Chapter Six

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"Quem busca um sonho distante

Acha bem perto dos seus..."


Soltei-me do corpo do bombeiro lentamente para não acordá-lo. Juntei minhas roupas que estavam espalhadas pelo chão do quarto, me vesti rapidamente e saí do ambiente que cheirava a sexo e colônia cítrica masculina. Pé ante pé rumei a porta de entrada, até escutar uma voz que me fez puxar a arma da bolsa inconscientemente.

- É feio fugir da cama das pessoas... Opa, calma.

- Quem é você? Meu tom rouco apenas fez a mulher loira que estava à minha frente sorrir indulgentemente.

- Leslie Shay. Divido o apartamento com Kelly. Sou paramédica no Quartel 51 e agradeceria se você baixasse a porra dessa arma do meu peito e viesse dividir esse sorvete comigo, estou de TPM. Ela disse efusivamente.

Suspirei guardando a Glock.

- Você me assustou, desculpe-me. Aproximei do sofá, onde ela estava, enrolada em cobertores com uma expressão chorosa em frente ao notebook.

- Nunca entendi o gosto do Severide para policiais... vocês são tão... agressivas. O comentário me fez rir.

- Sou Sarah Lowe, detetive da inteligência. Então eu sou tipo um fetiche do bombeiro? Falei sustentando o sorriso e apertando a mão que me foi estendida.

- Tipo isso, ele se envolveu com uma colega sua... Erin Lindsay, acho que você não a conhece...

Já ouvi tanto dessa mulher que parece que nos conhecemos pela vida inteira... Pensei.

- Foi um prazer te conhecer, Leslie, mas tenho que ir para casa.

- Ah não... e por favor, me chame de Shay.

- Vamos combinar o seguinte, no próximo ciclo nós fazemos uma reunião de TPM. Gostei muito de você, mas realmente preciso ir resolver um problema...

- Combinado! Anota meu número aí.

- Onde você estava? Não tive tempo de sacar a arma, fui empurrada contra a porta recentemente fechada. Reconheci a voz antes do rosto, coberto pela penumbra.

- Passei a madrugada atrás de você, não atende a merda do celular, o localizador e rádio desligados, ninguém sabia onde você estava!

Apertei os lábios e encarei o sargento que praticamente berrava no meu rosto.

- Qual é o seu problema Hank? Me solta! Enlouqueceu de vez, foi? Não sabia que te devia algum tipo de explicação. Agitei o corpo, mas continuava firmemente presa pelo maior.

- Me fala, Sarah... Onde você foi? O tom mais ameno tranquilizou meu coração, que martelava contra o peito. Neguei com a cabeça, não falaria nem sob tortura.

- Você me deixou sozinha, fiz o que me deu vontade e não devo explicações sobre isso caralho.

O sargento aproximou o rosto do meu cabelo.

- Está com cheiro de outro homem no seu corpo... Eu devo puni-la por isso, não?

Apesar da pele arrepiada pela voz rouca de Voight contra o meu ouvido, forcei seus braços para sair do aperto.

- Que porra é essa? Pirou? Consegui me soltar, e tomei alguns passos de distância. Consegui identificar o cheiro de bebida que emanava do outro, o qual não tinha sentido por conta do nervosismo.

- Você me traiu... o grisalho acusou fracamente, com a expressão tomada de dor.

Senti a consciência doer, o havia machucado. Cobri o metro entre nós e o abracei, tirando o coldre da cintura do homem e o colocando sobre a mesa.

Uma Doce ParceiraOnde histórias criam vida. Descubra agora