12 Horas com ela.

291 16 8
                                    

Um capítulo por semana agora okay?

Ele fala com ela. Depois de uma tempo bloqueia o celular e o joga no sofá e se atira no chão da sala, e eu o acompanho:

-A vida não tem sentido!

-Talvez você que não tenha dado sentido algum a ela.

Ele levanta o olhar e enche seus pulmões de ar:

-Você tem razão, eu vou lá na casa dela e vou falar com ela. Além do mais, teremos que nos ver um dia, não é mesmo?

Concordei com a cabeça. Ele se levanta e estende a mão. Eu a seguro como um comprimento. Ele da uns tapinhas em minhas costas e se vai.

Vou para meu quarto e ligo para Ana. Ela antende no segundo toque e diz que já está a caminho.

Quando ela chega me da um beijo e deita em minha cama:

-Creeg está mal!

-Hum, não percebi!

-Você quase não o vê!

-É verdade.-ela força um sorriso.

-Oque foi?

-Lembro-me da nossa quase primeira vez.

Olho para trás e vejo o extenso corredor. Vazio.

-E...

-E... Eu queria que tivesse rolado. Sei lá, veio esse pensamento na cabeça.

-Talvez quando eu sair dessa cadeira de rodas, ou então quando eu parar de ser limitado dentro desse infinito gigantesco, talvez, iremos parar de falar talvez e chegaremos ao "finalmente"...

-Abre aspas,talvez, fecha aspas, eu não estarei aqui!

-É questão de tempo. E eu não posso nada para que o tempo possa nos esperar, você poderia ficar. Eu ainda não sei o porque de...

Ela coloca seus dedos em meus lábios e faz um Shhihh...

-Deita comigo?

-Você me ajuda?

-Sim...

Ela sorri e me ajuda a colocar na cama. Ela se deita e dormimos juntos.

Após alguns minutos dormindo somos acordados por algumas luzes. Flashes. Pensei.

-Mãe!

Digo colocando a mão em frente a sua câmera:

-Só mais uma filho.

Ela tira mais umas mil e para. Percebo que está diferente. Carregando um cilindro de oxigênio, usando a peruca feita com fios de cabelos da Ana e seu rosto um pouco abatido:

-Gostei do carrinho!-comento.

-Gostou mesmo?

-Sim é bem... Elegante!

-Também achei. Os médicos me recomendaram, pois eu poderia "esquecer" que preciso respirar. Prevenção!-ela pisca o olho direito.

-Não aconteceu na...

-Quem quer um suco?-ela diz indo em direção a cozinha.

Nós fomos até a cozinha e tomamos um suco de laranja natural e um misto quente.

Ana me deu um beijo e se despede de minha mãe.

Algumas horas depois recebo a ligação de Ana:

-Isso conta como mais uma hora?

-Não estamos juntos.
Silêncio.

-Corre para sua janela.

-Pronto, e agora?

-Está vendo a lua?

-Sim estou.

-Quando ver ela, estaremos perto um do outro, pois nunca estaremos distante o suficiente para não vermos a mesma lua!
Silêncio.

-Que silêncio delicioso!
Silêncio.
-Eu te amo Luke!-ela diz em um sussurro.

Eu juro que pude sentir seu ar quente que saia de seu nariz indo diretamente em meu pescoço. Juro que pude sentir suas mãos brincando com o pequeno rabo do meu cabelo. Eu juro que poderia ouvir um milhão de vezes a mesma coisa, que poderia jurar que senti o mesmo as um milhão de vezes.

-Eu também te amo!

Dou um sorriso de canto e prosseguimos com um doce silêncio.

Amigos leitores, sei que demorei muito para escreve maaaisssss é que eu queria esperar uma semana para escrever e quando deu uma semana eu esqueci minhas idéias (sorry), mas agora vou "respeitar" o calendário de postagem.
Até semana que vem

A Garota de uma noiteOnde histórias criam vida. Descubra agora