𝗷𝗼𝘂𝗸𝗶, 𝗈𝗋𝖽𝖾𝗆 𝗉𝖺𝗋𝖺𝗇𝗈𝗋𝗆𝖺𝗅 [✓]

ㅤ ㅤ gal

☻ / pairing . . . gal x leitor!fem

☻ / gender . . . fofo (?)

☻ / pronomes&corpo . . . feminino/neutro

☻ / content warning . . . menção a sangue, assassinato e exposição de cadáver/esqueleto, uso de bebidas

☻ / word count . . . 0,7K

☻ / comments . . . esse capítulo tinha sido escrito um ou dois episódios depois da primeira aparição do Gal e na minha cabeça, ele sempre agia de uma forma mais teatral, como aquele narrador do Corcunda de Notre Dame (sem a parte da música, mesmo que eu tenha incluído isso um pouco kkk). enfim, mudei um pouco da escrita no capítulo e retirei umas coisas que não me agradavam mais como na época, mas deixei a ideia central.

☻ / request . . . DetailyHenri

A chacina já estava completa.

Os agentes da ordem haviam caído um por um, sofrendo em agonia como consequência por terem desafiado os escriptas e escolhido ficarem no caminho para a ascenção de Kian, pagando com suas próprias vidas inúteis e miseráveis.

O líder deste mesmo grupo, Gal, parecia ser o mais entusiasmado com os acontecimentos, mesmo que não demonstrasse tão explicitamente quanto seus companheiros, que riam e bebiam enquanto escutavam músicas aleatórias no toca disco. Por mais que a maioria estivessem reunidos no jardim do orfanato, ao redor da enorme árvore, o moreno se encontrava nas celas, os pés descalços sobre a poça de sangue que tinha se formado ali graças ao corpo de seu querido e amado irmão, Gaspar.

Ele murmurava uma canção de ninar, movimentando-se lentamente conforme a melodia tocava no fundo de seu consciente, os olhos fechados enquanto um sorriso pacífico inundava suas feições.

Uma de suas mãos segurava um crânio, qual ele carinhosamente apelidara de Lissa - mesmo que pertencesse a um prisioneiro qualquer - e a erguia rente a seu rosto, quase tocando seus lábios na textura óssea, sorrindo levemente ao escutar passos vindos do corredor.

No momento em que escutou as leves batidas na porta do cômodo, o moreno lançou a carcaça longe e voltou seu foco para lá, estendendo as mãos em sua direção, disparando um sorriso maléfico.

━━ [nome], minha pequena tulipa, aproxime-se. ━━ A mulher, que um dia tivera olhos tão belos quanto as pinturas de Van Gogh - era o que Gal sempre pensou antes de tudo ocorrer em suas vidas -, caminhou com passos lentos até ele, o cabelo caindo em cascatas acima de seus ombros e os cantos dos lábios erguidos em um sorriso sútil. Segurou as mãos do homem e deu um leve aperto, sentindo o ar quente de seu hálito bater contra seu rosto.

━━ Estava ficando preocupada, então vim ao seu encontro para dar uma verificada.

━━ Que doce da sua parte, querida. ━━ Não levou muito mais tempo até que Gal encaixa-se o rosto da mulher em sua mão e a beijou, seu toque sendo tão suave e cheio de sentimentos como os demais que já trocaram durante toda a adolescência e início da vida adulta.

[nome] enroscou seus braços atrás do pescoço do moreno, suspirando de deleite enquanto sentia seu estômago ficar turbulento.

━━ Como se sente? ━━ Indagou em sussurros, apoiando a cabeça contra o lado esquerdo de seu peito, sentindo as batidas de seu coração baterem tão rápido quanto um baterista tocando sua música e não pode deixar de sorrir somente em pensar que era um dos motivos pelos quais ele se encontrava tão extasiado.

Gal apoiou o queixo sobre sua cabeça, voltando a cantarolar e a dançar, tendo a [cor cabelo] contra seu corpo. Tê-la ali, em um de seus muitos momentos de vitórias, era simplesmente gratificante. Era uma das poucas pessoas do mundo que poderia afirmar com certeza que jamais o trairiam e confiaria sua vida à ela caso julgasse necessário.

Quando sentiu seus dedos pequenos rastejando delicadamente sobre seu rosto para retirar a venda preta sobre seus olhos, não pode deixar de sorrir com o quão confortável e livre a mesma se sentia ao seu lado. As íris esbranquiçadas estavam voltadas as suas feições, admirando-na pelo pouco que a membrana permitia, sentindo o peito aquecer com a beleza que somente ela possuía.

━━ Seus olhos continuam lindos, como sempre. ━━ Exclamou a menor, arrancando um pequeno gargarejo de Gal.

━━ Sem querer soar arrogante, mas eu sou lindo por completo e isso é um fato. ━━ Abaixou a venda sobre seu olhar, puxando a mulher ainda mais na direção de seu corpo para que ambos estivessem mais próximos, levando os lábios até sua orelha para que pudesse sussurrar, antes de selar um beijo casto na ponta dela. ━━ E você, é a única que pode desfrutar de tudo isso.

Como um último ato, o moreno se afastou e girou o corpo da moça, semelhante ao que realizam em uma dança de valsa. Os dois se encontravam agora sujos de sangue, mas seus sorrisos nunca vacilaram perante tal constatação, perdidos em seu próprio e pequeno mundo de felicidade.