Capítulo 12 - Memórias

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Eu rio comigo mesma.
Pregar esse tipo de peça nele,foi hilário e tudo pra mim.
Melhorou meu dia.
Por Deus...como vou fazer ele se apaixonar assim?

O elevador abre no térreo.
Fury me esperava,e sem dizer nada ele faz um gesto para que eu o seguisse.
Nós seguimos ao final de um corredor largo e subimos três degraus atravessando uma porta dupla de vidro,automática.

Eu vejo Banner e Stark em alguns computadores como naquele dia...e uma cadeira.
Eu engulo em seco,não tinha boas lembranças desse dia.

- Cadeiras? Uau,jeito sutil de me ajudar.-

- Você senta aonde,bonitinha?- Stark

Eu respiro fundo,mantendo minha paciência (e ao mesmo tempo,tentando não fazer uma piada)

- Bom...- Banner se aproxima de mim tirando seus óculos - Depois de muitos testes nós...- ele aponta para si e para Stark - chegamos a conclusão que a maneira mais eficaz do seu corpo rejeitar o "procedimento" é reativando suas memórias.-

- Vão entrar na minha cabeça de novo?-

- Sim.- ele abaixa a cabeça,mas olha pra mim de novo - Mas dessa vez,você verá o que te aconteceu na sua vida.
De verdade.-

Não me parece tão ruim no momento.
Todos já haviam visto minhas memórias,só faltava eu.

- Sem mais mentiras?- eu pergunto o encarando

- Sem mais mentiras.- ele me olhava sinceramente

Eu respiro fundo e vou até a cadeira,enquanto Banner volta a mesa.

- Vão me prender de novo?-

- Não.
Cortesia do Fury.- Stark

Ok...Eu tinha expressão confusa.
Banner se aproxima de mim com dois "disquinhos".

- Posso?-

Eu o olho desconfiada,mas depois de alguns segundos eu autorizo,e ele deixa eles em minha testa.

Stark se vira e começa a apertar em alguns botões.
Eu fecho meus olhos e respiro fundo.
Lá vem,tudo de uma vez,sem mais nem menos.
Chega de mentiras.

Eu sinto um toque em meu ombro,despertando e vendo Bucky ao meu lado.
Ele dá um leve sorriso,enquanto eu o observava confusa.
O que é que ele está fazendo aqui?

- Pronta?-

Eu me direciono a imagem no ar,proporcionada por Stark.

- Sim.-

Era possível ver um bebê chorando e banhado por sangue.
Acredito que seja eu.
Com a mínima delicadeza possível os médicos me limpam enquanto minha mãe implorava por mim.

- O que?- eu sussurro a mim mesma.
Eu não nasci na rurik?

Um dos médicos me cobre com um manto e sai da sala comigo no colo.
Minha mãe tenta se levantar,mas estava fraca de mais.

Um homem negro,vestindo preto saca uma arma para este homem.
Ele parecia desesperado,e erra o tiro,assim levando outro em seu rosto.

Agora era possível ver Niels,mais jovem,me treinando quando eu era uma menininha.
Eu estava me saindo bem,pegava seus golpes e ele não pegava leve.
No momento seguinte eu estava presa.

- Apague...- Niels falava com um dos cientistas

- Mas senhor...- Ele o interrompo aos gritos - Apague!-

- A cada progresso ela vem se lembrando mais.
Não podemos alimentar um monstro.-

- Mas a teoria de vocês não é certeira.-

- A não?! Observe seu progresso com dez anos dez! Se suas memórias voltarem,atualmente ela faría um estrago.
Precisamos apagar o máximo possível,porque elas estão voltando.-

- Mesmo que isso frite seu cérebro?-

- São preços a serem pagos...-

Era possível me ver crescendo.
Lutando e treinando sempre.

Eu estava sentada no pátio com duas bonecas de pano.

- Ei!- um agente se aproxima - Largue essas besteiras e volte ao seu treinamento!-

Eu abaixo minha cabeça,e ao olha-lo novamente meus olhos se enchem de lágrimas.

- Mas eu quero brincar...- eu repito junto a menininha da tela,assim uma lágrima escorre do meu rosto.

Então eu acordava no meio da noite gritando chamando por meus pais.
Eu já estava um pouco mais velha,já era adolescente,aparentemente.

- O que você fez?!- eu estapeava Niels,repetidas vezes - O que fez com ela?!-

Ele me pega me imobilizando e então me leva a força ao laboratório.

- De novo senhor?
Ela está ficando mais animal,do que humana desde os últimos procedimentos...-

- Faça! Hoje foram tapas,amanhã são socos e depois tiros.
Essa empresa sobrevive graças a mim! Então faça!- ele bate na mesa raivosamente

O mesmo liga alguns botões e então eu apago.
Depois de poucos minutos eu acordava olhando para o nada,sem alma.

- A sim...- ele sorri - Uma nova mulher.-

Então rapidamente eu estava fazendo reféns em um laboratório de outra organização com minhas espadas.

- Por favor...- eu aponto minha espada a mesma - Por favor!-

E então termino a aproximação da espada.
Piscando bruscamente,eu não queria ver aquilo.

- Você não vai sair daqui viva,sua megera...- um homem cuspia as palavras com medo.
Então eu me aproximo - Não...- ele se esquiva e eu faço o mesmo.
Eu fecho os olhos bruscamente,mais uma vez,e então muitas lágrimas caem dos meus olhos,com meus corpo se contraindo.

Quando sinto o toque de Bucky em minha mão,e ele a aperta fortemente,não ao ponto de me machucar,mas me fazendo sentir abraçada.

E continuei fazendo isso com o resto dos agentes,já que nenhum "coperava".

Niels estava sentado a minha frente segurando minhas mãos enquanto eu chorava.

- É por isso que não pode parar.
Por mais que doa em você,te possibilita ser a salvadora que o mundo precisa.-

Eu o olhava pedindo socorro.
Eu claramente não aguentava mais me submeter a aquilo,mas ele nunca havia se importado.

- Entendo...-

Rurik:A organização vermelhaOnde histórias criam vida. Descubra agora