coloquei para assar.

Enquanto assava, fiquei pensando no sonho em que tive, e foi um sonho que pode realmente ter acontecido. E se Jasper estiver morto? Embry, Leah, Lisa, meu pai. Não irei suportar viver sem eles, ja perdi minha mãe, não aceito perder eles. Quer saber? Eu desisto!

Mas... E se eles estiverem vivos me esperando? Preciso saber se estão vivos ou não. Vou dar um jeito de escapar dessa Ilha, tenho que saber oque aconteceu. E se eles realmente estiverem mortos, logo estarei também.

Olhei para a carne e ja estava pronta. Comi ela e vi o nascer do sol. Lindo! Essa Ilha é tropical, a vantagem é que eu não passo frio e a desvantagem é que necessito de muita água. Vamos pensar! Pela Ilha ser tropical, então não estamos tão no norte e nem tão no sul do planeta. Provavelmente estou entre a África e as Américas, mas isso é só uma teoria.

  Peguei uma pedra que era um pouco afiada e alimei em outra pedra, fazendo ficar afiada.
Peguei mais raízes de plantas bem resistentes e amarrei essa pedra em um pau, ficando como uma lança, peguei uma tocha da fogueira e entrei na selva atrás de água potável.

Eu ainda estava com o colar que Embry me deu, sinto tanta falta dele.

Olhava sempre onde iria pisar e onde ainda pisarei, pois existe muita cobra aqui.

Vi uma árvore que conheço, corri até ela e olhei, dei um sorriso largo. É um coqueiro. Subi nele, mas logo desci, meu ferimento não deixa eu subir, dói muito.
Visei cocos podres no chão e bati ele na pedra, fazendo rachar. Não tinha nada dentro dele, mas posso usar ele para carregar água.

Fiquei parada e escutei barulho de água, meu Deus, não acredito!! Voltei a sorrir, fui mancando até esse barulho e achei, é um lago, peguei o coco que estava partido e usei como recipiente para pegar água. Bebia com muita pressa e sem parar, fiquei observando esse lago e olhei para um pontinho dentro do lago. Aqui não tem peixes. Esse pontinho amarelo estava se mexendo lentamente, então consegui captar que aquilo é apenas um pontinho de uma cobra.

Fui olhando os vários pontinhos e ela deu a volta no lago. Olhei para o meu lado e vi uma sucuri me observando, só pelo que vi, ela tem cerca de seis metros, ela é enorme. Estava apenas a quatro metros longe de mim com a cabeça para a superfície. Ela estava chegando mais perto e mais perto. Então me afastei e corri para a praia novamente. Estou um pouco segura aqui.

A Irmã De Victória - Vol. 2 Onde histórias criam vida. Descubra agora