Gaziantep Castle

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Gaziantep Castle


Eu agradeci aos céus que Deidara saiu cedo pela manhã e não tive que encará-lo. Onde eu estava com a cabeça?! Agir dessa forma tão... pervertida!

O que Ino pensaria de mim? Ela me convida e eu cato o irmão dela. Duas vezes ainda. E Deidara? Que tipo de mulher eu era na cabeça dele? O tipo que fica com um estranho em uma boate na primeira vez. E se entrega de novo na primeira oportunidade!

Não, não, não... Estou sendo injusta comigo. Não tem problema nenhum em fazer o que eu fiz. E se Deidara ou Ino pensassem diferente, o problema estava neles, não em mim. É isso mesmo.

Claro que, eu continuo sem saber como encarar aquele loiro lindo de olhos tão claros e intensos. Eu sempre tive esse problema com homens bonitos. Simplesmente não sei lidar com o dia seguinte e opto pela fuga.

Ainda bem que Deidara facilitou essa para mim e fugiu ele mesmo!

[...]

Depois de três dias sem notícias do irmão, Ino desistiu de esperar ele chegar e resolveu que deveríamos sair sem ele. De acordo com ela, ele insistiu em nos levar de carro aos pontos turísticos, mas estava demorando a aparecer.

Durante aqueles dias conversamos sobre tudo que era possível e nos divertimos com jogos e alguns filmes.

— Bom, já que aquele loiro besta não vai voltar tão cedo, devemos dar um passeio!

— Ele costuma sumir assim? — perguntei preocupada e curiosa. Será que havia acontecido alguma coisa ou ele só estava me evitando?

Como se eu fosse importante assim para ser evitada...

— Ah, ele desaparece por dias às vezes. Algo a ver com o trabalho, sabe? — ela contou de maneira despreocupada — mas relaxa, logo ele volta e vocês continuam o que começaram.

— Ino! — exclamei sentindo meu rosto corar,

— Relaxa, Hina, somos amigas. Eu realmente não ligo para isso — ela sorriu de lado antes de começar a falar no seu péssimo português — Se estão gostando de "treparem", fico feliz! É assim que se fala? Pesquisei na noite em que você foi pro quarto dele!

— Meu deus, Ino. Vou morrer de vergonha assim! — resmunguei querendo desaparecer.

E assim, rindo da minha situação de timidez excessiva, aquela loira maluca foi se arrumar para irmos a um lugar bonito que ela queria me mostrar, recuperei o resto de dignidade que ainda tinha antes de ir para meu quarto.

[...]

O Gaziantep Castle era um lugar maravilhoso. Eu mal acreditava no que eu via à minha frente. Uma enorme construção no alto de uma colina, com torre como nos filmes. Eu me sentia no século dois.

— Uau, Ino, isso é incrível!

— Não é? Adoro esse lugar! Vem, vamos lá para cima.

Caminhei animada ao lado da loira, vendo vários turistas, assim como eu, olhando maravilhados para o monumento. Chegamos ao início de uma enorme escadaria e eu escancarei a boca.

Não é como se fossem ter elevadores lá, apesar de que seria incrível, mas aquilo já era demais. Eu não conseguiria passar do primeiro lance das escadas e já estaria desidratada.

— Pronta, Hina? — Ino sorriu e agarrou meu braço.

— Não — respondi, mas fui prontamente ignorada e logo começamos a subir.

Durante a subida, percebi que precisava melhorar minha saúde. Ino falava sem parar e mantinha a postura, enquanto eu bufava a cada passo que eu dava. Claro, estamos lidando com uma loira de um e setenta e cinco com porte atlético e com um pequeno ser de um metro e sessenta e com curvas exageradas.

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