É sábado de manhã, Ana veio me acordar para arrumar minha mala já que logo estaríamos embarcando para Miami. Estou ansiosa, confesso, é o lugar onde cresci, sinto falta de lá.
– Pronta?
E por falar em Ana... Olho para trás e a vejo, uma de suas toucas beanie, o enorme casaco preto, seus lábios pintados de vermelho, separados enquanto ela sorria para mim. Sorrio de volta, pego minha mala e a seguro.
– Sim, podemos ir.
Passos no corredor são ouvidos e logo Joaquim surge no quarto, por debaixo das pernas de Ana, ela olha para ele e solta uma gargalhada, o prendendo entre suas pernas.
– Mãe, não. – ele resmunga e tenta se soltar, posso ver que Ana não está o prendendo com força, apenas o segurou. – Mommy, me ajuda.
Implora e olha para mim com os olhos brilhando por ajuda, suspiro e solto a mala no chão.
– Solta ele, Ninha. – peço com o máximo de calma possível e em segundos ela o solta, Joaquim passa por ela e corre em minha direção, agarrando minhas pernas. Me abaixo e o pego no colo. – Pronto, está a salvo.
– Obrigada, mommy.
– Filho, o certo é você dizer obrigado.
Ana o corrige e o pequeno olha para ela confuso.
– Por quê?
– Porque quem usa obrigada são as mulheres, os homens usam obrigado.
– Ah sim. – ele ainda parecia meio confuso, olhou para mime sorriu daquele jeito fofo dele. – Então, obrigado, mommy.
– De nada, filho. – beijo sua testa e em seguida Joaquim deita a cabeça em meu ombro, olho para Ana e a vejo com um enorme sorriso no rosto. – Que foi?
– Uh, nada, nada não.
– Podemos ir então?
– Sim!
Joaquim grita animado, o que nos causa uma gargalhada em conjunto. Ana fica encarregada de descer minha mala já que estou com Joaquim no colo.
Logo estamos entrando no táxi para irmos ao aeroporto.
Lá vamos nós, Miami.
(...)
Eu nunca gostei de aviões, por isso dormi durante todo o vôo. Joaquim parece estar com a bateria no 100%, e também feliz porque vai ver seus avós.
– Aqui está um pouco quente, se quiser tirar o casaco e o cachecol.
Ana comenta antes de desembarcarmos do avião. Apenas concordo com a cabeça e tiro meu casaco e o cachecol, guardo os dois no bolso frontal da mala e estendo a mão para Ana, ela sorri parecendo surpresa e logo segura minha mão, depois a de Joaquim. Saimos os três juntos e em poucos minutos já estávamos dentro do aeroporto, Ana disse que seu pai já estava ai fora nos esperando.
– Seus pais sabem sobre minha amnésia?
– Agora eles sabem. – Ana respondeu. – Eu não contei antes porque você sabe, meus pais são ocupados demais.
Sua voz era puro sarcasmo, embora eu pudesse identificar um pouco de mágoa também. Optei por ficar na minha e não falar mais nada, Ana parecia ter alguns problemas pessoais que envolviam seus pais e eu não me sinto no direito de me meter. Quando chegamos ao lado de fora, Ana olhou em volta e quando encontrou seu pai, deu um aperto em minha mão para me avisar. Só então fui me dar conta que estávamos de mãos dadas ainda, mas não disfaço o contato, e surpreendentemente um sorriso surge em meus lábios enquanto caminhamos em direção onde Edimilson Caetano está.
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Stupid Wife [Caevassi Version]
FanfictionVocê já se imaginou casada com alguém que você nunca suportou na vida? Manoela também nunca tinha imaginado isso, muito pelo contrário. Era para ter sido apenas uma manhã normal, Manu acordaria, tomaria seu café com sua família, depois iria para a e...