Capítulo 125 - Cabeça dura

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(Steve Rogers)


Aqueles olhares... Eles ficaram juntos eu tenho certeza. Conheço o Bucky a muitos anos, literalmente, e ele não olha pra ninguém daquele jeito a não ser que queira sexo.

Foi a primeira vez que eu desejei ficar cego, só por alguns segundos. 


O meu amigo e minha ex... na filosofia dela se as pessoas estão solteiras tá tudo certo e na teoria é assim... ela consegue deixar tudo tão simples, mas não é! No mundo dos sentimentos que não podem ser controlados com certeza não.


Exemplo: Passei a tarde com uma mulher maravilhosa e em todo o momento eu não consegui parar de pensar nela. Queria que fosse ela, eu sinto saudade a todo momento, de absolutamente tudo.

E ela com meu amigo.


Mas eu pedi por isso. Se existisse um prêmio pra pessoa mais estupida do mundo, seria meu e nem teria concorrência. Eu entreguei ela de mão beijada, não posso reclamar agora... infelizmente não posso. Que merda!

Eu suspiro.


- Steve.- Hill me chama, sonolenta


- Oi.- me viro a mesma


- Você tá olhando pro teto a quase uma hora.- 

Mas ela está de olhos fechados... como?  - Até de olhos fechados eu percebo a sua inquietação.- agora  ela abre os mesmos.

Mas surpreendentemente não parecia confusa ou ofendida por isso, apenas... compreensiva - Vamos lá.- ela se senta - desabafa.-


Como assim? Claro que não, não posso falar desse tipo de coisa pra ela, não quando eu vou pra cama com ela. Não faz sentido falar da mulher que eu namorei, ainda mais quando elas são... Deus elas são amigas.


- Steve não estamos casados, se quiser desabafar eu sou uma boa ouvinte.- A amiga...- E se não, é só falar.- 


Eu gostaria de... desabafar sobre os meus sentimentos que fazem com que eu fique olhando pro teto por quase uma hora, mas ela é a pessoa certa? Não! Costumamos ser colegas de trabalho e agimos de maneira profissional, talvez uma vez eu tenha dado um conselho, assim como ela a mim. 

Mas desse jeito? Não consigo pensar como a Astrid, inclusive eu critico o jeito que ela pensa e estou agindo igual ela.


- Escuta, acho que não quer falar disso comigo e tudo bem, mas eu não sou tapa buraco.- Imediatamente eu olho pra mesma - Se estamos fazendo isso por sentir vontade, nós dois.- ela enfatiza - por mim, tudo bem. Mas se tá fazendo isso pra preencher um vazio, é melhor me avisar, porque eu não gosto dessa situação.-


Esse era o meu medo. Era ela se sentir como tapa buraco... o que eu tô fazendo ela ser... suspiro de maneira frustrada. 

- Tudo errado.- eu encosto a cabeça bruscamente no travesseiro - Eu tô fazendo tudo errado, tudo de uma maneira que eu não faría.-


- E por que?- Olhar compreensivo de novo 


- Deixa.- eu suspiro, me levantando e vou atrás das minhas roupas - Não era pra você estar ouvindo os meus problemas, não era pra ser...- eu suspiro sentindo culpa com a camisa em mãos

Rurik:A organização vermelhaOnde histórias criam vida. Descubra agora