Capítulo 8

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"A morte está apaixonada pela juventude. "

Desconhecido.


°×° 


TAXA DE INFECÇÃO = 12%


No dia anterior, Minho e Hyunjin chegaram na hora marcada, os dois saíram do carro carregando as bolsas que abrigavam as armas.

Após BangChan fechar o portão outra vez, Seungmin foi o primeiro a chegar perto de Minho para checar se não havia nada fora do lugar, mas parou antes de tocá-lo ao ver o estado deplorável que ele estava.

O corte em seu braço chamou a atenção do médico, mas Minho lhe garantiu que era apenas superficial, e que ele não deveria ficar preocupado, e para que não tocasse em si.

Os dois ainda estavam encharcados com aquele sangue dos cadáveres. Por isso decidiram que o melhor seria tomarem um banho do lado de fora.

— Eu vou pegar algumas toalhas. — Seungmin se dirigiu para o lado de dentro após Minho e Hyunjin estarem molhados e parcialmente limpos.

Após alguns minutos os dois se trocaram e estavam prontos para uma conversa civilizada.

— Tá um caos. — Minho disse após Chan lhe questionar sobre a situação do lado de fora. — Haviam tantos corpos pelo caminho, que só de lembrar me embrulha o estômago. — Fez careta.

Hyunjin que estava sentado em uma poltrona torceu o rosto em uma careta após se lembrar do posto de gasolina, totalmente tomado por sangue e restos humanos.

— Vocês viram alguém? — Jisung perguntou, o garoto estava sentado no sofá, ao lado de Felix e Jeongin.

— Não, não tinha um sinal de vida, bom não humano. — Hyunjin falou encarando Minho, que acenou em concordância.

— Nada?

— Nadinha. Eram apenas aquelas coisas.

Jisung Suspirou em desânimo, pessoas significavam salvação, ficar sozinho em meio a esse caos era uma péssima escolha.

Depois de um longo dia, Minho foi o primeiro a cair exausto na cama, Seungmin se assegurou de fazer um melhor curativo em seu noivo, tendo a certeza de que ele não infeccionaria.

— Você tem certeza de que está bem? — O Kim perguntou tocando a testa do noivo, Minho estava deitado de bruços na cama olhando para o nada.

— Será que isso vai ter um fim? — Perguntou em um sussurro. — Quer dizer, talvez tenha alguma cura, ou um jeito de trazê-los de volta né...

— Minh-

— Não sério! — Se levantou e olhou para Seungmin que pareceu surpreso com a reação do mais velho. — Ainda eram pessoas ali, e eu... Eu matei dois deles hoje.

Se Minho parasse para contar a verdade, a conta era maior, tinha se livrado de mais dessa coisa no caminho para cá, não que se arrependesse, só... poderiam ainda ser pessoas no fundo não é?

— Você não pode se culpar por se defender, você sabe disso não é? — Seungmin perguntou segurando a mão dele. — Sei que você fez um juramento. Servir e ajudar, mas em situações como essa você vai ter que escolher um lado.

— Só é mais difícil quando todos eles eram pessoas antes disso. Os monstros nem sempre foram assim, eles já foram pessoas não é.

Seungmin sabia que sim, mas o que poderia dizer. Não mate eles! Não atire neles!?

Welcome to Hell - Minsung  Livro 1 - REESCREVENDOOnde histórias criam vida. Descubra agora