Ela está comigo
Bufei quando escutei a dona da boutique me chamar de vadia pela décima vez durante o relato que ela dava para a policial. Já faz dez minutos que eu estava presa naquela loja tentando explicar minha inocência.
As coisas ficaram ainda piores depois que mostrei minha bolsa para a sargento que atendeu a ocorrência. Não havia nada lá, mas a mulher insistia que eu era uma ladra.
Talvez na Turquia não houvesse a cultura de entrar e dar só uma olhada na loja como tinha no Brasil. Isso explicaria o desespero sem cabimento.
— Com licença, mas como eu posso ter roubado algo se já confirmaram não haver nada na minha bolsa? — resolvi perguntar depois de ouvir mais uma vez a expressão "vadia brasileira".
— Você fique calada! Existem muitas formas de roubar roupas! — A policial gritou e eu arregalei os olhos. Estavam todas contra mim.
— Eu sou inocente até que provem o contrário! — Exclamei sentindo meu rosto esquentar.
Eu não aguentava mais ser humilhada daquele jeito, elas pareciam querer achar alguma coisa para me incriminar.
— É isso que vamos fazer. Provar seu crime — A velha sussurrou com um olhar gélido.
Elas iriam inventar alguma prova, sentia isso. Eu não conseguiria sair dali como uma inocente. Mas não ia desistir, precisava dialogar.
— Escutem...
— Já sei! — a mulher exclamou de repente, me fazendo sentir um arrepio — Tire a roupa!
— O que?! — Minha voz saiu esganiçada e assuada.
— Boa ideia, Talvez ela tenha escondido algo por debaixo do vestido — a policial concordou e me encarou de forma autoritária.
— Eu não vou fazer isso — respondi sentindo minhas mãos começarem a tremer.
— Vai sim. Ou eu te levo por desacato à autoridade!
Engoli em seco e senti meus olhos se encherem de lágrimas, aquilo era cruel, injusto e corrupto. Eu só queria almoçar com Deidara ou estar com Ino. Era para ser um dia divertido.
Um lampejo veio a minha mente e respirei fundo enquanto encarava a mulher fardada à minha frente.
— Eu tenho direito a uma ligação — declarei decidida.
— Nem o papa vai ser capaz de te ajudar, putinha. Faça como quiser, mas depois entre naquele provador e tire o vestido!
Desviei o olhar e peguei meu celular, discando o número de Ino e tentando controlar a respiração.
— Hina? Tudo bem, amiga?
— Ino eu estou com problemas, por favor me ajude!
— O que aconteceu?
— Eu entrei em uma loja e estou sendo acusada de roubo! Estão me mandando tirar a roupa para conferir se não peguei nada! Não sei o que fazer... — algumas lágrimas já desciam pelo meu rosto, sem que eu pudesse controlar.
— Onde você está?
— Em frente ao restaurante favorito de Deidara — torci para ela saber onde era, pois eu não sabia o nome do local.
— Você ligou para ele?
— Não... eu...
— Ele colocaria esse lugar abaixo — Ino sussurrou, pensativa — Estou chegando aí, não deixem que te façam mal!
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Rosas Negras
FanfictionHinata viaja para Turquia, onde irá finalmente encontrar sua amiga virtual Ino Yamanaka. Lá ela vive aventuras e loucuras que nunca imaginou e acaba se envolvendo com Deidara, o homem mais conhecido e respeitado da cidade de Gaziantepe. Além de tud...