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Sobre mim
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As pessoas não são consistentes.
Nós, sempre e a todo momento, tentamos nos manter em um papel social que seja seguro, mesmo que inconscientemente.
Mas isso não é possível.
Você não consegue ser legal o tempo todo, porque cansa; sempre aparecerá alguém para te deixar de cabelos em pé. Não há como ser misterioso 24 horas por dia, as vezes bate uma vontade de se jogar para o mundo, talvez postar uma publicação numa conta social anônima, falando sobre tudo e todos. Às vezes você precisa desabafar.
Também não é errado variar. Eu vario muito, até demais em certos períodos curtos de tempo. Às vezes, até em poucas páginas, ou parágrafos... ou em um parágrafo só.
Não há nada de errado em começar com uma opinião e terminar com outra; se fosse, o mundo estaria definitivamente mais perdido do que ele já está.
Para você entender melhor, é só parar para pensar em tudo o que eu estou te contando.
Essa história é minha; é uma pequena e – acredite se quiser – resumida parcela da minha vida. E eu já mudei tanto a minha maneira de contá-la sem ao menos que você percebesse, por que, novamente, nada e ninguém é consistente. Nem a minha escrita, sem a sua compreensão.
E por que eu estou te enchendo com esse papo de consistência?
Porque depois de descobrir que aquele homem loiro era Park Jimin, meu cérebro pifou.
Eu não conseguia fazer nada além de olhá-lo com uma expressão que nem eu mesmo sei dizer qual. Talvez uma mescla de espanto, inquietação, tristeza, raiva, alívio.
De novo, eu não tenho controle sobre como a minha face reage, ela apenas... reage. E se não tenho controle sobre o meu físico, quem dirá sobre meu psicológico.
Enquanto Park Jimin continuava bloqueando a porta pela qual eu nem mais pretendia sair naquele momento, e o tal Kim Seokjin se mantinha estranhamente quieto como um pai paciente esperando que seu filho resolvesse uma questão interna, eu apenas me sentei no sofá e senti todos os quatro anos me acertarem precisamente.
De repente, toda uma euforia desconhecida me atingia e me fazia refletir sobre o que eu deveria fazer. Mas antes, o que eu deveria pensar e sentir.
Seria mais fácil escrever uma carta naquele instante para não errar nada – ainda que menos libertador –, não gaguejar. Para eu me sentir mais preparado a lidar com a situação. Não me fazer de otário.
Tudo o que mudei em quatro anos parecia ter sido resetado da minha mente, e eu me sentia como um idiota conhecendo o ídolo e não sabendo como agir, enquanto não queria acuar o coitado. Bom, nesse caso não havia ídolo e o coitado era eu.
— Enquanto você processa a situação, eu vou tentando esclarecer algumas dúvidas que as pessoas sempre têm em relação a viagens para realidades paralelas — o louco com as roupas gregas disse como se fosse algo cotidiano e normal.
Pude sentir sua aproximação antes de vê-lo sentar-se sobre a mesinha de centro, logo a minha frente, mas eu não o olhava de volta. Eu estava mais preocupado em segurar minha cabeça entre as mãos e processar o encontro inusitado ao invés de tentar entender a ficção que eu achava que ele contava naquele momento.
— Yoongi, por mais que os seres humanos sempre achem que não tem ninguém prestando atenção em suas vidas, nós estamos sempre de olho, o tempo todo...
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Universo Alternativo • yoonmin
Fanfic[EM ANDAMENTO] [LONGFIC] Dizem que um simples bater de asas de uma borboleta pode causar um tufão do outro lado do mundo. E se uma borboleta pode mudar o curso da história, imagine o que um roubo de direitos autorais pode fazer. O Universo fez quest...